A Folha revelou hoje que Carlos Lupi foi funcionário fantasma da Câmara.
A Folha revelou na sua edição de hoje que o ministro foi funcionário da Câmara de 2000 a 2006, lotado na liderança do PDT como assessor técnico. Nesse período ele foi vice e presidente nacional do partido e, segundo relatos de deputados, ex-deputados e assessores exerciam funções exclusivamente partidárias.
Lupi foi assessor-fantasma da Câmara por quase seis anos
O fato também chamou a atenção do ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal). "Sempre que algo acontece no setor público devemos questionar o que ocorre na iniciativa privada. Ele não ficaria apenas recebendo e trabalhando em outro setor", afirmou. "É algo que foge aos padrões que são aguardados. Falo de uma forma geral porque essa mesma situação pode se repetir em outros casos", complementou.
O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), avaliou que neste caso Lupi não tem como responsabilizar desvios de assessores, como tem feito até agora nas demais denúncias envolvendo o Ministério do Trabalho.
"Tem um elenco enorme de irregularidades e agora envolvendo ele próprio em atitudes antiéticas", afirmou Nogueira. O PSDB já afirmou, em nota, que irá ingressar com pedidos de investigação na Procuradoria-Geral da República e no Ministério Público Federal do Distrito Federal.
Já o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), disse que não reconhece mais Lupi como ministro do Trabalho. "Não tem mais nada para falar com ele. Ou ele se demite ou a presidente da República tem que assumir esse papel", disse, descartando convocar Lupi para se explicar no Congresso.
Para o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), o caso é "muito grave" e deve ser investigado.
"Acho que é uma situação difícil quando você coloca o presidente nacional do partido para exercer uma função subordinada a liderança. Fica difícil controlar o ponto. Se ele não for trabalhar, quem vai cortar o ponto dele? Confunde-se o presidente do partido com o assessor do partido", disse o deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO).
OUTRO LADO
À Folha, o ministro negou ter cometido ilegalidade, mas admitiu que só "às vezes" dava expediente no escritório parlamentar. Lupi ocultou o emprego da Câmara nas biografias que publicou no site oficial da pasta e na página do PDT.
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O funcionário fantasma escapou da prisão por vadiagem e virou ministro do Trabalho
A Folha de S. Paulo
piorou o sábado dos pecadores com a notícia pinçada nas catacumbas do
Congresso: durante seis anos, Carlos Lupi foi funcionário fantasma da
Câmara dos Deputados. Até virar ministro do Trabalho por decisão de
Lula, embolsou mais de R$12 mil por mês para não fazer nada.
Há quase um mês, o Brasil que pensa é afrontado pela permanência no emprego de um ministro comprovadamente corrupto. Coisa de Dilma Rousseff. Acaba de saber que o Ministério do Trabalho é chefiado desde março de 2007 por um vigarista que merecia ter sido preso por vadiagem. Coisa de Lula.
Há quase um mês, o Brasil que pensa é afrontado pela permanência no emprego de um ministro comprovadamente corrupto. Coisa de Dilma Rousseff. Acaba de saber que o Ministério do Trabalho é chefiado desde março de 2007 por um vigarista que merecia ter sido preso por vadiagem. Coisa de Lula.
Coluna do
Augusto Nunes
Nova denúncia faz oposição cobrar saída imediata de Lupi
ANDREZA MATAIS
FELIPE SELIGMAN
DE BRASÍLIA
Líderes da oposição cobraram neste sábado (26) da presidente Dilma
Rousseff a demissão do ministro Carlos Lupi (Trabalho) após a revelação
de que ele foi durante cerca de seis anos funcionário fantasma da Câmara
dos Deputados. A avaliação é que o fato atinge diretamente o ministro
ao envolvê-lo numa atitude questionável eticamente.
