da Efe, em Teerã
da Folha Online
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou neste domingo que "Morte a Israel" será o grito eterno do povo iraniano.
Israel tem como objetivo final "tentar destruir as civilizações da região" e "estabelecer seus pilares sobre essas ruínas", disse. Por isso, "morte a Israel vai ser para sempre o grito unânime do povo do Irã", destacou Ahamdinejad, citado pela agência de notícias Fars.
Em diversas ocasiões o presidente iraniano já defendeu a eliminação de Israel e negou o Holocausto --que ele diz ser um mito.
No dia 19 de setembro, em um discurso durante o Dia de Jerusalém --marcha anual pró-palestinos--, Ahmadinejad afirmou que o fato dos nazistas de Hitler terem usado câmaras de gás para matar 6 milhões de judeus na Segunda Guerra (1939-1945) é "uma mentira baseada em uma alegação mítica e não comprovada".
"A própria existência deste regime é um insulto à dignidade dos povos", afirmou.
Desde que chegou ao poder pela primeira vez, Ahmadinejad provocou condenação internacional por dizer que o Holocausto é uma mentira e que Israel é um "tumor" no Oriente Médio. Seu governo chegou a realizar uma conferência em 2006 para questionar o Holocausto.
O Irã não reconhece a existência de Israel e Ahmadinejad previu em várias oportunidades nos últimos anos o fim do Estado hebraico. Em 2005 afirmou que Israel deveria ser "apagado do mapa".
Brasil
O diretor da Associação de Amizade Irã-Brasil, Mir-Qasem Momeni, anunciou hoje que Ahmadinejad fará uma visita oficial ao Brasil no fim de novembro. Durante a viagem, serão debatidas questões econômicas e culturais, assim como a ampliação das relações bilaterais, disse Momeni, citado pela agência de notícias Fars.
Fontes brasileiras já tinham dito que a visita poderia acontecer em 23 de novembro. Caso realmente aconteça, a viagem será a primeira de Ahmadinejad ao Brasil, país com o qual o Irã estreitou relações políticas e econômicas nos últimos meses.
No campo político, o Brasil comemorou na semana passada a retomada das conversas do Irã com a comunidade internacional sobre seu programa nuclear.
A questão chegou a ser discutida entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega americano, Barack Obama, em uma reunião paralela à cúpula do G20 (grupo que reúne países ricos e os principais emergentes), realizada em Pittsburg (EUA), no fim de setembro. Na ocasião, Lula, que cogita a hipótese de viajar ao Irã no ano que vem, se posicionou contra a imposição de novas sanções ao país.
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