A defesa do publicitário Marcos Valério de Souza nega a existência de qualquer negociação de acordo de delação premiada para seu cliente.
De acordo com reportagem da Folha desta segunda-feira, a conversa entre os advogados de Valério e o Ministério Publico seria no sentido de reduzir ou isentar o empresário de uma possível pena em troca de informações que podem levar a novas provas do esquema do mensalão.
"Não tenho nada a declarar sobre isso. Não há conversas", afirmou à Folha Online o advogado Marcelo Leonardo, que defende Valério. De acordo com a reportagem, os entendimentos são mantidos sob rigoroso sigilo.
A intenção da Procuradoria ao negociar a delação premiada com Valério seria de reunir provas substanciais, ampliando, inclusive, o rol de acusados. Outra hipótese seria recuperar recursos no exterior desviados pelo publicitário.
Como tramita ação penal contra 39 réus do caso, cabe ao relator Joaquim Barbosa decidir sobre a delação premiada, que terá ainda de ser aprovada pelos outros ministros do Supremo.
Valério é acusado de ser o operador de esquema de repasses de ao menos R$ 55 milhões a congressistas, entre 2003 e 2004. É acusado ainda de ter sido o mentor de prática semelhante em 1998, na campanha eleitoral que tentou reeleger o então governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB).
Arte/Folha | ||
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