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segunda-feira, 26 de maio de 2008

DRENAGEM LINFATICA EM SÃO PAULO, CAPITAL


Drenagem Linfática Manual Associada com Outras Técnicas de Massagem Para Redução de Medidas


RESUMO

Objetivo: A proposta dessa pesquisa foi averiguar se a drenagem linfática manual (DLM) associada com outras técnicas de massagem tem eficiência na redução de medidas. Materiais e Método: O tratamento foi realizado com uma voluntária do sexo feminino, aplicando as técnicas seguindo o mesmo protocolo do inicio ao término do tratamento. Resultado: Os resultados cirtométricos demonstraram uma diminuição de 3 cm no quadril, 1,5 cm na cintura. Conclusão: A DLM associada a outras técnicas é eficaz para reduzir medidas corpórea.

Palavras-chave: drenagem linfática manual, redução de medidas corpórea.


ABSTRACT

Objective: The proposal of this research was to inquire if the manual lymphatic draining (DLM) associate with others massages techniques has efficiency in the reduction of measures. Materials and Method: The treatment was carried through with a volunteer of the feminine sex, applying the techniques following the same protocol of the beginning to the ending of the treatment. Result: The cirtométricos results had demonstrated a reduction of 3 cm in the hip, 1,5 cm in the waist. Conclusion: The DLM associated with others techniques is efficient to reduce measured corporal.

Word-key: manual lymphatic draining, corporal reduction of measures.


INTRODUÇÃO

O sistema linfático representa uma via acessória pela qual o líquido pode fluir dos espaços intersticiais para o sangue. A linfa pode transportar proteínas e material particulado grande para fora dos espaços teciduais, nenhum dos quais poderia ser removido por absorção diretamente pelos capilares. È também umas das principais vias para a absorção de nutrientes do trato gastrointestinal, sendo responsável principalmente pela absorção de gorduras13. O tecido adiposo é um tipo especial de conjuntivo. A gordura adicional é armazenada nos lipocytes, que expandem no tamanho até que a gordura seja usada para o combustível12. Quando são consumidas mais calorias, é que são produzidas as gorduras extras que está armazenada nos lipocytes e a pessoa começa a acumular gordura12.

A drenagem linfática é uma espécie de massagem que facilita o escoamento do líquido linfático (que fica entre as células e é rico em gorduras) até os gânglios linfáticos, que o drena para a circulação. Esses líquidos (linfáticos) ficam retidos em tecidos subcutâneos causando uma certa sensação de inchaço e incomodo8.

O presente artigo relata uma pesquisa que foi feita drenagem linfática manual juntamente com outras técnicas de massagem para redução de medida corpórea em um voluntário.



FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


1- ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO

O sistema linfático é responsável por várias funções e opera ajudando a manutenção do equilíbrio de fluido, drenando-o dos tecidos do corpo; auxiliando a defesa do corpo contra substâncias que produzem doença; ajuda absorção de gorduras do sistema digestório; retornando substâncias vitais, como proteína do plasma, à corrente sangüínea a partir de tecidos do corpo ¹. As moléculas de proteínas transportam oxigênio e nutrientes para as células dos tecidos, onde então removem seus resíduos metabólicos. Várias moléculas de proteínas que não conseguem ser transportadas pelo sistema venoso são retornadas ao sistema sangüíneo através do linfático. Conseqüentemente, o líquido linfático se torna rico em proteínas, mas também transporta células adiposas, e outras macromoléculas. A circulação normal de proteínas requer um funcionamento adequado dos vasos linfáticos, caso contrário, os espaços intersticiais podem ficar congestionados ².

O sistema linfático é composto pela via linfática que são: capilares linfáticos, vasos linfáticos e troncos linfáticos; e pelos tecidos linfóides que são: gânglios linfáticos – linfonodos, baço, amídalas e timo ³.

A linfa é o líquido encontrado nos "vasos" linfáticos. Quando o líquido intersticial deixa o interstício celular e entra em um capilar linfático recebe o nome de linfa que mais tarde se juntará ao sangue venoso pouco antes do coração4.

