Plantão | Publicada em 22/09/2009 às 18h35m
Reuters/Brasil OnlineBRASÍLIA (Reuters) - O chefe do Departamento de América Central e Caribe do Itamaraty, Gonçalo Mello Mourão, rebateu nesta terça-feira críticas de senadores de que o governo brasileiro tenha chancelado um "palanque eleitoral" para o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, ao conceder a ele refúgio político.
Senadores da oposição ponderaram que a embaixada brasileira em Honduras se tornou um "escritório político" do hondurenho.
"Ele (Zelaya) chegou com o desejo de estabelecer um diálogo construtivo, pacífico, democrático para o restabelecimento da ordem constitucional em Honduras", afirmou Mourão a jornalistas após reunião extraordinária da Comissão de Relações Exteriores do Senado.
Zelaya foi deposto e expulso do país em 28 de junho e desde segunda-feira está abrigado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa.
"Zelaya está fazendo um comício dentro da embaixada brasileira", afirmou o senador Heráclito Fortes (DEM-PI).
O líder do PSDB na Casa, Arthur Virgílio (AM), estranhou o fato. Segundo o senador, ao dar asilo a Zelaya em território hondurenho, "o Brasil comprou uma briga que não era dele".
"É como se o Brasil tivesse virado um comitê do presidente Zelaya", acrescentou o tucano.
Já para o presidente da comissão, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), "o Brasil acertou. (Nisso) o governo e a oposição estão numa posição única".
(Reportagem de Ana Paula Paiva)Fale com o Ministério
disque saúde 0800 61 1997
Ministério da Saúde - Esplanada dos Ministérios - Bloco G - Brasilia / DF
CEP: 70058-900 Sphere: Related Content