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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Polícia já tem nome de funcionária que aplicou vaselina em lugar de soro e matou menina de 12 anos em SP


Publicada em 06/12/2010 às 18h57m

Jaqueline Falcão, O Globo, SPTV, Bom Dia S.Paulo

Reprodução de imagem GloboNews TV

SÃO PAULO - A polícia já identificou a funcionária do Hospital São Luiz Gonzaga que injetou vaselina líquida no lugar de soro na menina Sthephanie dos Santos Teixeira, de 12 anos, internada na última sexta-feira com quadro de virose, com diarreia, febre e dores abdominais. A menina havia recebido duas bolsas de soro e começou a passar mal ao receber a terceira. Sthephanie sentiu as mãos formigarem e disse à mãe que iria morrer. Com embolia, a menina morreu aos 20 minutos de sábado , depois de ser transferida à Santa Casa de Misericórdia no bairro de Santa Cecília, que administra também o hospital do Jaçanã.

Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira, a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, se diz consternada com o fato e solidariza-se com a família da garota. Segundo a nota, após tomar conhecimento do fato foram instauradas, em caráter imediato, sindicâncias internas para apurar o que ocorreu. Os profissionais envolvidos no atendimento da paciente permanecem afastados até a conclusão das apurações.

A polícia espera agora receber o prontuário médico da menina e os frascos de soro e vaselina usados em Sthephanie. A intenção é comparar as embalagens e a viscosidade dos líquidos, para verificar se, de fato, é possível confundir os dois produtos.

O presidente do Conselho de Enfermagem de São Paulo, Claudio Porto, afirmou que o erro é inadimissível. Segundo ele, os 50 ml de vaselina significam entre 15 e 20 minutos de infusão como soro e um profissional bem preparado e supervisionado por enfermeiro capacitado não cometeria essa falha.

Segundo relatório médico levado à polícia pelo pai de Sthephanie, Rogério Teixeira, a menina recebeu 50 ml de vaselina líquida na veia.

Nesta segunda-feira, a polícia ouve os pais de Sthephanie e a equipe que atendeu a menina nos dois hospitais. De acordo com o delegado José Bernardo de Carvalho Pinto, do 73º DP (Jaçanã), um médico e uma enfermeira prestaram depoimentos. É aguardada na delegacia a funcionária que aplicou a vaselina líquida na veia de Sthephanie.

Depois de prestar depoimento à polícia por mais de três horas, a mãe de Sthephanie disse que notou que o vidro com a medicação dada à sua filha no Hospital São Luiz Gonzaga era quadrado, diferente de um frasco de soro.

- Assim que começou a pingar, minha filha reclamou que estava com falta de ar e formigamento. Ela pediu para eu não deixá-la morrer. Comecei a gritar e um médico pediu para tirar a medicação do braço imediatamente - disse Roseane Teixeira, acrescentando que a filha estava recebendo medicação com Dramin, dipirona sódica e soro, antes de o frasco com vaselina ser colocado.

Segundo o médico Anthony Wong, a vaselina líquida não se mistura com o sangue e provoca embolia. Forma micropartículas que entopem veias e artérias, afetando pulmão, coração e cérebro. Derivado do petróleo, a vaselina só serve para hidratação da pele ou limpeza de alguns equipamentos médicos. Nunca deve ser injetado.

- É uma quantidade absurdamente alta e fatal - diz o médico sobre a quantidade que teria sido aplicada na menina, de 50 ml.

Segundo uma amiga da família, quando começou a sentir as mãos formigarem Sthephanie disse à mãe que iria morrer. A menina foi transferida para a Santa Casa de Misericórdia, no bairro de Santa Cecília, às 21h30m de sábado e morreu aos 20 minutos da madrugada de sábado.

Uma mulher que estava no hospital e não quis se identificar disse que ouviu a equipe comentar o caso. Segundo ela, teriam dito que um medicamento oleoso tinha sido aplicado na menina, que a enfermeira seria afastada e que "a família não poderia ficar sabendo".

A Polícia registrou o caso como homicídio culposo, quanto não há intenção de matar.