FELIPE SELIGMAN
DE BRASÍLIA
A Folha revelou na sua edição de hoje que o ministro foi funcionário da Câmara de 2000 a 2006, lotado na liderança do PDT como assessor técnico. Nesse período ele foi vice e presidente nacional do partido e, segundo relatos de deputados, ex-deputados e assessores exerciam funções exclusivamente partidárias.
Lupi foi assessor-fantasma da Câmara por quase seis anos
O fato também chamou a atenção do ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal). "Sempre que algo acontece no setor público devemos questionar o que ocorre na iniciativa privada. Ele não ficaria apenas recebendo e trabalhando em outro setor", afirmou. "É algo que foge aos padrões que são aguardados. Falo de uma forma geral porque essa mesma situação pode se repetir em outros casos", complementou.
O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), avaliou que neste caso Lupi não tem como responsabilizar desvios de assessores, como tem feito até agora nas demais denúncias envolvendo o Ministério do Trabalho.
"Tem um elenco enorme de irregularidades e agora envolvendo ele próprio em atitudes antiéticas", afirmou Nogueira. O PSDB já afirmou, em nota, que irá ingressar com pedidos de investigação na Procuradoria-Geral da República e no Ministério Público Federal do Distrito Federal.
Já o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), disse que não reconhece mais Lupi como ministro do Trabalho. "Não tem mais nada para falar com ele. Ou ele se demite ou a presidente da República tem que assumir esse papel", disse, descartando convocar Lupi para se explicar no Congresso.
Para o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), o caso é "muito grave" e deve ser investigado.
"Acho que é uma situação difícil quando você coloca o presidente nacional do partido para exercer uma função subordinada a liderança. Fica difícil controlar o ponto. Se ele não for trabalhar, quem vai cortar o ponto dele? Confunde-se o presidente do partido com o assessor do partido", disse o deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO).
OUTRO LADO
À Folha, o ministro negou ter cometido ilegalidade, mas admitiu que só "às vezes" dava expediente no escritório parlamentar. Lupi ocultou o emprego da Câmara nas biografias que publicou no site oficial da pasta e na página do PDT.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
26/11/2011
-
07h19
No período, ele exercia atividades partidárias, como vice e presidente da sigla.
PT pressiona Dilma a afastar afilhados de Lupi no Trabalho
Decisão de manter Lupi cabe somente a Dilma, diz Carvalho
Braço direito de Lupi admite discutir saída antes da reforma ministerial
A Folha ouviu assessores, deputados e ex-deputados do PDT. Os
funcionários do partido em Brasília, que pediram para não ser
identificados, confirmaram que Lupi não aparecia no gabinete da Câmara e
se dedicava exclusivamente a tarefas partidárias.
OUTRO LADO
Questionado sobre sua passagem pelo Legislativo, Lupi afirmou apenas que de 1995 a 2000 exerceu, "em alguns períodos, assessorias legislativas na liderança do PDT", omitindo a maior parte de sua posterior passagem pela liderança do PDT na Câmara dos Deputados entre 2000 e 2006.
Entre 1997 e 1999, Lupi foi assessor da liderança do PDT no Senado Federal. Mas, em 2002, segundo registros da Câmara ele era assessor da Casa e não teria se licenciado para candidatar-se ao Senado, como prevê a legislação.
Ele nega e disse que cumpriu a lei.
De acordo com reportagem da revista Veja, mecânico ligado ao PT informou ao Planalto que dois funcionários do ministério lhe cobraram R$ 1 milhão em troca de registro sindical
Reportagem publicada neste final de semana pela revista Veja mostra que um sindicalista ligado ao PT, segundo a revista, denunciou há nove meses ao Palácio do Planalto que assessores do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, pediam propina em troca da liberação de registro sindical. Mas nada foi feito.
De acordo com a matéria, o mecânico Irmar Silva Batista tentava criar o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sirvesp) em 2008. Na ocasião, relata a revista, o então secretário de Relações do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros, o apresentou a um assessor, Eudes Carneiro, que lhe pediu R$ 1 milhão para liberar o registro. Irmar se recusou a pagar e o registro não saiu até hoje.
