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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Ansiedade e depressão entre mulheres pode ter explicação biológica


Estudo bancado por órgão de saúde dos Estados Unidos prova que as mulheres são biologicamente mais propensas às doenças relacionadas ao estresse do que os homens
REDAÇÃO ÉPOCA
Arquivo

Pode haver uma razão biológica ao fato de a depressão e outras desordens pisquiátricas ligadas ao estresse serem mais comuns entre as mulheres se comparadas ao homem. Ao estudar a sinalização do estresse em cérebro de animais, pesquisadores americanos descobriram que as fêmeas são mais sensíveis a níveis baixos de um importante hormônio do estresse e menos capazes de lidar com altos níveis que os machos. A pesquisa se concentrou na liberação de corticotropina, um hormônio que organiza as respostas ao estresse em mamíferos.

"Esta é a primeira evidência para as diferenças sexuais em como trabalham os receptores de neurotransmissores", diz Rita Valentino, do Hospital da Criança da Philadelphia, a líder do estudo, que foi bancado pelo Insituto Nacional da Saúde dos Estados Unidos e publicado na edição online do Molecular Psychiatry e na Science Daily. Segundo ela, é preciso que outros estudos determinem como isso se traduz nos humanos, e que possam explicar por que as mulheres são duas vezes mais vulneráveis que os homens às disordens relacionadas ao estresse – o que já se sabia, mas não havia provas nem mecanismos biológicos que o explicassem.

Analisando o cérebro de ratos submetidos a um teste de estresse (neste caso, na água), os pesquisadores descobriram que os machos conseguem se adaptar melhor: suas células reduziram o número de receptores da corticotropina, tornando-se menos sensíveis ao hormônio do estresse. Nas fêmeas, os neurônios possuem um receptor da corticotropina mais presente e se liga mais fortemente a proteínas do cérebro.

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