Na região de Bauru, área central do estado, uma jovem de 20 anos morreu de infecção generalizada e a família suspeita de negligência médica.

A infecção generalizada foi provocada por uma apendicite diagnosticada tardiamente. Revoltada, a família registrou boletim de ocorrência e alega que houve falha dos médicos que atenderam a jovem.


  1. Alita
    06/12/2010 - 18h 56m

    Nem acredito q tenha sido enfermeira e sim alguém, q nas horas vagas, quando ñ tem faxina no hospital é aproveitada como auxiliar de enfermagem, ou mesmo pode ter sido promovida.

    Esses absurdos ñ acontecem só em rede do SUS ñ, hospitais VIPs do RJ, através de planos de saúde, tb pode acontecer,ñ se iludam ñ.


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  3. mgranelli
    06/12/2010 - 18h 56m

    as pessoas não leem a notícia e vem comentar.... não foi o médico que mandou aplicar vaselina, foi a enfermeira que trocou os frascos... analfabeta não sabe ler, igual as pessoas que comentam nesse site
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  5. implacável
    06/12/2010 - 18h 52m

    Os nossos cursos de Medicina necessitam urgentemente de uma reciclagem!!!
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  7. Gandryll
    06/12/2010 - 18h 38m

    Neo 27
    Deixe de falar bobagem.
    Quem supervisiona auxiliar de enfermagem e Enfermeiro e nao medico.
    Quem administra hospital e administrador e nao medico.
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  9. nina40graus
    06/12/2010 - 18h 37m

    Nossa...NEO27,levei minha filha tb num posto de saúde pra tomar uma vacina em uma campanha,e a mulher chegou e fez a mesma coisa comigo,pegou sei lá de onde,e foi enfiando a vacina no braço da minha filha,não falou absolutamente nada,a validade,onde estava armazenada,não me mostrou se era descartável,NADA ! acho isso uma absurdo,essas pessoas de rede pública devem trabalhar tão contra a vontade,q faz tudo nas coxas e com muito ódio de estar alí trabalhando.
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  11. PuntoeBasta
    06/12/2010 - 18h 36m



    Quanto absurdo praticado por falta de atencao e zelo profissional exigidos aqueles que so responsaveis por vidas humanas.
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  13. Neo27
    06/12/2010 - 18h 31m

    A responsabilidade é do médico.

    Não adianta dizer que foi um aluno de enfermagem que aplicou erradamente a substância.

    O aluno de enfermagem deveria ter supervisão.

    A equipe de enfermagem deveria ter tido treinamento.

    E, a equipe médica responsável pela administração deve ser responsável por não haver um procedimento que impeça isto de ocorrer.

    Portanto, o erro é médico, vai do médico atendente até o médico responsável pela direção do hospital.
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  15. ERTAC
    06/12/2010 - 18h 31m

    O que tem se constatado no País não só no setor de enfermagem como também na área médica além da incompetência, é uma total displicência e falta de profissionalismo no cumprimento de suas atribuições, facilmente constatado na postura mantida no atendimento aos paciêntes em Hospitais públicos e privados, tendo como resultado os fatos constantemente observados.
    A única alternativa para tentar reduzir estes fatos, é o rigor aplicado na punição destes profissionais.
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  17. Jorge Amaro
    06/12/2010 - 18h 29m

    Propagam: O vice-presidente é Herói! Herói é o povo que bravamente luta como pode para sobreviver ao descaso das autoridades em fazer de fato um Sistema de Saúde digno no país! Frequentam o Sírio Libanês e Albert Einstein (entre outros), ao povo que paga os maiores impostos do Mundo em troca dão-nos essa porcaria que é o SUS! Chamam as dependências dessa imundice de “Sistema Humanizado de Saúde”...
    Meus sentimentos a família da jovem, que Deus a tenha.
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  19. nina40graus
    06/12/2010 - 18h 28m

    Q descaso ! Imagino a dor dessa família perder uma filha assim,por pura incompetência de um monstro desse,q entra nesse ramo,onde serve para cuidar das pessoas ! Espero q alguma coisa seja feita para pôr esta bandida q fez isso,num lugar onde ela vai ficar "LIGADINHA A 220W"...na CADEIA !
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