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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Protesto de funcionários fecha entrada principal da USP

Cidade Universitária


Plantão | Publicada em 17/06/2010 às 08h43m

Bom Dia São Paulo, CBN, Marcelle Ribeiro, O Globo

SÃO PAULO - Manifestantes bloqueiam a entrada da Universidade de São Paulo (USP) na manhã desta quinta-feira. Tratam-se de funcionários da instituição que reivindicam um aumento salarial de 6%, como o concedido aos professores em fevereiro, além dos 6,57% acrescidos à remuneração de todos os servidores. Os trabalhadores da USP estão em greve desde o dia 5 de maio. A entrada principal da Cidade Universitária, no Butantã, Zona Oeste de São Paulo, está bloqueada desde às 7h.

O protesto é acompanhado pela guarda universitária e, até o momento, é pacífico. Entretanto, quem tenta acessar a universidade, é impedido. Há bate-boca no local. Quem precisa entrar deve, portanto, evitar a Rua Alvarenga e seguir para os portões 2 e 3, localizados, respectivamente, nas avenidas Professor Mello Moraes e Corifeu de Azevedo Marques.

Nesta quarta-feira, os funcionários em greve já prometiam trancar o principal portão da Cidade Universitária, com corrente e cadeado e impedir a entrada de pessoas no local, como forma de reivindicar por aumento salarial. O "trancaço" é mais uma medida dos servidores em busca da isonomia com os professores, que receberam aumento de 12,92%.

Em greve desde 5 de maio, os funcionários ocupam, desde 8 de junho o prédio da reitoria da USP, para protestar contra o corte do ponto de cerca de mil servidores. Nesta segunda, segundo os grevistas, a luz do edifício foi cortada.

Nesta quarta, os grevistas da USP e também da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) saíram de várias cidades paulistas em 22 ônibus e fizeram um protesto na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em Campinas. O reitor da Unicamp, Fernando Ferreira Costa, é o presidente do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), órgão responsável por decidir aumentos salariais das três universidades, que têm a mesma agenda de reivindicações. Ele não recebeu os manifestantes e não houve negociação.

O protesto foi pacífico e, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp, reuniu cerca de mil pessoas. Já a Unicamp, afirmou que o número foi menor, de 300. Os servidores montaram barracas em frente à reitoria da Unicamp e prometiam passar a noite de ontem em vigília no local.

De acordo com um dos diretores do Sindicatos dos Trabalhadores da USP (Sintusp), Magno Carvalho, o objetivo foi tentar convencer o presidente do Cruesp a conversar com os grevistas.

- Queremos convencê-lo de reabrir as negociações, pois o único (reitor) que não quer é ele. Eles (os reitores) estão intransigentes e por isso estamos forçando as negociações - afirmou Carvalho.

Em nota, a reitoria da USP afirma que uma reunião foi marcada para a próxima segunda-feira com representantes do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp). No texto, a reitoria se compromete ainda a pagar os dias cortados dos trabalhadores em greve em até quatro dias úteis se voltarem ao trabalho.

Outra categoria em greve em São Paulo decidiu em assembleia na terça manter a paralisação: os servidores do Tribunal de Justiça. Por causa do grande número de pessoas na assembleia realizada na praça em frente ao principal fórum da capital paulista, o Fórum João Mendes, no Centro, o TJ-SP decidiu fechar o prédio duas horas mais cedo, às 17h, temendo problemas como o ocorrido na semana passada, quando o edifício ficou 45 horas ocupado por grevistas.

Os servidores alegaram que só conseguiram realizar a assembleia com caixas de som na Praça João Mendes depois de obter um mandado de segurança. No fim da tarde, eles se juntaram a servidores da Justiça Federal em greve e fizeram uma passeata até outro prédio onde funcionam unidades do TJ, o Pátio do Colégio.


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