A reportagem conta que, em fevereiro deste ano, Irmar enviou uma carta à presidenta Dilma Rousseff e ao secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, por e-mail, narrando a extorsão e pedindo providências. O Planalto confirmou o recebimento da carta em 9 de março. Segundo Veja, a assessoria de imprensa da Presidência informou esta semana que o trecho que narrava a denúncia chegou cortado na mensagem recebida. Medeiros e Eudes negaram à revista terem pedido propina para liberar o registro. Irmar conta que vários sindicatos foram extorquidos, alguns pagaram o dinheiro pedido e outros silenciaram temendo represálias.
No último dia 15, reportagem da Folha de S. Paulo mostrou que Carlos Lupi concedeu registro a sete sindicatos patronais no Amapá para representar setores da indústria que, segundo o próprio governo local, não existem no estado. A Folha deste sábado diz o ministro do Trabalho foi funcionário fantasma na Câmara entre 2000 e 2006. Lupi afirmou que exerceu, “em alguns períodos, assessorias legislativas na liderança do PDT”, entre 1995 e 2000.
PB Agora
25/11/2011 - 18h03
O ministro baiano negou as irregularidades e atribuiu as denúncias ao fogo amigo de partidos aliados e também à discriminação contra nordestinos.
Pressão de Estados fez Dilma alterar projetos para Copa 2014
Temer nega envolvimento com mudança de projeto da Copa
Ministério defende alterações feitas em obra da Copa em Cuiabá
PPS pede que TCU investigue suspeita no Ministério das Cidades
A pasta virou alvo de suspeitas de irregularidades no processo de
mudança do modal de transporte de Cuiabá, uma das sedes da Copa de 2014.
Em MT, houve substituição de um parecer técnico favorável ao BRT (ônibus em corredores exclusivos) por outro defendendo o veículo leve sobre trilhos, o que encareceu o projeto, conforme noticiou ontem o jornal "O Estado de S. Paulo".
Durante evento do Minha Casa Minha Vida, em Salvador, ele recebeu apoio de políticos baianos e ficou com a voz embargada e lacrimejou ao citá-los no discurso.
"Não vou ficar de joelho para ninguém, não tenho apego a cargo, estou honrado em fazer esse trabalho. Se eu sentir que ela [a presidente] não me quer, vou lá e entrego o cargo, mas até agora nunca sinalizou", disse em entrevista à imprensa.
Ele contou que recebeu um telefonema do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência) tranquilizando-o porque a presidente conhece os trâmites para a definição de projetos para obras da Copa.
Negromonte negou que haja irregularidades no projeto, que ainda nem foi licitado, e disse que mandou instaurar uma sindicância para apurar se os servidores agiram ilegalmente no processo de alteração do modal de Cuiabá.
"Não vou prejulgar, não vou culpar ninguém antes de julgar. A sindicância vai apurar se houve falha ou erro. Não vou passar a mão na cabeça de ninguém", afirmou.
Negromonte atribuiu as denúncias ao fogo amigo de legendas aliadas que têm interesses contrariados pelo Ministério das Cidades.
"Aqui e acolá tem meia dúzia da bancada insatisfeitos. Partidos da base aliada que têm interesse no ministério. É um ministério que contraria muito interesse", disse, citando os R$ 230 bilhões que a pasta gere em seus principais programas.
Ele também afirmou que a imprensa busca "bater nos ministros para enfraquecer o governo" de Dilma Rousseff. "É uma mulher, existe discriminação. Também existe discriminação contra nordestino", disse.
Desvios de verba pública levam a duas novas baixas no Dnit
Lupi foi assessor-fantasma da Câmara por quase seis anos
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DE SÃO PAULO
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, foi funcionário-fantasma da Câmara
dos Deputados por quase seis anos. Ele ficou pendurado na folha de
pagamento da Casa, com lotação na liderança do PDT, de dezembro de 2000 a
junho de 2006, informa reportagem de Andreza Matais e Fernando Melo, publicada na Folha deste sábado (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
No período, ele exercia atividades partidárias, como vice e presidente da sigla.
