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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

#DilmaTremeu #DilmaVacilou #DilmaPiscou #corrupção : Anna Petta , mulher de Orlando recebeu dinheiro do governo por meio de ONG do PC do B



A informação teria preocupado a presidente Dilma Rouseff, que está reunida com o ministro; ele poderá deixar o Planalto na condição de ex-ministro do Esporte

21 de outubro de 2011 | 17h 52


Marta Salomon/BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

Documentos obtidos pelo Estado mostram que Anna Cristina Lemos Petta, mulher do ministro do Esporte, Orlando Silva, recebeu dinheiro da União por meio de uma ONG comandada por filiados ao PC do B, partido do marido e ministro. A informação sobre negócios da União com a empresa de familiar de Orlando Silva teria preocupado a presidente Dilma Rouseff, que está reunida com o ministro. Ele poderá deixar o Palácio do Planalto na condição de ex-ministro do Esporte.

É a própria Anna Petta quem assina o contrato entre a Hermana e a ONG Via BR, que recebeu R$ 278.9 mil em novembro do ano passado. A Hermana é uma empresa de produção cultural criada pela mulher do ministro e sua irmã, Helena. Prestou serviços de assistente de pesquisa para documentário sobre a Comissão da Anistia.

A empresa foi criada menos de 7 meses antes da assinatura do contrato com a entidade. Pelo trabalho, recebeu R$ 43,5 mil.

A ONG Via Brasil tem em seus quadros Adecir Mendes Fonseca e Delman Barreto da Silva, ambos filiados ao PC do B. A entidade também foi contratada em maio do ano passado pelo Ministério do Esporte, para promover a participação social na 3ª Conferência Nacional do Esporte. No negócio, recebeu mais R$ 272 mil.

Documentos obtidos pelo Estado mostram o curto espaço de tempo transcorrido entre a criação da empresa de Anna Peta e a celebração de convênio da ONG Via BR com o Ministério da Justiça. A Hermana foi criada apenas três meses antes da assinatura do convênio para a produção de documentário sobre a Comissão da Anistia e no mesmo mês em que a Via BR foi contratada pelo Ministério do Esporte.

Fifa ‘sepulta’ Orlando Silva em coletiva internacional

Durante entrevista, secretário-geral da entidade, Jerome Valcke, já fala em conversar com ‘novo interlocutor’ na próxima reunião no Brasil, em novembro

21 de outubro de 2011 | 12h 12


Jamil Chade, correspondente de O Estado de S.Paulo
O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, já se refere a Orlando Silva como se ele não fosse mais o ministro do Esporte. Em entrevista coletiva transmitida ao mundo todo na manhã desta sexta-feira, 21, em Zurique, Valcke afirmou que espera se reunir "com o novo interlocutor" em novembro para tratar da organização da Copa do Mundo de 2014. Alvo de denúncias de corrupção, Orlando Silva deve deixar o cargo. O futuro do ministro ainda não foi definido pela presidente Dilma Rousseff, que já sinalizou, no entanto, ser irreversível o desgaste político sofrido nos últimos dias.
Ministro Orlando Silva durante audiência pública na Câmara - Beto Barata/AE - 18.10.2011
Beto Barata/AE - 18.10.2011
Ministro Orlando Silva durante audiência pública na Câmara
Na quarta-feira, 19, a imagem do ministro sofreu mais um abalo, quando o Palácio do Planalto sinalizou que assumiria a interlocução de assuntos relacionados à Copa. "Em novembro, espero já me reunir com novo interlocutor apontado por Dilma para a organização da Copa do Mundo", disse Valcke ao se referir à próxima reunião no Brasil. Nesta sexta, o Comitê Executivo da Fifa encerra o terceiro encontro anual da federação e apresenta o relatório das propostas para a Copa de 2014.
Ainda durante a entrevista, o secretário-geral elogiou a decisão da presidente por agir rapidamente na solução do episódio. Na última semana, reportagens revelam fraudes da pasta em assinaturas de convênios com entidades e o suposto favorecimento do PC do B, partido de Orlando. No final da noite dessa quinta-feira, 20, a presidente convocou uma reunião de emergência logo que chegou de Angola. Dilma ouviu os relatos do ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, sobre o andamento das investigações na Polícia Federal e no Ministério Público. Orlando Silva não participou do encontro e nesta sexta deve se encontrar com a presidente.
O ministro nega a existência de irregularidades e se diz vítima de "linchamento moral". Em seu perfil no Twitter, Orlando Silva voltou a afirmar que não foram apresentadas provas contra ele. "Preparei um relatório com mentiras publicadas desde o fim de semana. Impressiona tantos ataques sem qualquer prova", escreveu na noite desta quinta.
Para o presidente do partido, Renato Rebelo, há setores políticos e econômicos interessados na "desidratação" do ministro, entre eles a Fifa e o Comitê Organizador Local do Mundial. No centro desse embate estaria a discussão sobre a Lei Geral da Copa, tema ainda sem consenso entre a federação e o governo brasileiro.
De acordo com interlocutores, Dilma não tem convicção do envolvimento do ministro, mas diante do desgaste já busca nomes para substituí-lo. Um dos nomes cotados o da ex-prefeita de Olinda (PE), a deputada Luciana Santos.









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