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domingo, 19 de junho de 2011

#RIO Governador Sérgio Cabral e Fernando Cavendish , O príncipe do PAC

Cabral estava em Trancoso com família e empreiteiro quando helicóptero caiu


Um acidente lamentável foi necessário para que soubéssemos que o governador Sérgio Cabral estava com sua família em um resort de luxo com o empreiteiro dono da Delta. Esta empreiteira é a que faz mais obras no governo dele.

Me digam uma coisa: essa proximidade é uma coisa ética ? Esta é a moral dessa gente.

No helicóptero que caiu morreu a namorada do filho do governador. Os bons se vão. Os demônios ficam na Terra atormentando.


Tráfico de influência que envolveria Dirceu faz oposição convocar empresário para depor no Senado

Amigos, os partidos de oposição no Senado — PSDB, DEM e PPS — querem convocar o empresário Fernando Cavendish para depor, depois que reportagem publicada na edição desta semana de VEJA mostra seu envolvimento em suposto caso de tráfico de influência junto ao governo por meio do ex-ministro José Dirceu.

“Com alguns milhões, seria possível até comprar um senador para conseguir um bom contrato com o governo”, diz Cavendish na reportagem, que tem o título de “O segredo do sucesso”.

Um problema: a convocação depende do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).


Empresário diz que é possivel “comprar senadores” com alguns milhões

Os líderes da oposição no Senado querem ouvir os empresários Fernando Cavendish, presidente da Delta Construções, e os ex-donos da Sigma Engenharia,José Augusto Quintella Freire e Romênio Marcelino Machado, para que ele falem sobre o suposto tráfico de influência do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. Em reportagem da revista Veja desta semana, Freire e Machado afirmam que Dirceu foi contratado por Cavendish, para que o ex-ministro o aproximasse de pessoas influentes no governo do PT.

A reportagem afirma ainda que Cavendish teria dito que, com “alguns milhões seria possível comprar um senador” para conseguir um bom contrato com o governo.

O líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), vai procurar o PSDB e o PPS para, numa ação conjunta da oposição, apresentarem requerimento de convite aos empresários. Para Demóstenes, caberia requerimento à Comissão de Constituição e Justiça ou à de Fiscalização e Controle.

- Vamos conversar com os senadores da oposição, para tentar um requerimento conjunto. O problema é que não temos número suficiente para aprovar na comissão, caso o governo queira impedir. Se nada vingar, vamos pedir que o Ministério Público averigue as denúncias – disse Demóstenes.

Para o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), Fernando Cavendish deve dizer que senador teria comprado.O tucano faz um apelo para que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), interpele judicialmente o empresário.

Os dois líderes afirmaram que a acusação de Dirceu praticaria tráfico de influência no governo do PT não os surpreendem.

- Tráfico de influência nesse governo só não vê quem não quer ver – disse Álvaro Dias.

Para Demóstenes, a investigação é fundamental para identificar a prática do tráfico de influência:

- – É preciso dar os nomes aos bois. Na dificuldade de aprovar algo no Congresso, o correto seria uma CPI. Vamos pedir que o Ministério Público atue.

Em seu blog, Dirceu contestou a reportagem. O ex-ministro disse que vai acionar na Justiça os dois entrevistados (os engenheiros José Augusto Quintella e Romênio Marcelino Machado) que o acusaram. Eles eram donos da Sigma Engenharia, empresa adquirida pela Delta Construções, em 2008, do empresário Fernando Cavendish, que contratou os serviços de JD Assessoria e Consultoria, de José Dirceu.

Globo
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O príncipe do PAC

Em seis anos, o jovem empreiteiro Fernando Cavendish fez um milagre: ampliou 14 vezes o seu volume de contratos com o governo

Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi ao Rio de Janeiro, em maio, para entregar 56 unidades habitacionais a moradores do morro do Alemão, na zona norte da cidade, um jovem perfumado garantiu à comitiva presidencial que até setembro de 2010 entregaria todas as obras prometidas pelo governo na comunidade: mais de mil apartamentos e um teleférico. O autor da promessa é Fernando Cavendish Soares, dono da Delta Construções, que toca as obras do Alemão, no valor de R$ 623 milhões.

A data que ele escolheu para entregar os apartamentos é estratégica: um mês antes das eleições. Em retribuição, o empresário ganhou um lugar na foto oficial, logo atrás do prefeito do Rio, Eduardo Paes. Cavendish é hoje o homem que mais recebe dinheiro da União em contratos de obras civis. Deixa para trás na lista de fornecedores do governo gigantes da engenharia como a Camargo Corrêa, Odebrecht e Queiroz Galvão. Só este ano, a Delta vai receber cerca de R$ 500 milhões da União, 14 vezes o que ganhou em 2003, primeiro ano do governo do PT.

Cavendish começou a destacar-se na contabilidade do governo do PT em 2004, ano em que sua empresa cresceu 119%. Os valores vêm aumentando em progressão geométrica. Em menos de cinco anos, a Delta já faturou R$ 1,5 bilhão do governo. Só em obras do PAC são 85.

