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segunda-feira, 23 de março de 2009

Alencar diz esperar que verdade venha à tona sobre o caso do mensalão


Ivan Richard
Da Agência Brasil
Em Brasília
O vice-presidente da República, José Alencar, afirmou hoje (23) esperar que todo o esquema do mensalão seja esclarecido, caso o empresário Marcos Valério confirme o propósito de recorrer à delação premiada para falar sobre o caso. Ele disse ainda que desconhece a intenção de Marcos Valério de pedir o benefício, mas ressaltou que o governo não tem o que temer com as novas revelações que possam ser feitas ao Ministério Público Federal.

"Como brasileiro, espero que toda a verdade venha à tona. Se a decisão dele [Marcos Valério], de entrar na delação premiada, puder trazer informações completas a respeito do problema, devemos aplaudir", disse Alencar, ao comentar a notícia, divulgada pela Folha de S. Paulo hoje, de que os advogados do empresário estariam negociando com o Ministério Público um acordo de deleção premiada para que ele dê novas informações sobre o esquema, descoberto em 2005, de pagamentos de propinas a parlamentares. A defesa de Valério nega a negociação.

O vice-presidente voltou a reclamar da taxa de juros do país. Apesar da redução de 1,5% da Selic, aprovada na última reunião do Conselho Monetário Nacional (Copom), este mês, Alencar afirmou que os juros brasileiros ainda estão "fora de propósito".

Após participar de sessão solene na Câmara dos Deputados em homenagem aos 50 anos da Pontifícia Universidade Católica de Minas (PUC-MG), Alencar disse que os juros precisam cair ainda mais. "Tenho dito que sobre esse assunto não preciso mais falar. Mas, por enquanto, está muito longe [da taxa ideal]", afirmou.

"A taxa básica real de juros no Brasil é ainda várias vezes superior à taxa real média do mundo. Então, está fora de propósito ainda, muito alta, tem que cair", argumentou o vice-presidente.

Questionado sobre a decisão do presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), de alterar o rito das medidas provisórias, Alencar afirmou que é preciso encontrar um entendimento que satisfaça o Legislativo e o Executivo.

"Esse é um assunto que volta e meia é debatido pelas duas Casas do Congresso [Câmara e Senado]. O que desejamos é que haja um aperfeiçoamento que atenda o interesse do Executivo e do Legislativo. É assim que vamos encontrar condições de atender o interesse maior, que é do país", argumentou.

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