Os linfonodos consistem em um aglomerado de tecido retículo-endotelial revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo. Desempenha importante papel imunológico, através da filtração da linfa proveniente dos vasos linfáticos e da produção de células linfóides e reticulares, que realizam a defesa do organismo através da fagocitose e da pinocitose. Variam em tamanho, forma e cor 2. São eles: cervicais, axilares, inguinais; há também os: os occipitais, retro-auriculares, parotídeos, submandibulares, mediastinais, mesentéricos, poplíteos e, outros3.

As circulações linfáticas e sanguíneas estão intimamente relacionadas. A macro e a microcirculação de retorno dos órgãos e regiões é feita pelos sistemas venoso e linfático. As moléculas pequenas vão, em sua maioria, diretamente para o sangue, sendo conduzidas pelos capilares sanguíneos, e as grandes partículas alcançam a circulação através do sistema linfático. Entretanto, mesmo macromoléculas passam para o sangue via capilares venosos, sendo que o maior volume do fluxo venoso faz com que, no total, o sistema venoso capte muito mais proteínas que o sistema linfático. Contudo, a pequena drenagem linfática é vital para o organismo ao baixar a concentração protéica média dos tecidos e propiciar a pressão tecidual negativa fisiológica que previne a formação do edema e recupera a proteína extravasada.2

A produção de linfa ocorre toda vez que o interstício celular obtém uma carga muito grande de toxinas do metabolismo das células, ou quando recebe uma pressão externa adversa e se abre para o capilar linfático, promovendo o esvaziamento do liquido intersticial5. Uma vez produzida, o movimento da linfa se dá ao longo de um gradiente de pressão, das áreas de alta pressão para as áreas de baixa pressão. A linfa se move do espaço intersticial para os capilares linfáticos por meio de um mecanismo de pressão exercido pela respiração, a peristalse do intestino grosso, a compressão exercida pelo músculo e a tração da pele e da fáscia durante ao movimento 1.

Os vasos linfáticos possuem camadas semelhantes às paredes das veias e válvulas (valvas) em maior número que nas veias o que permite a linfa fluir em uma só direção, a do coração 4. A linfa que está sendo transportada pelo sistema linfático, será conduzido para a corrente sanguínea, o qual levará para o baço, os intestinos e os rins para desintoxicação 1.


2- TECIDO ADIPOSO

O tecido adiposo é um tipo especial de conjuntivo onde se observa predominância de células adiposas (adipócitos). Ele é o maior depósito de energia do corpo, além disso, tem outras funções, localizando-se abaixo da pele, modela a superfície, sendo em parte responsável pelas diferenças de contorno entre o corpo da mulher e do homem; forma coxins absorventes de choques; contribui para o isolamento térmico; e, preenche espaços entre outros tecidos1.

A gordura adicional é armazenada nos "lipocytes", que expandem no tamanho até que a gordura seja usada para o combustível12.

Quando a entrada de energia é igual à saída da energia, não há nenhuma expansão das células gordas (lipocytes) para acomodar o excesso. Somente quando são consumidas mais calorias, é que são produzidas a gordura extra que está armazenada nos "lipocytes" e a pessoa começa a acumular gordura12.

Em pessoas com peso normal, a maior parte do tecido adiposo está localizado sob a pele, o que é chamada de gordura subcutânea. Os indivíduos com sobrepeso ou obesos, além da gordura subcutânea, carregam tecido adiposo na região abdominal, o que representa uma importante reserva de energia, chamada de tecido adiposo visceral, mas que contribui para muitas das doenças associadas à obesidade12.


3- DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL

A técnica de massagem denominada Drenagem Linfática Manual, foi desenvolvida entre, 1932 e 1936, pelo dinamarquês Emil Vodder (1896 - 1996), doutor em História da Arte, Massagista e, depois, Fisioterapeuta.

A massagem drenagem linfática manual é o modo de drenar, ou seja, esvaziar o interstício celular e os vasos linfáticos, retirando os líquidos que se encontram dentro destes, através de manobras específicas que visam eliminar os catabólicos produzidos pelo organismo decorrente do metabolismo celular.5

Ela é um valioso mecanismo de auxílio no mecanismo de retorno venoso e linfático, uma vez que, contrariamente ao sistema cárdio-circulatório, onde o coração funciona como uma bomba contrátil-propulsora impulsionando o sangue pelos dos vasos sanguíneos, o sistema linfático não possui este mecanismo. Assim, para que a linfa possa circular como o sangue, as manobras de massagem drenagem linfática manual possibilitam a aceleração do retorno venoso ao coração, pois através de técnicas específicas, exerce uma pressão suave nos tecidos musculares, estimulando dessa maneira, a eliminação de toxinas, além de resíduos e substâncias oriundas de infecções, bem como, inflamações, espasmos musculares e alterações similares, trazendo vários benefícios orgânicos5.