PT pressiona Dilma a afastar afilhados de Lupi no Trabalho
Decisão de manter Lupi cabe somente a Dilma, diz Carvalho
Braço direito de Lupi admite discutir saída antes da reforma ministerial
Geraldo Magela - 17.nov.2011/Agência Senado |
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, fala no Senado |
OUTRO LADO
Questionado sobre sua passagem pelo Legislativo, Lupi afirmou apenas que de 1995 a 2000 exerceu, "em alguns períodos, assessorias legislativas na liderança do PDT", omitindo a maior parte de sua posterior passagem pela liderança do PDT na Câmara dos Deputados entre 2000 e 2006.
Entre 1997 e 1999, Lupi foi assessor da liderança do PDT no Senado Federal. Mas, em 2002, segundo registros da Câmara ele era assessor da Casa e não teria se licenciado para candidatar-se ao Senado, como prevê a legislação.
Ele nega e disse que cumpriu a lei.
Sindicalista revela que assessores do ministro do Trabalho Carlos Lupi pediam propina
Sindicalista diz que assessores de Lupi pediam propinaDe acordo com reportagem da revista Veja, mecânico ligado ao PT informou ao Planalto que dois funcionários do ministério lhe cobraram R$ 1 milhão em troca de registro sindical
Reportagem publicada neste final de semana pela revista Veja mostra que um sindicalista ligado ao PT, segundo a revista, denunciou há nove meses ao Palácio do Planalto que assessores do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, pediam propina em troca da liberação de registro sindical. Mas nada foi feito.
De acordo com a matéria, o mecânico Irmar Silva Batista tentava criar o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sirvesp) em 2008. Na ocasião, relata a revista, o então secretário de Relações do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros, o apresentou a um assessor, Eudes Carneiro, que lhe pediu R$ 1 milhão para liberar o registro. Irmar se recusou a pagar e o registro não saiu até hoje.
A reportagem conta que, em fevereiro deste ano, Irmar enviou uma carta à presidenta Dilma Rousseff e ao secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, por e-mail, narrando a extorsão e pedindo providências. O Planalto confirmou o recebimento da carta em 9 de março. Segundo Veja, a assessoria de imprensa da Presidência informou esta semana que o trecho que narrava a denúncia chegou cortado na mensagem recebida. Medeiros e Eudes negaram à revista terem pedido propina para liberar o registro. Irmar conta que vários sindicatos foram extorquidos, alguns pagaram o dinheiro pedido e outros silenciaram temendo represálias.
No último dia 15, reportagem da Folha de S. Paulo mostrou que Carlos Lupi concedeu registro a sete sindicatos patronais no Amapá para representar setores da indústria que, segundo o próprio governo local, não existem no estado. A Folha deste sábado diz o ministro do Trabalho foi funcionário fantasma na Câmara entre 2000 e 2006. Lupi afirmou que exerceu, “em alguns períodos, assessorias legislativas na liderança do PDT”, entre 1995 e 2000.
Oposição quer explicações de Dilma sobre Trabalho
VEJA mostra que presidente foi avisada em fevereiro sobre tentativa de extorsão na pasta, mas os envolvidos continuaram no cargo
Gabriel Castro
Carlos Lupi janeiro de 2011
(Elza Fiuza/Agencia Brasil)
Diante da nova revelação de VEJA
sobre o esquema de cobrança de propina no Ministério do Trabalho,
líderes da oposição no Congresso prometem cobrar da presidente da
República informações a respeito do caso, já que o Planalto foi avisado
ainda em fevereiro sobre o episódio.
