A presidente se reuniu com o ministro dos Esportes para discutir a situação após denúncias de corrupção. Ministro preparou um relatório com sua defesa para apresentar a Dilma
Em entrevista coletiva, Silva disse que apresentou sua defesa para a presidente, e que ela teria se mostrado confiante quanto ao trabalho do ministério dos Esportes. "Nós esclarecemos todos os fatos. Trata-se de uma mentira, de uma farsa. Vamos trazer a verdade à tona", disse Orlando Silva.
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A presidente já havia defendido o ministro esta semana, durante sua viagem à África. Dilma disse que seu governo "acredita na presunção da inocência", e que não há provas concretas contra Orlando Silva. Autor das denúncias de corrupção, o policial militar João Ferreira Dias não apresentou provas que confirmassem suas denúncias.Na tarde desta sexta-feira, o Ministério Público pediu abertura de inquérito para apurar as denúncias contra Orlando Silva. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, quer saber se o suposto esquema de corrupção está relacionado com as denúncias contra o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, antecessor de Orlando Silva no ministério dos Esportes.
A denúncia
Após as denúncias, o ministro se defendeu negando todas as acusações. Orlando Silva disse que a denúncia não passa de uma "farsa", e classificou o PM de "bandido" - João Ferreira foi preso no ano passado após operação da Polícia Federal por suspeita de desvio de verbas em ONGs. O programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, foi criado para promover esportes em comunidades carentes. A ONG do policial participava do programa com um projeto de ensino de Kung-fu.
21/10/2011 19h21
- Atualizado em
21/10/2011 20h17
PGR vê 'indício de crime' e diz que esquema no Esporte é 'nacional'
Ainda é cedo, segundo ele, para comprovar envolvimento de Silva e Agnelo.
Fase da investigação é de coleta de documentos junto ao TCU e à CGU.
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O procurador-geral da República, Roberto Gurgel,
durante evento no MPF de São Paulo nesta sexta
(21) (Foto: Glauco Araújo / G1)
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse, nesta
sexta-feira (21) que há indício de crime a partir do inquérito que
investiga suposta participação do ministro do Esporte, Orlando Silva,
em um esquema de desvio de dinheiro público do programa Segundo Tempo,
que visa incentivar a prática esportiva entre crianças carentes.durante evento no MPF de São Paulo nesta sexta
(21) (Foto: Glauco Araújo / G1)
Segundo ele, já é possível dizer que o esquema tem dimensão nacional. "O que chamou a atenção é que aparentemente as irregularidades têm caráter nacional. Tem graves irregularidades não apenas no DF ou em um outro estado, mas em todo o país".
"Quando instauramos inquérito, entendemos que já há indícios de crime, mas, por enquanto, estamos no início da investigação e não temos elementos para comprovar envolvimento de Orlando Silva e [do governador do DF] Agnelo Queiroz. Vamos analisar tudo que existe sobre o caso e aí sim emitir um juízo com segurança sobre o envolvimento de um ou de outro", disse o procurador.
De acordo com ele, justamente por estar no início das investigações, ainda é "prematuro" afirmar os tipos criminais que podem ser atribuídos ao caso. Gurgel informou, no entanto, que já solicitou diligências à Justiça, "mas nada invasivo, como quebra de sigilo". "Na verdade, estamos fazendo uma reunião de documentos que se encontram no TCU (Tribunal de Contas da União) e na CGU (Controladoria Geral da União) no sentido de que possamos, a partir daí, formar um quadro dessas irregularidades e do possível envolvimento dessas autoridades", explicou.
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Gurgel ainda disse que, no período de instalação do inquérito, ele também pediu para que o outro inquérito, que está no STJ
e apura a participação de Agnelo no esquema, siga para o STF, devido ao
eventual envolvimento do ministro, que tem foro privilegiado. Caso
Silva deixe o Ministério do Esporte, o inquérito que hoje está no
Supremo segue para o STJ.O inquéritoO procurador-geral da República pediu nesta sexta-feira que o Supremo abra inquérito para investigar o envolvimento de Orlando Silva e Agnelo Queiroz em suposto desvio de dinheiro público do programa Segundo Tempo.
A investigação pretende apurar se houve crime de responsabilidade. Esta acusação é feita a autoridades como presidente da República, ministros de Estado, governadores e prefeitos quando há suspeita de infrações político-administrativas.
O inquérito tem um volume de 146 páginas e foi distribuído para a ministra Carmen Lúcia, que vai decidir se há elementos para iniciar a investigação. A Procuradoria não divulgou mais detalhes sobre o inquérito.
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