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domingo, 1 de novembro de 2009

Zelaya diz que não aprovará Governo de Unidade se não for restituído


Da EFE



Tegucigalpa, 1 nov (EFE).- O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, adiantou hoje que não dará seu aval ao Governo de Reconciliação e Unidade, previsto para ser constituído na quinta-feira, se não for restituído antes ao poder, decisão que deve adotar o Congresso segundo o Acordo Tegucigalpa-San José.


"O Governo de Reconciliação e Unidade só pode ser formado se houver um acordo, se nós não estivermos de acordo não há Governo de Conciliação e Unidade", afirmou à Agência Efe em conversa telefônica Zelaya, que assegurou que consideraria desfeito o pacto se não for restituído ao poder.


Além disso, o governante deposto lembrou que se não estiver satisfeito com a aplicação do pacto, incluindo a sua restituição até quinta-feira, data limite para instalar o Governo de Unidade, o tratado pode ser quebrado.


"Eu sou uma das partes do acordo. O acordo é composto de duas partes, os acordos preveem a conciliação de duas partes, se uma das partes sente que pode cair em uma armadilha, o acordo pode ser rompido", detalhou Zelaya a partir da embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde está desde 21 de setembro.


O ponto do pacto referente à restituição de Zelaya provocou diferentes interpretações entre este e o Executivo de fato.


Enquanto o primeiro considera que deve ser restituído na Presidência na quinta-feira, o segundo não entendeu da mesma maneira.


Outra desavença com relação ao tema, para o líder deposto, segundo disse à Agência Efe, as duas partes acordaram pedir ao Legislativo que opine sobre o retorno ao poder, enquanto o Governo de fato assegura que não há tal recomendação.


O documento diz textualmente: "ambas as comissões negociadoras (a de Zelaya e a do presidente de fato, Roberto Micheletti) decidiram, respeitosamente, que o Congresso Nacional resolva com relação ao retroceder da titularidade do Poder Executivo ao estado prévio de 28 de junho", data do golpe de Estado contra Zelaya.


Para o presidente destituído, "a linguagem que se buscou é um espírito de conciliação e que a redação quis dizer ao Congresso com respeito que retroceda a situação é dizer: 'senhores, com todo respeito, voltem ao Estado de Direito e deixem à ilegalidade".


"Essa é a solicitação que foi feita a ambas as partes", acrescentou.


No entanto, o Governo de Micheletti divulgou um documento à imprensa que "o acordo não faz nenhum tipo de recomendação sobre que decisão deve tomar o Congresso". EFE

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