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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Apenas 6% dos ouvintes acompanham programa Café com o Presidente

, diz pesquisa
Giselle Mourão
Do Contas Abertas

Uma pesquisa encomendada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (SECOM) mostra que a população brasileira ouvinte de rádio - 80% do total de 12 mil entrevistados em todo o país - não acompanha o principal programa do presidente Lula em rádio, o Café com o Presidente. Apenas 32% dos ouvintes costumam acompanhar notícias sobre o governo; desses, somente 6% ouvem Café com o Presidente, veiculado toda segunda-feira, que tem 6 minutos de duração, e 3% acompanham o programa Bom Dia Ministro, também feito em formato de entrevista. O programa Voz do Brasil, apresentado de segunda a sexta-feira obrigatoriamente em todas as rádios do país entre 19h e 20h, é ouvido por 21% das pessoas que costumam acompanhar notícias pelo rádio.

Os entrevistados consideram mais interessantes as notícias referentes aos assuntos sociais (54%). Interesses em notícia sobre programas e benefícios do governo federal à população também teve um elevado percentual (52%). Notícias sobre economia constituem foco de interesse de 48% dos entrevistados, enquanto os assuntos políticos despertam apenas 32%.

A maioria dos leitores de jornal (60% dos 46% entrevistados) costumam acompanhar notícias sobre o governo federal nos jornais. Dos leitores de revistas (35% dos entrevistados), 43% costumam acompanhar notícias sobre o governo por meio desse meio.

Dos entrevistados que costumam assistir televisão, 61% costumam acompanhar os noticiários sobre o governo neste meio, e ainda 50% costumam assistir aos pronunciamentos do governo na televisão.

Entre os internautas (23% dos entrevistados), poucos admitiram acompanhar notícias sobre o governo na rede mundial de computadores. O percentual de pessoas que acessam sites do governo regularmente para buscar informações corresponde a 6%. Eventualmente, 14% dos internautas admitiram acessar os links do governo para obter informações. A maioria, 80% dos internautas, não costuma acessar estes sites.

O estudo aponta ainda que mais da metade da população crê que as notícias veiculadas pela mídia sobre o governo são favoráveis ao governo (57%). Porém, 61% consideram incompletas as informações veiculadas.

Nível de formação

O estudo encomendado pela Secom à Meta Pesquisas de Opinião aponta que parcela expressiva da população brasileira se considera pouco informada (48%). Apenas 6% disseram que se consideram muito informados, enquanto que 45% se consideram pessoas informadas.

A mesma tendência foi observada na avaliação do acompanhamento das notícias em geral. A maioria acompanha pouco (68%). Pouco mais de 21% acompanham muito as notícias e 10 não acompanham. Assim, 79% acompanham pouco ou nada; enquanto 81% acompanham de alguma maneira.

O nível de informação e acompanhamento de notícias apresenta diferenças entre as classes de renda da população. Enquanto na faixa de renda mais baixa, até dois salários mínimos, apenas 5% dos entrevistados se consideram muito informados, e 16% afirmaram que acompanham muito as notícias em geral. Na faixa de renda mais alta - mais de dez salários mínimos - 14% se consideram muito informados, e 34% afirmam que acompanham muito as notícias em geral.

Assuntos sobre o governo ou sobre política não fazem parte de conversas do cotidiano de maior parte da população (57%). Os que costumam conversar sobre política o fazem de forma esporádica: 32% costumam conversar apenas uma vez por semana, 13% costumam dialogar uma vez a cada 15 dias e outros 17% admitiram conversar sobre o assunto apenas uma vez por mês.

A população com renda mais alta costuma conversar, em maior proporção, sobre política e governo. Dos entrevistados com renda superior a dez salários mínimos, 54% disseram que conversam sobre política ou sobre o governo, enquanto que dos entrevistados com renda menor de dois salários mínimos essa proporção diminui para 38%.


A credibilidade dos meios de comunicação não é grande. A maioria dos entrevistados acredita que as notícias veiculadas pela mídia são tendenciosas (57%), enquanto apenas 24% consideram estas notícias como isentas e imparciais. Do total de entrevistados, 72% acreditam muito pouco nos meios de comunicação, e outros 8% não acreditam. Apenas 19% afirmaram acreditar muito nestes meios.

A população da Região Nordeste apresentou proporções mais elevadas de credibilidade nas notícias e na mídia. Nessa região, 28% consideram as notícias isentas e imparciais, e 26% acreditam muito no que é dito pelos meios de comunicação. Por outro lado, a região Sul mostrou-se mais crítica. Somente 20% dos sulistas consideram as notícias isentas e imparciais, e apenas 10% acreditam muito no que é dito pelos meios de comunicação.

A televisão aberta é considerada o meio de comunicação mais confiável e também o meio mais importante para buscar informações. Os telejornais são apontados por 74% como o meio mais importante para se informar sobre o governo federal.

Base da pesquisa

Os pesquisadores entrevistaram pessoas com mais de 16 anos residentes em domicílios particulares em todo o território brasileiro, entre homens e mulheres de diferentes renda familiar mensal e escolaridade. A pesquisa foi aplicada em uma amostra de 12 mil domicílios, totalizando a realização de 12 mil entrevistas em 539 municípios em todos os estados da Federação.

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