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sexta-feira, 23 de maio de 2008

Objetivo é a assinatura do tratado que cria a União Sul-Americana de Nações.
Ministro disse que Conselho de Defesa pode ser criado sem a presença da Colômbia.
EDUARDO BRESCIANI Do G1, em Brasília

Chefes de Estado de doze países da América do Sul se reúnem na manhã desta sexta-feira (23) em Brasília para a assinatura do tratado que cria a União Sul-Americana de Nações (Unasul). Para o assessor de assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, a questão do Conselho de Defesa da América do Sul não deve ser objeto direto da reunião, sendo discutido de forma definitiva apenas no segundo semestre.

“Não estamos preocupados com a formação do Conselho de Defesa nessa reunião porque isso será discutido no segundo semestre. De uma forma atenciosa e resumida já foi feita uma exposição a todos os presidentes e teve uma boa acolhida, menos do governo colombiano. Nesse caso, a pressa é inimiga da perfeição”, afirmou o assessor ao chegar o evento.

Para Garcia, a renúncia do ex-presidente Rodrigo Borja à presidência da Unasul não enfraquecerá a entidade. “Não houve saída porque não houve entrada. O presidente Borja tinha uma visão muito ambiciosa e se é ambiciosa é difícil que fosse compreendida por todos os integrantes”.

Borja renunciou ao cargo nesta quinta-feira (22) com a justificativa de que a Unasul não conseguirá alcançar o objetivo de fundir o Mercosul com a Comunidade Andina de Nações. Na visão de Garcia, esse não deve mesmo ser o objetivo da Unasul. “No Mercosul, por exemplo, temos a união aduaneira, o que não é alvo da Unasul”.

O assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva espera que a nova entidade seja capaz de mediar a diplomacia entre os países da América do Sul e evitar novas tensões como a ocorrida no incidente entre Equador, Colômbia e Venezuela.

Ele deseja ainda que as confirmações feitas pela Interpol de trocas de correspondências entre o presidente venezuelano Hugo Chavez e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia não contaminem a reunião desta sexta-feira.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que o Conselho de Defesa pode ser criado mesmo sem a presença da Colômbia. "Participa quem quiser. Dos países que visitei, só a Colômbia tinha restrições".

Bachelet diz que América do Sul não pode de minimizar Unasul

Para a presidente do Chile, é um luxo inadmissível

EFE


BRASÍLIA - A presidente do Chile, Michelle Bachelet, disse nesta quinta-feira em Brasília que a América do Sul não pode se dar ao luxo de minimizar a oportunidade que a região tem de integração com a constituição da União de Nações sul-americanas (Unasul).

Pouco depois de chegar a Brasília para assinar o tratado de constituição da Unasul, a governante chilena afirmou que as tarefas de integração "são essenciais no momento de resolver os problemas que são comuns".

Bachelet lamentou o fato de o ex-presidente equatoriano Rodrigo Borja ter se recusado a assumir a Secretaria Executiva da Unasul, decisão anunciada horas antes da cúpula e justificada pelas divergências com a maioria dos presidentes dos 12 países-membros.

"O ex-presidente Borja teve suas razões para recusar e tenho certeza de que os presidentes vão saber como encontrar um novo secretário e estabelecer regras claras que nos permitam avançar", afirmou.

Segundo Bachelet, "os países não podem se dar ao luxo de minimizar esta grande oportunidade" oferecida pela Unasul. Perguntada sobre a possibilidade de assumir a Presidência rotativa da Unasul, à qual a Colômbia renunciou devido a seu conflito com Equador e Venezuela, Bachelet respondeu que será um assunto que deve ser resolvido nesta sexta-feira pelos presidentes.

Fontes da Presidência chilena disseram que Bachelet decidiu que só aceitará esta missão se houver um consenso entre os 12 países.

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