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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Em depoimento no Rio, Battisti admite ter usado passaporte falso


Documento foi usado para entrar no Brasil em setembro de 2004.
Ele alega que recebeu item falsificado de um agente francês.

Do G1, no Rio


Foto: Marcos de Paulo

O ex-ativista político Cesare Battisti, preso no Brasil desde março de 2007, prestou depoimento nesta quinta-feira (10) na 2ª Vara Criminal Federal, no Centro do Rio de Janeiro. (Foto: Marcos de Paulo/AE)



O ex-ativista político Cesare Battisti prestou depoimento nesta quinta-feira (10) no Fórum Federal Marilena Soares Reis Franco, no Rio de Janeiro. Ele foi interrogado pelo juiz da 2ª Vara Federal, Rodolfo Kronemberg Hartmann, no processo em que ele é acusado de falsificar um passaporte francês. Ao juiz, Battisti admitiu ter usado um documento forjado quando chegou a Fortaleza em setembro de 2004.

Entretanto, ele diz que o documento foi cedido por um agente do governo francês. Segundo o ex-ativista afirmou em depoimento, o passaporte era verdadeiro, estava no nome de outra pessoa, mas tinha sua foto colocada irregularmente no documento. Battisti não informou o nome do responsável por obter o passaporte.

Quando chegou a Fortaleza, após passagens pelas ilhas da Madeira e Canárias, foi recebido pela polícia francesa e brasileira. O ex-ativista afirmou que o passaporte que ele usava tinha um código de barra que permitia que ele fosse monitorado em suas viagens pelo país. Ele disse que sua intenção era pedir refúgio político, mas que foi mal aconselhado por duas pessoas que o orientavam no país.

Para a Agência Estado, antes do interrogatório, o advogado de defesa, Luiz Eduardo Greenhalgh, afirmou que a acusação é indevida porque não foi Battisti quem preparou o documento, "que ele sequer tocava ao ser preso". De acordo com ele, o passaporte foi entregue ao italiano por autoridades francesas antes de Battisti deixar a Europa, depois que François Mitterrand perdeu as eleições para Jacques Chirac. O documento teria sido usado uma única vez no ingresso dele no Brasil sem que o ex-ativista soubesse que se tratava de um passaporte falso.

Durante o depoimento, o ex-ativista disse não se lembrar do nome exato que constava no passaporte, mas informou que o prenome era Elias.

Histórico

Preso no Brasil desde março de 2007, o ex-ativista pode ser extraditado para a Itália, como concluiu o Supremo Tribunal Federal (STF) no último mês. O STF ressaltou ainda que a decisão de entregá-lo ou não ao país estrangeiro será do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Battisti é ex-integrante do movimento Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Ele foi condenado na Itália à prisão perpétua em processos nos quais foi acusado de envolvimento com assassinatos. No caso de o governo brasileiro resolver extraditá-lo, deverá decidir se a entrega ocorrerá antes ou depois do cumprimento de uma eventual pena por suposto uso de documentos falsos.










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