Decisão é tomada porque EUA não retiraram o país da lista de países promotores do terrorismo, diz governo
Associated Press
O Ministério de Relações Exteriores de Pyongyang disse que suspendeu o desmantelamento do reator do complexo de Yongbyon e de outras instalações nucleares no dia 14 de agosto, porque os Estados Unidos não cumpriram a promessa de retirar a Coréia do Norte da lista de países terroristas, como foi acertado no acordo do ano passado. Os países envolvidos foram notificados da suspensão, afirma declaração divulgada pela agência estatal norte-coreana.
O Ministério disse ser obrigado a tomar tal decisão "como represália a quebra dos Estados Unidos do acordo firmado". O comunicado diz ainda que o país "poderá restabelecer as atividades de Yongbyon", mas sem informar uma data. A remoção do país da lista de terrorismo é uma das principais concessões oferecidas para a Coréia do Norte em troca de fechar e desativar o reator. O acordo foi firmado pelas seis nações no ano passado.
Os EUA dizem que antes de retirar o nome do país da lista é preciso que uma equipe de inspetores seja enviada à Coréia do Norte para verificar se as informações fornecidas pelo governo de Pyongyang sobre seu programa nuclear são verdadeiras. Ainda segundo a agência, o governo norte-coreano ameaçou reativar as instalações do reator nuclear de Yongbyon, o maior do país, onde uma torre de resfriamento foi implodida em junho como símbolo do comprometimento do país em se desarmar. Segundo a BBC, uma das partes do acordo, assinado em julho entre China, Estados Unidos, Rússia, Japão e das Coréias do Norte e do Sul incluía desativação do reator nuclear até outubro.
O comunicado norte-coreano aconteceu logo após o presidente da China Hu Jintao deixar a Coréia do Sul. O líder chinês se reuniu com o presidente Lee Myung-bak para tratar, entre outros assuntos, do processo de desnuclearização de Pyongyang.
Matéria atualizada às 7h40 Sphere: Related Content
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