A reportagem mostra como o sindicalista Irmar Silva Batista foi vítima
de uma tentativa de extorsão quando tentou regularizar a situação de sua
entidade no Ministério do Trabalho. Ele tentava
criar o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Reparação de
Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sirvesp). Em 2008, o então
secretário de Relações do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros, o
apresentou a um assessor, Eudes Carneiro, para tratar do assunto. Eudes
pediu 1 milhão de reais para liberar o registro. O pedido foi negado. Em
fevereiro deste ano, Irmar relatou o caso por email à presidente Dilma
Rousseff e ao secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho.
Os oposicionistas dizem que a reportagem aprofunda a crise no
Ministério do Trabalho. "Volto a repetir. Isso é o resultado do
pós-mensalão. Os ministérios são doados aos partidos sem critérios de
qualificação técnica, sem metas, sem resultados. E cada um transforma o
ministério em seu ministério pessoal", diz o líder tucano na Câmara,
Duarte Nogueira (SP). "É crime de responsabilidaede. A presidente nao
poderia fazer vistas grossas a essa denúncia, que não é anônima", diz o
líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR). O parlamentar diz ainda que
os novos fatos ajudam a sepultar a imagem da presidente faxineira: "Ela
tem sido, desde o primeiro momento, advogada de defesa de todos os
ministros denunciados. Uma advogada malsucedida, porque ao final perde a
causa."
O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), diz que o partido vai
cobrar uma resposta do Planalto sobre o episódio: "Vamos buscar todos os
meios. Cabe a ela o dever de responder". Para ele, a permanência de
Carlos Lupi no cargo só pode ser explicada por algum interesse oculto:
"Essa insistência começa a dar a inmpressao de que tem algo entre a
presidente e o ministro que não pode ser esclarecido", diz Bueno.
Enquanto isso, o DEM vai tentar trazer Lupi de volta à Câmara para
falar sobre o novo escândalo. Já há um convite aprovado para o ministro
na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. Agora, o líder da
bancada, ACM Neto (BA), vai tentar fazer com que o ministro compareça à
Casa já na próxima semana, na terça ou na quarta-feira.
Crise - O ministro Carlos Lupi está na berlinda desde
que VEJA revelou a cobrança de propina dentro da pasta, em um esquema
comandado por assessores diretos do ministro. Lupi também foi pego
mentindo: depois de negar ter viajado em um jato custeado por Adair
Meira, comandante de entidades que mantém contratos suspeitos com o
ministério, ele teve que recuar. VEJA mostrou imagens em vídeo da viagem
que Lupi jurara não ter feito.
PB Agora
Carlos Lupi, o libertador
A sobrevivência de Carlos Lupi no Ministério do Trabalho é uma lição para o Brasil. E um marco do governo Dilma Rousseff.
Já estava ficando desagradável ver a presidente e seu partido rebatendo acusações de aparelhagem da máquina pública. Isso acabou.
O governo do PT não precisará mais rebater esse tipo de acusação. Com a corajosa decisão de bancar o ministro Lupi e sua rede privada de sucção orçamentária, Dilma tirou a aparelhagem da clandestinidade.
Agora é oficial: a ocupação do Estado pelos companheiros é legítima. O fisiologismo saiu do armário.
Carlos Lupi é o libertador. Sequestrou um ministério, trancou-o no cativeiro do seu partido, usou-o para troca de favores com ONGs, abusou dele com centenas de convênios obscuros e cifras obscenas. Apanhado em flagrante pela imprensa, avisou que não ia devolver o ministério. Só se estourassem o cativeiro à bala.
A princípio, aquilo pareceu um desafio à presidente da República. Afinal, o ministério sequestrado pertence ao governo dela. Mas foi um mal-entendido.
Lupi estava desafiando a imprensa e a oposição. Dilma, pelo que se viu depois, não tinha nada contra o sequestro. Muito pelo contrário.
Diante da cachoeira de delitos e mentiras perpetradas pelo ministro do Trabalho, a presidente tomou uma decisão de estadista: manteve-o no cargo.