Um dos primeiros filões explorados pela Delta nesta fase de lua de mel permanente com o governo foi a “Operação Tapa-Buracos”, que, pela urgência, não seguiu os tradicionais critérios de licitação pública. A partir daí, a empresa não para de crescer. O economista Gil Castelo Branco, da ONG Contas Abertas, se diz impressionado com o crescimento da construtora de Cavendish. “Muitos casos de ascensão meteórica são fruto de competência ou de bom relacionamento suprapartidário”, diz Castelo Branco.

Mas os problemas de Cavendish aumentam na mesma proporção da expansão de sua empresa. A ControladoriaGeral da União (CGU) enumerou irregularidades em 14 obras de Cavendish no PAC, em contratos que somam R$ 200 milhões com o DNIT. Na lista da CGU estão pagamentos por serviços não executados, alteração contratual com acréscimos financeiros não previstos em lei e serviços duplicados realizados no mesmo trecho.

Os problemas se espalham por todo o País. Em Minas Gerais, a construtora Delta foi investigada por usar documento com informações falsas para participar da licitação da Linha Verde, via expressa que liga Belo Horizonte ao aeroporto de Confins. No Ceará, houve suspeita de direcionamento de licitação. No Paraná, foi um dos alvos da Operação Empreitada, que descobriu um acerto entre as construtoras para fraudar licitações. Segundo a denúncia, as obras eram sorteadas numa máquina de bingo. A polícia paranaense quis prender Cavendish, mas ele negou participação no esquema. Um dos atuais contratos da Delta é a construção do edifício-sede da Procuradoria-Geral do Trabalho, em Brasília, paralisada há dois anos.

Na lista da CGU (abaixo) estão relacionados pagamentos por obras não executadas ou feitas duas vezes

O TCU detectou superfaturamento, mas hoje não põe obstáculos à continuidade do empreendimento, de R$ 130 milhões. Cavendish terá de compatibilizar os valores da obra com os preços de mercado, se quiser finalizar o prédio. Outra obra que a Delta ajuda a tocar, o Arco Metropolitano do Rio, de R$ 844 milhões, tem “indícios de irregularidades graves”. Os auditores constataram que houve pagamentos por serviços não realizados e pediram que a Delta se manifeste sobre o início das obras sem projeto executivo e sem planilha orçamentária.

Foi no Rio de Janeiro que Cavendish começou a construir seu patrimônio, antes do lançamento do PAC. Na ges tão do ex-governador Anthony Garotinho, o empresário pavimentou bairros de Nova Iguaçu, em obras investigadas por suspeita de favorecimento. Segundo um de seus parceiros, Cavendish tem um estilo peculiar de gestão. “Cada obra tem uma administração independente, com CNPJ próprio. Isso dinamiza a gestão, reduz custos, dá capilaridade e permite que ele continue a operar mesmo quando há algum embargo”, diz o fornecedor de Cavendish. “As obras funcionam como franquias. Se alguma começa a dar prejuízo, o gestor é demitido.”

NACIONAL Em poucos anos, a Delta saiu do Rio para atuar em quase todos os Estados do País

Como quase sempre acontece com empresas que dependem do Estado, a Delta é uma generosa doadora em campanhas. Em 2006, injetou R$ 1,72 milhão nas eleições de prefeitos e vereadores em sete Estados, segundo dados do TSE. O PMDB levou R$ 1 milhão. O PT, R$ 500 mil. Amigo de governadores do PMDB e do PSDB, Cavendish não gosta de falar sobre os problemas que enfrenta e nem sobre seu círculo de relacionamentos.

De um suntuoso apartamento, na avenida Vieira Souto, em frente à praia de Ipanema, Cavendish avisou à ISTOÉ que não fala sobre seus negócios ou sobre sua vida pessoal. Pelas colunas sociais, sabe-se que o empresário é considerado um “tipo desejável”. Avesso a fotografias, o empreiteiro costuma ir a todas as festas badaladas do Rio. Com tanto dinheiro, ele agora vai diversificar seus negócios para os setores de energia, gás e óleo.

(Isto É)


O príncipe do PAC

Em seis anos, o jovem empreiteiro Fernando Cavendish fez um milagre: ampliou 14 vezes o seu volume de contratos com o governo

Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Sil va foi ao Rio de Janeiro, em maio, para entregar 56 unidades habitacionais a moradores do morro do Alemão, na zona norte da cidade, um jovem perfumado garantiu à comitiva presidencial que até setembro de 2010 entregaria todas as obras prometidas pelo governo na comunidade: mais de mil apartamentos e um teleférico. O autor da promessa é Fernando Cavendish Soares, dono da Delta Construções, que toca as obras do Alemão, no valor de R$ 623 milhões.

