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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Lula diz que governo não discutirá "merreca" para combater o crime no Rio



André Naddeo
Do UOL Notícias*
No Rio de Janeiro

Lula chama criminosos de anormais

Após o ministro da Justiça, Tarso Genro, ter afirmado ontem (27) que é necessário triplicar o ritmo de gastos em segurança pública no Rio de Janeiro até a Olimpíada de 2016, o presidente Lula disse, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (28), que o governo não vai ficar discutindo "merreca".

"Não vamos discutir 'merreca' (para a segurança pública do Rio). Não é fácil enfrentar uma quadrilha, temos que usar a inteligência. Temos esse compromisso com o Rio", disse após inaugurar um ginásio esportivo no morro da Mangueira, na capital fluminense. "Temos mais força que o crime organizado. Não temos limite para ajudar o Rio", acrescentou o presidente.

Até agora, as previsões de repasse federal para o Estado ultrapassam os R$ 250 milhões neste ano. Desde o começo de 2009, já foram transferidos R$ 121,30 milhões e, até o final do ano, mais R$ 131,80 milhões devem ser enviados para o Estado pelo Fundo Nacional Penitenciário, pelo Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) e ainda pelo Fundo Nacional de Segurança Pública.

Sobre a violência no Complexo do Alemão, um dos principais focos de tensão no Rio, Lula afirmou: "Com as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), eu tenho a ilusão de ter (no Complexo do Alemão) a tranquilidade do morro Santa Marta ou da Cidade de Deus", citando duas comunidades que estão ocupadas por Unidades Policiais Pacificadores (UPPs).

Ao lado do governador do Rio, Sérgio Cabral, e do prefeito, Eduardo Paes, Lula disse também que não é fácil acabar com a violência na cidade. "É quadrilha brigando com quadrilha. Mas tem pessoas que acham que o governador poderia acabar com a quadrilha em um minuto. Se fosse fácil, a violência não perduraria 30, 40 anos".

O presidente afirmou ainda que no Rio a violência tem repercussão maior do que em outros locais. "O narcotráfico é uma realidade. Não tem poema. É preciso prender aqueles que tiram a liberdade de quem quer trabalhar honestamente. Quando acontece uma violência daquela (da semana passada) passa a ideia que o Rio é assim. Violência tem no Rio, em São Paulo, na Bahia, no Paraná, mas o Rio é uma caixa de repercussão maior do que outra cidade".

*Com informações da Reuters

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