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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Câmara vai enviar missão de deputados a Honduras

23/09/2009


A Comissão de Relações Exteriores da Câmara vai aprovar nesta quarta (23) o envio de uma delegação de deputados a Honduras.

Vão à capital hondurenha, Tegucigalpa, cinco deputados: Raul Jungmann (PPS-PE), Marcondes Gadelha (PSB-PB)...

...Cláudio Cajado (DEM-BA), Maurício Rands (PT-PE) e Ivan Valente (PSOL-SP). A missão é endossada pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).

Há um entrave diplomático a ser transposto. No alvorecer da crise hondurenha, o Brasil ordenara ao seu embaixador em Tegicigalpa que retornasse a Brasília.

Sem embaixador, não há como emitir vistos de viagem para os deputados. Acionado, o Itamaraty tenta contornar o problema.

Busca-se a chancela de um organismo internacional –Unasul ou OEA—para a missão da Câmara. De resto, Temer tenta agregar senadores ao grupo.

O Congresso acordou para a encrenca depois que o governo provisório de Honduras submeteu a embaixada brasileira a um cerco, nesta terça (22).

Cortou-se o suprimento de luz e de água da embaixada. Foram silenciadas as linhas telefônicas. Represálias à presença no prédio do presidente deposto Manuel Zelaya,

Em operação ainda envolta em mistério, Zelaya retornou a Tegucigalpa há dois dias. Refugiou-se na embaixada do Brasil.

Lula e o chanceler Celso Amorim disseram que não houve acertos prévios. Zelaya teria chegado à representação brasileira sem aviso prévio.

Algo difícil de engolir. Sobretudo quando se considera que Zelaya foi à embaixada acompanhado de familiares e partidários. Coisa de 70 pessoas.

Deputados e senadores reprovaram, em uníssono, a ação do governo provisório de Honduras, que Lula chama de “golpista”.

Por sugestão de Temer, aprovou-se no plenário da Câmara uma moção de repúdio.

Outra moção, de autoria do líder do PSB, Antonio Carlos Valadares (SE), foi aprovada na comissão de Relações Exteriores do Senado.

Em raro uníssono, os congressistas endossaram a decisão de Lula de abrigar Zelaya. Ouviram-se, porém, reparos ao comportamento do presidente deposto.

“Ele transformou a embaixada do Brasil num comitê político”, disse, por exemplo, Heráclito Fortes (DEM-PI). “Fez até discursos da sacada do prédio”.

“Esse tipo de procedimento é inclusive vedado pela legislação de refúgio do Brasil”, ecoou Raul Jungmann.

Nos EUA, onde se encontra em visita oficial, Lula deu entrevista. Disse ter conversado com Zelaya por telefone.

Recomendou que evitasse gestos que possam ser usados como pretexto para respostas violentas.

O chanceler Amorim pediu a convocação de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização da ONU. O Brasil encontra-se agora no centro da crise.

Escrito por Josias de Souza às 05h52








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