A data que ele escolheu para entregar os apartamentos é estratégica: um mês antes das eleições. Em retribuição, o empresário ganhou um lugar na foto oficial, logo atrás do prefeito do Rio, Eduardo Paes. Cavendish é hoje o homem que mais recebe dinheiro da União em contratos de obras civis. Deixa para trás na lista de fornecedores do governo gigantes da engenharia como a Camargo Corrêa, Odebrecht e Queiroz Galvão. Só este ano, a Delta vai receber cerca de R$ 500 milhões da União, 14 vezes o que ganhou em 2003, primeiro ano do governo do PT.

Cavendish começou a destacar-se na contabilidade do governo do PT em 2004, ano em que sua empresa cresceu 119%. Os valores vêm aumentando em progressão geométrica. Em menos de cinco anos, a Delta já faturou R$ 1,5 bilhão do governo. Só em obras do PAC são 85.

Um dos primeiros filões explorados pela Delta nesta fase de lua de mel permanente com o governo foi a "Operação Tapa-Buracos", que, pela urgência, não seguiu os tradicionais critérios de licitação pública. A partir daí, a empresa não para de crescer. O economista Gil Castelo Branco, da ONG Contas Abertas, se diz impressionado com o crescimento da construtora de Cavendish. "Muitos casos de ascensão meteórica são fruto de competência ou de bom relacionamento suprapartidário", diz Castelo Branco.

Mas os problemas de Cavendish aumentam na mesma proporção da expansão de sua empresa. A ControladoriaGeral da União (CGU) enumerou irregularidades em 14 obras de Cavendish no PAC, em contratos que somam R$ 200 milhões com o DNIT. Na lista da CGU estão pagamentos por serviços não executados, alteração contratual com acréscimos financeiros não previstos em lei e serviços duplicados realizados no mesmo trecho.

Os problemas se espalham por todo o País. Em Minas Gerais, a construtora Delta foi investigada por usar documento com informações falsas para participar da licitação da Linha Verde, via expressa que liga Belo Horizonte ao aeroporto de Confins. No Ceará, houve suspeita de direcionamento de licitação. No Paraná, foi um dos alvos da Operação Empreitada, que descobriu um acerto entre as construtoras para fraudar licitações. Segundo a denúncia, as obras eram sorteadas numa máquina de bingo. A polícia paranaense quis prender Cavendish, mas ele negou participação no esquema. Um dos atuais contratos da Delta é a construção do edifício-sede da Procuradoria-Geral do Trabalho, em Brasília, paralisada há dois anos.

Na lista da CGU (abaixo) estão relacionados pagamentos por obras não executadas ou feitas duas vezes

FOTO: JULIO BITTENCOURT /AG. O GLOBO

O TCU detectou superfaturamento, mas hoje não põe obstáculos à continuidade do empreendimento, de R$ 130 milhões. Cavendish terá de compatibilizar os valores da obra com os preços de mercado, se quiser finalizar o prédio. Outra obra que a Delta ajuda a tocar, o Arco Metropolitano do Rio, de R$ 844 milhões, tem "indícios de irregularidades graves". Os auditores constataram que houve pagamentos por serviços não realizados e pediram que a Delta se manifeste sobre o início das obras sem projeto executivo e sem planilha orçamentária.

Foi no Rio de Janeiro que Cavendish começou a construir seu patrimônio, antes do lançamento do PAC. Na ges tão do ex-governador Anthony Garotinho, o empresário pavimentou bairros de Nova Iguaçu, em obras investigadas por suspeita de favorecimento. Segundo um de seus parceiros, Cavendish tem um estilo peculiar de gestão. "Cada obra tem uma administração independente, com CNPJ próprio. Isso dinamiza a gestão, reduz custos, dá capilaridade e permite que ele continue a operar mesmo quando há algum embargo", diz o fornecedor de Cavendish. "As obras funcionam como franquias. Se alguma começa a dar prejuízo, o gestor é demitido."

NACIONAL Em poucos anos, a Delta saiu do Rio para atuar em quase todos os Estados do País

Como quase sempre acontece com empresas que dependem do Estado, a Delta é uma generosa doadora em campanhas. Em 2006, injetou R$ 1,72 milhão nas eleições de prefeitos e vereadores em sete Estados, segundo dados do TSE. O PMDB levou R$ 1 milhão. O PT, R$ 500 mil. Amigo de governadores do PMDB e do PSDB, Cavendish não gosta de falar sobre os problemas que enfrenta e nem sobre seu círculo de relacionamentos.

De um suntuoso apartamento, na avenida Vieira Souto, em frente à praia de Ipanema, Cavendish avisou à ISTOÉ que não fala sobre seus negócios ou sobre sua vida pessoal. Pelas colunas sociais, sabe-se que o empresário é considerado um "tipo desejável". Avesso a fotografias, o empreiteiro costuma ir a todas as festas badaladas do Rio. Com tanto dinheiro, ele agora vai diversificar seus negócios para os setores de energia, gás e óleo.



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