A drenagem manual é feita também por manobras superficiais que devem pressionar somente os tecidos superficiais (tecido tegumentar e tecido adiposo) sem atingir a musculatura4.

Para a execução correta da massagem de drenagem linfática deve-se atentar para a posição do segmento corpóreo, a pressão exercida deve seguir sempre o sentido fisiológico da drenagem, a massagem deve iniciar-se pelas manobras que facilitem a evacuação, objetivando descongestionar as vias linfáticas, o conhecimento das vias de drenagem é de importância para o sucesso da terapia7.

A drenagem linfática redutora (DLR) tem como objetivo evitar a retenção de líquidos no organismo, melhorar a circulação sangüínea, diminuir a barriga, tirar a celulite e gorduras localizadas, por meio da distribuição da gordura. Por esta razão, a DLR é muito útil nos processos de emagrecimento ou perda de medidas9.

A drenagem linfática é uma espécie de massagem que facilita o escoamento do líquido linfático (que fica entre as células e é rico em gorduras) até os gânglios linfáticos, que o drena para a circulação. Esses líquidos (linfáticos) ficam retidos em tecidos subcutâneos causando uma certa sensação de inchaço e incomodo 8.

Ela é indicado em caso de: retenção de líquidos, celulite, pré e pós operatório, edema, tensão pré menstrual, obesidade, gestante, varizes, dores musculares, relaxamento10. Suas contra indicações são: infecção aguda, neoplasia, trombose, insuficiência cardíaca, pressão baixa10.


3.1 TÉCNICA DE MASSAGEM LINFÁTICA

A técnica de massagem linfática, ou deslizamento linfático, distigui-se das manobras similares quanto ao aspecto de ser muito leve e lento. Praticamente não existe pressão nessa técnica: apenas o peso da mão é suficiente para mover a linfa pelos vasos superficiais. A direção da manobra é sempre para o grupo proximal de linfonodos, e a técnica é executada em um ritmo muito lento, para acompanhar o ritmo do fluxo da linfa.6


METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada no mês de outubro e novembro de 2006, com 10 sessões sendo três vezes por semanas, com duração de 45 minutos cada. O tratamento foi realizado com uma voluntária T. K. A. C., sexo feminino, 21 anos, 1,63 cm, 60,8 kg, onde foi observado na avaliação que a paciente apresentava leve flancos obesos e gorduras localizadas na região abdominal e na coxa proximal. (figura 1 e 2)

As técnicas foram realizadas nas regiões das pernas, coxas, abdômen, e costa da seguinte maneira: primeiro teve um desbloqueio dos gânglios poplíteos, inguinais, abdominais e axilares, com 7 manobras; na coxa região anterior foi feito 30 segundos de deslizamento superficial, 1 minuto de pressão intermitente, 1 minuto de amassamento, 30 segundos da técnica do punho, 1 minuto de fricção, 15 segundos de percussão, 1 minutos de pressão intermitente e 30 segundos de deslizamento; na coxa região posterior foram realizados as mesmas técnicas com o mesmo tempo; na perna região anterior, foi feito 30 segundos de deslizamento superficial, 1 minuto de pressão intermitente e, 30 segundos de deslizamento; na perna região posterior foram realizado as mesma; no abdômem, foi realizado 30 segundos de deslizamento,1 minuto de pressão intermitente, 2 minutos de amassamento, 2 minutos da técnica do punho, 1 minuto de fricção, 1 minuto pressão intermitente e, 1 minuto de deslizamento; nas costas região lombar foi feito 30 segundos deslizamento, 2 minutos de pressão intermitente, 2 minutos de amassamento, 1 minutos de rolamento, 2 minutos da técnica do punho, 2 minutos fricção, 30 segundos de percussão, 1 minuto de pressão intermitente, 30 segundos de deslizamento.


