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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Médicos testam cirurgia contra depressão


Cirurgia para depressão pode ser solução para casos que não respondem aos medicamentos

Publicada em 20/01/2010

O Globo

RIO - Uma cirurgia polêmica vem chamando a atenção de especialistas e poderá, no futuro, ser mais uma opção para pessoas que não conseguem se livrar das crises de depressão profunda. Ela consiste na eletroestimulação cirúrgica de uma parte do cérebro e esta sendo testada por pesquisadores do centro médico da Universidade Pittsburgh, nos Estados Unidos.

A experiência parece saída de um filme de terror, mas neurologistas garantem que a técnica é indolor. No procedimento, cirurgiões fazem dois pequenos furos no crânio do paciente, inserem pequenos eletrodos em uma região específica do cérebro e ajustam a voltagem de acordo com o caso. Os eletrodos funcionam com baterias minúsculas que são colocadas embaixo da pele na região peitoral e são controlados por controle remoto.

Segundo o neurologista Douglas Kondziolka e o psiquiatra Robert Howland, o objetivo do implante é regular a atividade dos neurônios no campo que controla a ansiedade e a tristeza, geralmente super ativos em pessoas deprimidas. Até o momento, o procedimento foi testado por 30 pacientes e o resultado da experiência deve ser divulgado em quatro meses.

Estima-se que existam 13 milhões de pessoas com depressão no Brasil e cerca de 450 milhões de pessoas pelo mundo sofrem diariamente com este tipo de transtorno mental. Cerca de um quinto dos portadores do distúrbio tem sintomas difíceis de serem controlados apenas com medicamentos ou psicoterapia. Mulheres costumam ser mais atingidas pela doença do que os homens, numa proporção de três para um. Dados da Organização Mundial de Saúde indicam que a depressão será a doença mais comum do mundo daqui a vinte anos.





Depressão: Sintomas, causa e tratamento

O que mais se houve falar nos ultimos tempos é que alguém se afastaou do trabalho por que estava com depressão, é comum ouvir dizer por ai que estão “deprês” ou deprimidas, quando apenas estão chateadas, ou estressadas, porque se desentenderam com alguém.

Então vejam abaixo o que é uma depressão! Porque muitas pessoas não fazem nem ideia do que seja essa doença que atormenta a vida das pessoas.

Depressão

É uma doença física como outra qualquer, só que desorganiza as reações emocionais.
A depressão é muito complexa e difícil de ser diagnosticada, pois um dos seus principais sintomas pode ser confundido com tristeza, apatia, preguiça, irresponsabilidade e em casos crônicos como fraqueza ou falha de caráter.

Independente do estado de espírito, até o ser mais iluminado perderia a paciência ou se chatearia numa briga de trânsito, invertida profissional, falta de grana, doença na família, perda de um ente querido, desemprego, crise conjugal e etc… Isto é comum na vida das pessoas, oscilamos o nosso humor diariamente. Só que depois de um curto período de tempo voltamos ao normal, sem grandes dramas, correndo atrás do prejuízo.

Já a pessoa deprimida ou com predisposição, às vezes com uma chateação corriqueira, pode ser nocauteada e cair num abismo sem fim ou então, ser mais resistente, mas numa crise brava também vai pro abismo. Por que é assim mesmo que se sente um deprimido. Uma pessoa sem perspectiva de vida, sem amor próprio, pessimista, desanimada que não vê graça em nada a não ser no seu isolamento e luto em vida.

Na realidade este desânimo perante a vida não é falta de atitude e sim um mau funcionamento cerebral. Porque embora muitas pessoas acham que depressão é frescura, ela é uma doença, um desequilíbrio bioquímico dos neurotransmissores (mensageiros químicos do impulso nervoso) responsáveis pelo controle do estado de humor.

A dopamina e serotonina são neurotransmissores que estão muito associados ao estado afetivo das pessoas. A serotonina está ligada a sentimentos de bem estar ou mal estar. Ela regula o humor, o sono, a atividade sexual, o apetite, o ritmo cardíaco, as funções neuroendócrinas, temperatura corporal, sensibilidade à dor, atividade motora e funções cognitivas. A dopamina está associada à sensação de euforia, entusiasmo e prazer. Esta regula o controle do movimento, da percepção e da motivação.

Na depressão a dopamina, serotonia e outras substâncias químicas como a noradrenalina, ácido gama-aminobutírico e aceticolina ficam alterados, desorganizando o estado de humor, as emoções, capacidade mental e o bem estar geral do organismo.

Sintomas da Depressão

Após um período de tristeza, a pessoa esmorece e fica “isolada do mundo”. Não sente vontade de reagir, não acha graça em nada, se sente angustiada, sem energia, chora à toa, tem dificuldade para começar uma tarefa, dificuldade em terminar o que começou, persistência de pensamentos negativos e um mal-estar generalizado: indisposição, dores pelo corpo, insônia ou sonolência, alterações no apetite, falta de memória, concentração, vulnerabilidade, fraqueza, taquicardia, dores de cabeça, suores ou outros sintomas físicos que joga a pessoa pra baixo.

Causas da depressão

A classe médica acredita que a depressão é um fator genético, pois aparecem em algumas famílias e em gêmeos também.Por isso é importante investigar se há casos de depressão na família do doente, pois as chances genéticas são grandes.

A depressão também pode ocorrer depois de uma situação estressante ou de perda. É comum sentir-se triste, desesperado numa crise financeira, separação ou morte de um ente querido. Também é normal se sentir fragilizado após uma situação estressante como um assalto, estupro ou seqüestro. Esta tristeza e medo tende a passar depois de um período de duas semanas a seis meses, depois disto a vida vai entrando nos eixos. Só que às vezes a pessoa não consegue reagir e esta tristeza se transforma em depressão, principalmente nas pessoas com predisposição à doença.

Existem também algumas doenças físicas que podem causar depressão: esclerose múltipla, derrame, hepatite, hipotireoidismo, apnéia do sono, hipertensão, insuficiência cardíaca, diabetes. Além das doenças terminais como câncer e Aids.

Alguns medicamentos e drogas também levam á depressão como: cortisona, anfetaminas, pílulas anticoncepcionais, quimioterapia, álcool, crack, ecstasy, maconha entre outros.

Tratamento da depressão

Como qualquer outra doença física, o tratamento da depressão será feito após uma avaliação física e psíquica por um médico psiquiatra. O tratamento inclui o aconselhamento psiquiátrico e os remédios antidepressivos, que regulam a química cerebral.

Ás vezes a medicação precisa de ajustes, ou tem um efeito colateral incômodo. Por isso é importante a visita periódica para a avaliação médica e o ajuste ou troca do medicamento. Os antidepressivos demoram de duas a quatro semanas para atuar efetivamente na doença. Uma vez restaurada a química cerebral a depressão tende a melhorar e fica mais fácil erguer a cabeça e tomar uma atitude perante a vida.

Mas é importante ressaltar que apesar da melhora o tratamento ainda vai continuar por um prazo indeterminado, sob a avaliação do psiquiatra.

Além da medicação é importante a psicoterapia, a força de vontade do paciente de correr atrás dos seus sonhos (objetivo), o auxílio da família, dos amigos e de um grupo de ajuda. Quanto mais amparado o paciente estiver, melhor será o processo de cura.

Fonte: Espaço Vida



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