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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Os assassinos da juíza Patrícia Acioli também estariam planejando a morte de um deputado











Nova bordoada no governo Sérgio Cabral: a Anistia Internacional condenou ontem o assassinato da juíza Patrícia Acioli, questionando o resultado da CPI das Milícias da Assembleia Legislativa.

A Concremat, que vistoria os bueiros-bomba no contrato “emergencial” de R$4 milhões com a prefeitura do Rio, foi fundada pelo avô do secretário de Turismo, Antônio Pedro Viegas Figueira de Mello.

Milicianos planejariam matar deputado

Do Primeiro Jornal

pauta@band.com.br


Os assassinos da juíza Patrícia Acioli também estariam planejando a morte de um deputado estadual, conhecido por combater a ação de milícias no Rio de Janeiro. A informação foi obtida por meio do Disque Denúncia.

De acordo com as informações, o deputado estadual que comandou a CPI das Milícias, Marcelo Freixo, seria mais um alvo dos assassinos. Ele já recebe proteção policial e diz que tem “uma vida de restrições”. Segundo o parlamentar, outro juiz estaria na lista negra dos milicianos.

Três magistrados assumiram nesta terça-feira os processos da juíza executada. Eles terão segurança reforçada.

No fim do mês ela teria uma reunião com a corregedoria da PM, Ministério Público e Defensoria Pública para discutir processos envolvendo policiais militares. Enquanto isso, a Divisão de Homicídios investiga um policial militar que visitou na cadeia um preso condenado por Patrícia Acioli.







Bicheiro ameaçou ‘explodir bomba’

Escuta flagra contraventor dizendo que juíza iria chorar lágrimas de sangue. Polícia investiga criação de ‘consórcio’ para matá-la

POR ADRIANA CRUZ

Rio - Um dos investigados pela Divisão de Homicídios na execução da juíza Patrícia Acioli com 21 tiros, o bicheiro Luís Anderson de Azeredo Coutinho foi flagrado em gravações telefônicas da Polícia Federal, em 4 de julho de 2009, dizendo a interlocutor que ‘uma bomba iria explodir em São Gonçalo’. Em outro trecho das escutas, autorizadas pela Justiça, o bicheiro acrescenta ‘que a pessoa que bate o martelo iria chorar lágrimas de sangue’.

Foto: O São Gonçalo
Patrícia foi morta por homens que fizeram 21 disparos em direção ao carro dela, quinta-feira, em Niterói | Foto: O São Gonçalo

O documento da PF enfatiza que a prisão preventiva de Luís Anderson, por homicídio, foi decretada por Patrícia, que atuava na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. Uma das hipóteses investigadas pela Homicídios é que criminosos teriam criado consórcio para eliminar a juíza.


No relatório de 2009 enviado pela PF ao Tribunal de Justiça, consta que o bicheiro demonstrou na ligação grande rancor da magistrada. O interlocutor, porém, alertou Luís Anderson de que ‘amigo’ seu que trabalhava na inteligência da Polícia Civil teria avisado que a juíza pedira prioridade na captura do bicheiro e que o telefone dele poderia estar monitorado.

Dias após, em outra conversa, Luís Anderson disse que representaria contra a magistrada na Corregedoria da Justiça. O relatório da PF alerta, porém, que isso poderia ser blefe, já que ele soube que seu telefone estaria interceptado.

Foto: Reprodução
Juíza queria escolher escolta, já que a presença de armas causava problemas psicológicos em sua filha | Foto: Reprodução

Outra ameaça contra a juíza foi relatada em 17 de outubro de 2006 pelo namorado dela, o cabo Marcelo Poubel, na época seu segurança. Após investigação, eles descobriram que a ligação partiu de orelhão em frente a cabine da PM, próximo à estação das Barcas. A ameaça foi a Poubel, à juíza e a quem estivesse com eles.

Ofícios relatam problemas

Datados de 2007, ano em que o Tribunal de Justiça decidiu retirar a escolta da juíza Patrícia Acioli, há pelo menos dois ofícios dela relatando problemas sobre a sua segurança pessoal.

Em fevereiro de 2007, a magistrada cita que a filha caçula estava em tratamento psicológico pela convivência com pessoas armadas no dia a dia. No mesmo documento, pede um quarto policial para a escolta.

Foto: Reprodução
Documentos mostram pedido de socorro de Patrícia Acioli | Foto: Reprodução

Em 18 de julho, relata que foi comunicada verbalmente sobre a decisão do TJ de retirar mais um policial de sua proteção, ficando apenas com dois seguranças se revezando 24h, e também o veículo da Corte que servia para o transporte dos policiais: “Não entende a magistrada viável a segurança apresentada”.

Segurança ia à prisão visitar condenado

Em 2001, um oficial da PM foi designado para fazer a segurança de Patrícia Acioli. A juíza, porém, informou ao tribunal que o policial visitava na cadeia outro militar que ela condenou por duplo homicídio. O oficial teria, ainda, ido ao julgamento comandado pela magistrada de um agente penitenciário — condenado a 77 anos e que seria autor de ameaças à juíza. A juíza denunciou o caso à Corregedoria da Polícia Militar, que não comprovou nada contra o oficial.

Colaboraram: Felipe Freire, Maria Inez Magalhães e Vânia Cunha


Juízes e chefe da Polícia Civil vão acompanhar investigações sobre assassinato de Patrícia Acioli

Plantão | 17/08 às 10h48 Ana Claudia Costa (accosta@oglobo.com.br)

RIO - Três juízes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a chefe de polícia civil do Rio de Janeiro, delegada Martha Rocha, estão na Divisão de Homicídios na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Eles chegaram na unidade há cerca de 1h para acompanhar de perto as investigações do assassinato da juíza Patrícia Acioli.

Patrícia, que trabalhava na 4ª Vara Federal de São Gonçalo, foi morta com 21 tiros na madrugada de sexta-feira passada quando chegava em casa, em Niterói. Ela era conhecida pelo rigor com que julgava crimes cometidos por policiais militares e condenou vários envolvidos com as milícias.

O advogado Técio Lins e Silva, contratado pela família da juíza para acompanhar as investigações, informou na terça-feira ter cópias de ofícios feitos pela magistrada ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) pedindo segurança. Segundo ele, esses documentos serão entregues nesta quarta-feira ao presidente do TJ, desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos. Na terça-feira, durante cerimônia no salão nobre do tribunal, Manoel Rebêlo voltou a afirmar que não há ofícios de Patrícia pedindo proteção. O desembargador informou que desde 2007 ela tinha escolta de PMs do 7º BPM (Alcântara) por conta própria e que "parecia que ela não queria segurança institucional".




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