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domingo, 22 de março de 2009

Anistia a Delúbio seria confissão de culpa do PT





Não existe pena de morte no Brasil. Isso vale também para a política. Depois de sofrer impeachment, o ex-presidente da República Fernando Collor de Mello, por exemplo, cumpriu seu período de inelegibilidade e voltou à vida pública quando se elegeu senador em 2006.

Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT expulso do partido em 2005, tem todo o direito de querer voltar à política. No seu caso, não há inelegibilidade. Ele pode se candidatar a qualquer cargo, desde que esteja filiado a alguma legenda.

Para isso, ele pediu à direção do PT que lhe dê anistia. O pedido deverá ser examinado pelo Diretório Nacional do PT no seu encontro de maio.

Como o Partido dos Trabalhadores já deu mostras suficientes de tolerância com a corrupção, não surpreenderia uma decisão favorável a Delúbio. Mas seria um escárnio, um escândalo.

Segundo a Comissão de Ética do PT, a expulsão de Delúbio aconteceu porque ele violou o estatuto do partido nos seguintes pontos: "improbidade no exercício" da Tesouraria, "infração grave às disposições legais e estatutárias" e "inobservância grave dos princípios programáticos, da ética, da disciplina e dos deveres partidários".

Ora, uma anistia equivaleria a um confissão de culpa do PT. Todo o partido deveria admitir que errou e imolou em praça pública um homem probo. Ou então poderia votar uma resolução legitimando a corrupção como o modo petista de fazer política.

Mais: o PT deveria, se anistiá-lo, erguer um monumento em sua homenagem pelos serviços prestados. Melhor: deveria esquecer esse negócio de candidatura de Dilma Rousseff e apresentar logo Delúbio como candidato à Presidência em 2010. Quem sabe Marcos Valério não aceitaria ser vice?

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