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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Embaixada brasileira não pode se converter em centro político


ter, 22/09/09 por Miriam Leitão |

A crise política em Honduras atinge toda a região. O movimento feito agora é perigoso. O golpe tinha sido condenado pelo mundo inteiro e o governo de Tegucigalpa ficou isolado, mas esse movimento de Manuel Zelaya com o apoio do Brasil é perigoso, porque pode produzir violência no país.

Esse assunto é complexo, porque os dois lados errados. Zelaya queria descumprir a constituição hondurenha que proíbe o segundo mandato e desobedecer a uma ordem da Suprema Corte. Já os golpistas são golpistas. E golpe é inaceitável.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) em reunião de emergência renovou o apoio ao Zelaya, mas a secretária de estado, Hillary Clinton, voltou a falar indiretamente que o negociador é o presidente de Costa Rica, Oscar Arias. Ele está indo para Honduras para tentar negociar diretamente uma solução pacífica. A Espanha alertou que a volta pode trazer dificuldades.

A solução desse conflito vai acontecer após as eleições presidenciais que vão acontecer dentro de dois meses. Zelaya voltou, porque sabe que agora ele ainda tem poder, mas, depois que houver um presidente democraticamente eleito, ele perde o poder que tem agora.

O Brasil tinha que dar abrigo ao líder que bateu em sua porta, mas, pelas leis internacionais, a embaixada brasileira não pode se converter em centro político. O Brasil tem que tomar todo o cuidado. A situação é delicada e perigosa.

Na noite dessa segunda-feira, Manuel Zelaya deu uma entrevista, por telefone, à TV Brasil e disse que quer restabelecer a paz e a democracia em Honduras e que está disposto a entrar em um dialogo de acordo com os princípios estabelecidos pelas leis do país.

Mas tem o Acordo de San José, mediado pelo presidente da Costa Rica. Oscar Arias é a melhor pessoa para mediar o conflito, porque ele é da região, é um prêmio Nobel, é uma pessoa pacífica. É melhor que seja Oscar Arias. O Brasil que não foi escolhido por nenhuma das partes não deve entrar de repente com uma imposição de presença física.

O Brasil está dizendo que não teve culpa e que ele bateu na porta. E se bateu na porta, o Brasil tem que dar abrigo como disse o ministro das relações exteriores.

Celso Amorim disse que embaixada é inviolável, mas que há limites para a segurança. Se o governo Micheletti invadir a embaixada, é um desrespeito tão imenso do direito internacional, como disse o ministro, que isso não pode acontecer.

Mas o Brasil, também pelas leis internacionais, não pode permitir que o presidente Zelaya faça de lá um centro político.

Esse é um conflito que já envolve toda a região. E o avião que trouxe Zelaya para Honduras foi um avião venezuelano. O presidente Hugo Chávez nunca quis paz nenhuma. Ele sempre quer criar conflitos. Isso é da natureza dele.









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