RESULTADOS

Após a última sessão, foi feito a reavaliação e os resultados cirtométricos demonstraram efeitos significativos quando comparado o início com o término do tratamento, isso pode ser observado ao compararmos a tabela 1 onde estão representadas as seguintes medidas:


TABELA 1


Antes Depois
Quadril 89 cm 86 cm
Cintura 73 cm 71,5 cm
Coxa D. 57 cm 57 cm
Coxa E. 56,5 cm 56,5 cm
Peso 60,8 Kg 60,25 Kg


Obs. As mensurações antes e depois obtiveram o mesmo ponto de referencia.


Figura 1
Antes Depois


Antes Depois


Figura 2


Antes Depois



DISCUSSÃO

É significante a redução de medidas que se obteve no término do tratamento, tendo uma diminuição de 3 cm no quadril, 1,5 cm na cintura, ambas as coxas mantiveram a mesma medida e, teve uma perca de 550 gramas no peso.

Segundo MENDES, 2003 a drenagem linfática redutora tem como objetivo evitar a retenção de líquidos no organismo, melhorar a circulação sangüínea, tirar a celulite e gorduras localizadas, por meio da distribuição da gordura. Por esta razão, a DLM é muito útil nos processos de emagrecimento ou perda de medidas.

Tais considerações foram observadas com a paciente tratada.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados deste estudo possibilitaram um resultado relevante sobre o tema redução de medidas, mostrando que a drenagem linfática manual associado a outras técnicas de massagem, tem eficácia.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

1- FRITZ, Sandy. Fundamentos da Massagem Terapêutica; 2º. Ed. Barueri: Manole, 2002.

2- BERGMANN, Anke. Prevalência de linfedema subseqüente a tratamento cirúrgico para câncer de mama no Rio de Janeiro. Disponível em: http://portalteses.cict.fiocruz.br/transf.phpscript=thes_chap&id=00004704&lng=pt&nrm=isso. Acesso em: 07 de outubro de 2006.

3- VISCARDI, Maria de Lourdes Camacho. Drenagem Linfática. Disponível em: http://www.abcdocorposalutar.com.br/artigo.php?codArt=122. Acesso em: 07 de outubro de 2006.

4- BALESTRO, Rubens J. . Drenagem Linfática Manual é uma técnica de massagem que tem por objetivo formar e movimentar a linfa, conduzindo-a para o coração. Disponível em: http://www.soscorpo.com.br/drena.htm. Acesso em: 07 de outubro de 2006.

5- DA SILVA, Paulo Fermiano; ALMEIDA, Hélio Franklin Rodrigues. Efeitos da massagem drenagem linfática manual associada a um programa de exercícios físicos em parâmetros morfo-funcionais de hipertensos. Disponível em: http://www.bibliomed.com.br/lib/showdoc.cfm?LibCatID=-1&Search=Drenagem%20Linf%E1tica&LibDocID=14751. Acesso em: 09de outubro de 2006.

6- CASSAR, Mario-Paul. Manual de Massagem Terapêutica. Barueri: Manole, 2001
.
7- JACQUES, Gheyza. Drenagem Linfática. Disponível em: http://www.wgate.com.br/
conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/reumato/drenagem_dra_gheyza.htm. Acesso em: 09de outubro de 2006.

8- BORGES, Marília. Fim das Dúvidas sobre Drenagem Linfática. Disponível em: http://delas.ig.com.br/materias/242501-243000/242937/ 242937_1. html. Acesso em: 16 de outubro de 2006.

9- MENDES, Juliana Drago. Drenagem Linfática Redutora. Disponível em: http://www.adrianaawada.com.br/tratamentos19.htm. Acesso em: 16 de outubro de 2006.
Adriana Ritti e Maria Augusta Torres

10- RITTI, Adriana; TORRES, Maria Augusta. Drenagem Linfática. Disponível em: http://www.acessa.com/mulher/arquivo/beleza/2006/01/30-drenagem/. Acesso em: 16 de outubro de 2006.

11- JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO. Histologia Básica; 9º Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S. A., 1999.

12- BOTERO, Fernando; O que é Obesidade. Disponível em: http://www.obesidademorbida.med.br/obesidade_001.htm. acesso em: 16 de outubro de 2006.

13- GUYTON, Arthur C. M. D.; HALL, John E. Ph. D. Tratado da Fisiologia Médica; 10º. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S. A., 2002.


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