Às favas com os escrúpulos de consciência, diriam os militares na ditadura. Para Dilma foi mais fácil. Ela nem tinha o que mandar às favas.
Chega de escrúpulos, chega de denuncismo. Os parasitas do Estado brasileiro são osso duro de roer. Viva Dilma e Lupi, os libertadores da aparelhagem.
Os outros cinco ministros delinquentes foram demitidos e cobertos de elogios. Carlos Lupi não foi coberto de elogios, nem demitido. A gestora está evoluindo.
O Brasil de hoje é, enfim, o país de todos. De todos os que tiverem a esperteza de voar de graça num King Air particular, graças ao milagre da multiplicação de cargos e convênios.
Chega de andar a pé. Filie-se ao governo popular.
Já estava ficando desagradável ver a presidente e seu partido rebatendo acusações de aparelhagem da máquina pública. Isso acabou.
O governo do PT não precisará mais rebater esse tipo de acusação. Com a corajosa decisão de bancar o ministro Lupi e sua rede privada de sucção orçamentária, Dilma tirou a aparelhagem da clandestinidade.
Agora é oficial: a ocupação do Estado pelos companheiros é legítima. O fisiologismo saiu do armário.
Carlos Lupi é o libertador. Sequestrou um ministério, trancou-o no cativeiro do seu partido, usou-o para troca de favores com ONGs, abusou dele com centenas de convênios obscuros e cifras obscenas. Apanhado em flagrante pela imprensa, avisou que não ia devolver o ministério. Só se estourassem o cativeiro à bala.
A princípio, aquilo pareceu um desafio à presidente da República. Afinal, o ministério sequestrado pertence ao governo dela. Mas foi um mal-entendido.
Lupi estava desafiando a imprensa e a oposição. Dilma, pelo que se viu depois, não tinha nada contra o sequestro. Muito pelo contrário.
Diante da cachoeira de delitos e mentiras perpetradas pelo ministro do Trabalho, a presidente tomou uma decisão de estadista: manteve-o no cargo.
Às favas com os escrúpulos de consciência, diriam os militares na ditadura. Para Dilma foi mais fácil. Ela nem tinha o que mandar às favas.
Chega de escrúpulos, chega de denuncismo. Os parasitas do Estado brasileiro são osso duro de roer. Viva Dilma e Lupi, os libertadores da aparelhagem.
Os outros cinco ministros delinquentes foram demitidos e cobertos de elogios. Carlos Lupi não foi coberto de elogios, nem demitido. A gestora está evoluindo.
O Brasil de hoje é, enfim, o país de todos. De todos os que tiverem a esperteza de voar de graça num King Air particular, graças ao milagre da multiplicação de cargos e convênios.
Chega de andar a pé. Filie-se ao governo popular.
A fila andou
- 19h33
O PDT tem, enfim, mais o que fazer além de rebater as acusações contra o ministro Carlos Lupi:
Prenderam na quinta-feira a primeira-dama e os filhos do prefeito de Limeira, Silvio Félix, outro companheiro de sigla.
25/11/2011 - 18h03
Na Bahia, Negromonte chora e admite entregar cargo
GRACILIANO ROCHA
DE SALVADOR
O ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP), chorou ao discursar
durante evento nesta sexta-feira (25), em Salvador, e disse que pode
deixar o cargo se sua permanência causar desconforto à presidente Dilma
Rousseff.
DE SALVADOR
O ministro baiano negou as irregularidades e atribuiu as denúncias ao fogo amigo de partidos aliados e também à discriminação contra nordestinos.
