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terça-feira, 7 de outubro de 2008

Falabella estréia no horário das seis

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Ator, escritor, diretor e dramaturgo, Miguel Falabella assina pela primeira vez o texto de uma novela no horário das seis. Nascido e criado no subúrbio carioca, Falabella estreou na televisão como ator de novela em “Sol de Verão”, exibida na TV Globo em 1982. O primeiro trabalho como autor de novela foi em 1996, com a obra “Salsa e Merengue”, que escreveu com Maria Carmem Barbosa. Depois da estréia, assinou trabalhos como “Sai de Baixo” (1996), “A Lua Me Disse” (2005) e “Toma Lá Dá Cá” (2007).

O humor e a irreverência são marcas das obras de Miguel. Brincar com o politicamente incorreto é outra de suas características. Para “Negócio da China”, ele promete uma novela com muita aventura e romance, tudo permeado pela comédia. Neste novo trabalho, o vilão tradicional dos folhetins não é vivido por uma única pessoa. A corrida pelo ouro, ou melhor, pelo pen drive com todo o dinheiro roubado da máfia chinesa, faz com que os personagens assumam distintos papéis ao longo da trama. Abaixo, Falabella conta para você o que esperar desta grande estréia. Confira!

O que o inspirou a escrever “Negócio da China”?
“Certa vez, estava em Lisboa e pude observar as comunidades lusófonas que estavam na cidade. Depois, assisti num programa de TV a uma discussão sobre garantir às crianças geradas por inseminação artificial o direito de saber quem são seus verdadeiros pais e esse assunto, com o qual concordo, ficou guardado na minha cabeça. Além disso, eu também incluí a discussão sobre as relações emocionais entre as pessoas que, apesar de envolver amor, são tortuosas”.

Por que decidiu trazer atores portugueses para a trama?
“Além de dar mais autenticidade à novela, penso que devemos ter um intercâmbio maior com Portugal. Precisamos trabalhar lá e cá, porque enriquecerá todo mundo. Eu adoro a nossa língua, que é bonita e forte”.

Esta é a sua estréia no horário das seis. O que o público pode esperar?
“Estou escrevendo uma novela ágil, leve e colorida, com muita ação e romance. Não será tão irreverente quanto seria se fosse para a faixa das 19h. Estou mesclando aventura e amor. O público das seis é bastante variado e haverá tramas para o gosto de todo mundo. O importante é ter uma boa história".

Como será a trama que envolve o casal romântico Heitor (Fabio Assunção) e Lívia (Grazi Massafera)?
“Negócio da China vai falar sobre relacionamentos complicados que, na maioria das vezes, envolvem muito amor. Há pessoas que seriam mais felizes se vivessem separadas, mas não conseguem. Heitor é um homem extremamente apaixonado e que sabe que quer viver ao lado de Lívia. Mas é um menino que ainda não se tornou homem por conta da relação com a mãe. A trajetória de Heitor se transforma a partir da presença de Lívia, que é uma mulher forte e batalhadora. Ela é uma personagem muito positiva, disposta a retomar sua vida logo que chega de Portugal e que vai tentar viver novamente com o pai de seu filho”.

E sobre a relação entre mocinhos e vilões, o que ela terá de especial?
“Todos serão vilões e todos serão heróis. Ninguém é apenas vilão ou apenas herói. É claro que, assim como nós, os personagens preferem ser bons. Mas, em algum momento da vida, todo mundo acaba sendo ‘mal’ para alguém; e nas relações íntimas, as pessoas assumem esses papéis. Se pensarmos nas mães de Heitor e Lívia, Luli Maria (Eliana Rocha) e Suzete (Yoná Magalhães), respectivamente, percebemos que elas são vilãs para seus filhos. Ambas são contra este amor e infernizam a vida do casal. Paradoxalmente, os filhos também são vilões para essas duas mulheres, que se tornaram mães frustradas. Elas tiveram que aceitar uma gravidez não planejada e precisam aprender a engolir a escolha dos filhos. Há sempre os dois lados da moeda”.

As equipes de produção contam que você orienta a composição dos personagens de forma certeira, o que ajuda muito no trabalho de criação, seja da cenografia, do figurino ou de caracterização. De onde vem esta característica?
“Isso vem de uma sólida formação teatral. O teatro certamente me ofereceu isso, pois exige que o ator tenha um universo pronto antes mesmo de entrar em cena. É preciso conceituar muito bem para que todos consigam falar a mesma língua. Eu tenho uma estética muito bem definida na cabeça e sei exatamente o que quero e para onde estou indo”.

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