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sexta-feira, 23 de maio de 2008

América do Sul unida mexe com tabuleiro do poder mundial, diz Lula sobre Unasul

Eliane Oliveira e Luiza Damé - O GloboReuters

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre os presidentes Evo Morales, da Bolívia, e Michele Bachelet, do Chile, cumprimenta Alvaro Uribe, da Colômbia,na foto oficial da cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) - Roberto Stuckert Filho/O Glob

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o protecionismo praticado pelos países desenvolvidos, em seu discurso durante a assinatura do tratando criando a União Sul-Americana de Nações (Unasul). Segundo ele, o crescimento da indústria e da agricultura e o grande potencial energético na região incomodam. Para o líder brasileiro, a América do Sul ganha estatura de ator global com a criação da Unasul e um novo papel geopolítico.

- Não nos deixemos iludir pelos argumentos daqueles que, por interesses protecionistas ou motivações geopolíticas, sentem-se incomodados com nosso crescimento. Uma América do Sul unida mexerá com o tabuleiro do poder no mundo - afirmou Lula.

Entenda o que é a Unasul

Lula defendeu que a Unasul seja construída como parte dos projetos de desenvolvimento de cada país, mas em benefício de todos. O líder brasileiro comentou, ainda, que todas as decisões a serem tomadas pela nova entidade terão de ter consenso.

Vote: Você é a favor da criação do Conselho Sul-Americano de Defesa?

A Colômbia é o único país sul-americano que pediu mais tempo para estudar a criação da Unasul. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta sexta-feira esperar que a Colômbia reveja sua posição de não participar do conselho, mas destacou que a instituição poderá entrar em funcionamento sem a presença de Bogotá. ( Leia mais )

- Nossa América do Sul não será mais um mero conceito geográfico. A partir de hoje é uma realidade política, econômica e social, com funcionalidade própria - afirmou.

Responsável pela abertura da cúpula, pelo papel de anfitrião, Lula disse que os olhos do mundo se voltarão para a América do Sul pela falta de alimentos e que o continente saberá responder sem abrir mão de sua soberania.

Lula disse que quando a escassez de alimentos ameaça a paz social em várias partes do mundo, muitos vêm buscar propostas "em nossa região".

- Temos consciência de nossas responsabilidade globais, mas não abrimos mão de exercê-las de forma totalmente soberana - disse Lula. - Não nos deixaremos iludir pelos argumentos daqueles que por interesses protecionistas, por motivação geopolítica, se sentem incomodados com o crescimento da nossa indústria, da nossa agricultura, com a realização de nosso potencial energético - acrescentou.

O presidente brasileiro defendeu a criação do Conselho Sul-Americano de Defesa, e propôs reunião no Brasil no segundo semestre, para discutir o funcionamento dessa nova instância. Para o presidente, o bloco pode ser ampliado

- Nossos vizinhos latinos e caribenhos estão convidados a participar dessa união, que nasce também sob o signo da diversidade e do pluralismo - declarou.

Lula destacou que a região passa por uma "excepcional" fase de crescimento econômico e, não por acaso, tornou-se um dos principais pontos de investimentos do mundo.

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