Pressão de Estados fez Dilma alterar projetos para Copa 2014
Temer nega envolvimento com mudança de projeto da Copa
Ministério defende alterações feitas em obra da Copa em Cuiabá
PPS pede que TCU investigue suspeita no Ministério das Cidades
Antonio Saturnino/Correio da Bahia | ||
Ministro das Cidades, Mário Negromonte, chora em evento do governo em Salvador, na Bahia |
Em MT, houve substituição de um parecer técnico favorável ao BRT (ônibus em corredores exclusivos) por outro defendendo o veículo leve sobre trilhos, o que encareceu o projeto, conforme noticiou ontem o jornal "O Estado de S. Paulo".
Durante evento do Minha Casa Minha Vida, em Salvador, ele recebeu apoio de políticos baianos e ficou com a voz embargada e lacrimejou ao citá-los no discurso.
"Não vou ficar de joelho para ninguém, não tenho apego a cargo, estou honrado em fazer esse trabalho. Se eu sentir que ela [a presidente] não me quer, vou lá e entrego o cargo, mas até agora nunca sinalizou", disse em entrevista à imprensa.
Ele contou que recebeu um telefonema do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência) tranquilizando-o porque a presidente conhece os trâmites para a definição de projetos para obras da Copa.
Negromonte negou que haja irregularidades no projeto, que ainda nem foi licitado, e disse que mandou instaurar uma sindicância para apurar se os servidores agiram ilegalmente no processo de alteração do modal de Cuiabá.
"Não vou prejulgar, não vou culpar ninguém antes de julgar. A sindicância vai apurar se houve falha ou erro. Não vou passar a mão na cabeça de ninguém", afirmou.
Negromonte atribuiu as denúncias ao fogo amigo de legendas aliadas que têm interesses contrariados pelo Ministério das Cidades.
"Aqui e acolá tem meia dúzia da bancada insatisfeitos. Partidos da base aliada que têm interesse no ministério. É um ministério que contraria muito interesse", disse, citando os R$ 230 bilhões que a pasta gere em seus principais programas.
Ele também afirmou que a imprensa busca "bater nos ministros para enfraquecer o governo" de Dilma Rousseff. "É uma mulher, existe discriminação. Também existe discriminação contra nordestino", disse.
Desvios de verba pública levam a duas novas baixas no Dnit
26 de novembro de 2011 • 10h13
Dois dos superintendentes do Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (Dnit) foram demitidos na sexta-feira pelo ministro dos
Transportes, Paulo Sérgio Passos, após operação da Polícia Federal. As
investigações apontaram desvios de verba pública. Deixaram o cargo o
superintendente para Rondônia e Acre, José Ribamar da Cruz, e para
Pernambuco, Divaldo de Arruda Câmara, que enviou uma carga entregando o
cargo. A exoneração dos dois será publicada na edição desta
segunda-feira do Diário Oficial da União.
O ministério espera mais demissões nas superintendências do Dnit. Quando assumiu o cargo de diretor-geral do Dnit, em setembro, o general Jorge Fraxe prometeu revitalizar a imagem da instituição e disse que analisaria "caso a caso" a situação das superintendências do órgão. "Onde tiver que fazer trocas, será feito", disse um auxiliar do ministro Passos.
O ministério dos Transportes disse que está colaborando com as investigações na Controladoria Geral da União (CGU). Há suspeita de que funcionários do Dnit tenham desviado mais de R$ 30 milhões no asfaltamento da BR-429, em Rondônia. Existem também indícios de irregularidades no projeto, como o uso de material de baixa qualidade e falta de prestação de serviços.
Ao todo, a Polícia Federal cumpre 27 mandatos de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em Minas Gerais, Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Piauí, Acre, e também no Distrito Federal. A operação Anjos do Asfalto investiga indícios de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, peculato e falsidade ideológica.
A crise que derrubou o ministro dos Transportes
Uma reportagem da revista Veja do início de julho afirmou que integrantes do Partido da República teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras dentro do Ministério dos Transportes. O negócio renderia à legenda até 5% do valor dos contratos firmados pelo ministério sob a gestão da Valec (estatal do setor ferroviário) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
O esquema seria comandado pelo secretário-geral do PR, Valdemar Costa Neto. Mesmo sem cargo na estrutura federal, ele lideraria reuniões com empreiteiros e consultorias que participavam de licitações do governo no ramo. Pelo menos dois assessores diretos do então ministro, Alfredo Nascimento (PR), foram afastados dos cargos. Também deixaram suas funções o diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, e o diretor-presidente da Valec, José Francisco das Neves.
