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BBC MUNDO RADIO
Desabamento foi provocado pelo temporal que atingiu São Paulo.
Na Zona Norte, crianças e adultos foram resgatados por helicóptero da PM.
Uma menina de 4 anos morreu após sua casa localizada em Osasco, na Grande São Paulo, desabar durante o temporal que atingiu a região metropolitana nesta quarta-feira (16), informou o pronto-socorro Rômulo Fonseca Guimarães, em Barueri.
A criança deu entrada com ferimentos graves pouco depois das 18h, e sua morte foi confirmada 45 minutos depois. Segundo o pronto-socorro, a menina morava no Jardim Munhoz Júnior.
O temporal deixou Osasco e parte da Zona Norte da capital paulista debaixo d'água.
Salvamento
Na Zona Norte, uma das mais afetadas da cidade, quatro crianças e dois adultos ilhados em casa foram resgatados por um helicóptero Águia, da Polícia Militar (PM). O salvamento foi feito na região do Jaraguá.
As crianças e os adultos foram colocados dentro de um cesto, e içados pela aeronave até serem levados a um local considerado seguro pela equipe de salvamento, um pátio de uma empresa de ônibus de turismo.
No meio da chuva forte, com duas crianças debaixo do braço, o policial militar que se identificou apenas como cabo Albuquerque tinha um só objetivo: “Queria tirá-las dali o mais rápido possível”.
O resgate foi feito em uma viela, perto da Estrada Turística do Jaraguá. Ali, na área de uma favela, a chuva castigou casas e alagou ruas. Segundo Albuquerque, as crianças tinham idades entre 3 e 7 anos. Além delas, o helicóptero também tirou dos imóveis ilhados uma mulher de aproximadamente 50 anos e um homem de cerca de 70 anos.
Imagens feitas pela TV Globo mostraram o momento em que as duas primeiras crianças deixaram o cesto. “Elas estavam apavoradas, chorando, com medo de morrer”, afirmou o soldado.
Dentro do helicóptero, estavam o piloto e mais três tripulantes. Entre eles, o policial que ficou no cesto com as vítimas da enchente.
Às 21h30, a PM informou que as crianças já haviam sido devolvidas às suas famílias.
Caos
As chuvas fortes que atingiram a Grande São Paulo causaram alagamentos, falta de luz e trânsito na capital e na região metropolitana.
Em São Paulo, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou 100 km de filas às 21h, bem acima da média para o dia e para o horário.
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Osasco foi uma das cidades mais afetadas. Ruas ficaram alagadas e carros, submersos. Um veículo chegou a ser virado pela força da água. Mesmo com o fim do temporal, as vias permaneciam com muita água, dificultando o tráfego dos motoristas e dos pedestres.
Quem chegava a São Paulo no momento da chuva também enfrentou problemas. A Rodovia Régis Bittencourt foi totalmente interditada no km 273 - região de Embu - do sentido São Paulo às 19h, e só foi liberada às 19h45.
Em Barueri, também na Grande São Paulo, um ônibus urbano ficou ilhado na Avenida Piracema.
Na Marginal Tietê, o motorista encontrou 5,2 km de lentidão na pista expressa, sentido Rodovia Ayrton Senna, da Ponte do Limão até a Rua Azurita.
Às 20h, a cidade deixou o estado de atenção.
Energia
Algumas regiões da cidade também tiveram queda de energia. Segundo a Eletropaulo, houve problemas em trechos da Barra Funda, na Zona Oeste, e nos seguintes bairros da Zona Norte: Jardim São Bento, Tucuruvi, Santana, Água Fria, Mandaqui, Santa Terezinha, Vila Mazzei, Jardim Peri e Cachoeirinha.
Metrô
A chuva afetou a velocidade da circulação dos trens do Metrô. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, as composições circularam de forma lenta nos trechos a céu aberto de todas as quatro linhas em operação. Nenhum trem sofreu panes por conta do temporal, informou a companhia.
Trens
A circulação dos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também foi prejudicada. Composições da Linha 7-Rubi (Luz-Jundiaí) deixaram de rodar entre as estações Caieiras e Franco da Rocha às 17h40. Por este motivo, todas as estações entre Luz e Francisco Morato foram fechadas. E só voltaram ao normal após as 23h.Para compensar os problemas, a companhia disponibilizou 30 ônibus para levar os usuários entre as estações Caieiras e Franco da Rocha.
