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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Chávez: direita continental tentará impedir eleição de Dilma




O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse nesta quarta-feira que haverá uma "reorganização" da direita continental para impedir a continuidade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a virtual candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

"Há eleições no próximo ano no Brasil. Vão fazer todo o possível, a direita, não somente a brasileira, a continental, o império norte-americano, para impedir que haja continuidade no governo progressista e de esquerda do nosso irmão, presidente Lula", afirmou Chávez durante a inauguração de um sistema de teleféricos construído em uma favela de Caracas pela empreiteira brasileira Odebrecht.

Chávez, que nos últimos meses vem demonstrando sua preferência pela vitória do candidato governista ao Planalto, voltou a afirmar que "a companheira Dilma Rousseff será a próxima presidente" do Brasil, ao qualificá-la como "líder da esquerda brasileira". "O povo brasileiro não se deixará manipular para frear as mudanças que o Lula impulsou", disse.

Chile
Em referência ao resultado das eleições no Chile, da qual saiu vitorioso o candidato conservador Sebastián Piñera, Chávez disse que no continente "continuam tentando a restauração do projeto neoliberal, que é o que está por trás desses governos de direita", disse.

O presidente venezuelano também rebateu as críticas de Piñera, que nesta semana disse ter "profundas diferenças" com a forma como "se concebe e se pratica a democracia e o modelo de desenvolvimento econômico" na Venezuela.

Chávez disse que era "esperado" que o empresário, "um dos mais ricos do Chile e um dos mais ricos do continente" se opusesse a seu projeto de revolução socialista. "Eu espero que o senhor Piñera não pretenda converter o Chile em outra plataforma de ataque contra a Venezuela", afirmou.

"Faço um chamado a que não se meta conosco, que se dedique a governar o Chile e faça o que tem que fazer."

Plebiscito
Na esteira das críticas ao mandatário eleito do Chile, Chávez desafiou seus opositores a convocarem um referendo revocatório para retirá-lo da Presidência. A Constituição venezuelana prevê a realização de um referendo que pode encurtar o mandato do presidente na metade do seu período, caso uma maioria assim decida em um plebiscito.

Há 11 anos no poder, Chávez vem recebendo duros ataques de seus opositores devido à crise de abastecimento elétrico, que levou o governo a decretar racionamento de energia em todo o país. O Executivo argumenta que a represa que fornece água à hidrelétrica do Guri, responsável por 70% da energia de todo o país, foi afetada pela seca provocada pelo fenômeno climático El Niño, levando à crise de fornecimento.

A oposição, por sua vez, responsabiliza o governo, ao argumentar que não foram feitos investimentos em fontes alternativas de energia para evitar os apagões.




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