O PR emitiu nota negando a participação no suposto esquema e prometendo ingressar com uma medida judicial contra a revista. Nascimento, que também negou as denúncias de conivência com as irregularidades, abriu uma sindicância interna no ministério e pediu que a Controladoria-Geral da República (CGU) fizesse uma auditoria nos contratos em questão. Assim, a CGU iniciou "um trabalho de análise aprofundada e específica em todas as licitações, contratos e execução de obras que deram origem às denúncias".
Apesar do apoio inicial da presidente Dilma Rousseff, que lhe garantiu o cargo desde que ele desse explicações, a pressão sobre Nascimento aumentou após novas denúncias: o Ministério Público investigava o crescimento patrimonial de 86.500% em seis anos do filho do ministro, Gustavo. Diante de mais acusações e da ameaça de instalação de uma CPI, o ministro não resistiu e encaminhou, no dia 6 de julho, seu pedido de demissão à presidente.
O ministério espera mais demissões nas superintendências do Dnit. Quando assumiu o cargo de diretor-geral do Dnit, em setembro, o general Jorge Fraxe prometeu revitalizar a imagem da instituição e disse que analisaria "caso a caso" a situação das superintendências do órgão. "Onde tiver que fazer trocas, será feito", disse um auxiliar do ministro Passos.
O ministério dos Transportes disse que está colaborando com as investigações na Controladoria Geral da União (CGU). Há suspeita de que funcionários do Dnit tenham desviado mais de R$ 30 milhões no asfaltamento da BR-429, em Rondônia. Existem também indícios de irregularidades no projeto, como o uso de material de baixa qualidade e falta de prestação de serviços.
Ao todo, a Polícia Federal cumpre 27 mandatos de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em Minas Gerais, Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Piauí, Acre, e também no Distrito Federal. A operação Anjos do Asfalto investiga indícios de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, peculato e falsidade ideológica.
A crise que derrubou o ministro dos Transportes
Uma reportagem da revista Veja do início de julho afirmou que integrantes do Partido da República teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras dentro do Ministério dos Transportes. O negócio renderia à legenda até 5% do valor dos contratos firmados pelo ministério sob a gestão da Valec (estatal do setor ferroviário) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
O esquema seria comandado pelo secretário-geral do PR, Valdemar Costa Neto. Mesmo sem cargo na estrutura federal, ele lideraria reuniões com empreiteiros e consultorias que participavam de licitações do governo no ramo. Pelo menos dois assessores diretos do então ministro, Alfredo Nascimento (PR), foram afastados dos cargos. Também deixaram suas funções o diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, e o diretor-presidente da Valec, José Francisco das Neves.
O PR emitiu nota negando a participação no suposto esquema e prometendo ingressar com uma medida judicial contra a revista. Nascimento, que também negou as denúncias de conivência com as irregularidades, abriu uma sindicância interna no ministério e pediu que a Controladoria-Geral da República (CGU) fizesse uma auditoria nos contratos em questão. Assim, a CGU iniciou "um trabalho de análise aprofundada e específica em todas as licitações, contratos e execução de obras que deram origem às denúncias".
Apesar do apoio inicial da presidente Dilma Rousseff, que lhe garantiu o cargo desde que ele desse explicações, a pressão sobre Nascimento aumentou após novas denúncias: o Ministério Público investigava o crescimento patrimonial de 86.500% em seis anos do filho do ministro, Gustavo. Diante de mais acusações e da ameaça de instalação de uma CPI, o ministro não resistiu e encaminhou, no dia 6 de julho, seu pedido de demissão à presidente.
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