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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Americano teve encontro secreto com Amorim


O almirante-de-esquadra Gary Roughead, chefe de Operações Navais da Marinha dos Estados Unidos, fez o ministro Celso Amorim (Defesa) pegar um jatinho para se reunir com ele a portas fechadas, na sede da Marinha, centro do Rio. Para quem detesta americanos, Amorim foi muito solícito: a reunião durou 40 minutos. Ninguém diz o que o militar veio fazer no Brasil no dia 10, dois após a posse do ministro da Defesa.


Árabes querem dinheiro público
em porto ilegal

Empresa controlada pela Dubai Ports World, dos Emirados Árabes, a Embraport quer financiamento da Caixa (R$ 633 milhões) e do BNDES para conseguir no Brasil R$ 1,5 bilhão para seu empreendimento no porto de Santos. A Embraport, da qual a empreiteira Odebrecht é sócia também, quer dinheiro de bancos públicos para financiar uma atividade ilegal: operar porto privado como se fosse público, e sem licitação.


A Dubai Ports provocou comoção nos Estados Unidos, ao tentar comprar sete terminais de contêineres. Foi barrada pelo Congresso.

O lobby pela pretendida “privatização branca” dos portos conta com a leniência da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).


O rolo dos Transportes tem Masella, Caixeta, Pagot e Fatureto. O do Turismo agora tem um Furtado. O bispo sem dízimo para a fiança.

A “cumpanheirada” não teme beijar cobra na boca: o PT paulista tenta interferir na licitação desta sexta (19) para a obra de R$ 496 milhões do prédio do Instituto Nacional do Câncer (Inca), do Ministério da Saúde


quer concorrência limpa, mas petistas ilustres pressionam em favor da empreiteira paulista Schain. No mercado, a própria construtora paulista já se considera vencedora.

O escritório de advocacia Brito & Santos foi o responsável pela obtenção de habeas corpus de toda turma que acabou em cana na Operação Voucher, da PF, em Macapá e Brasília. Poderoso.



O Exército repetiria ontem, às 5h, o absurdo de sábado, quando tomou as ruas de Brasília com 950 homens armados de fuzil procurando uma camionete velha furtada. Alguém achou uma pistola, também furtada, chamou a polícia e poupou o contribuinte de mais esse desperdício.

claudiohumberto

A SESSÃO DOS SONHOS IMPOSSÍVEIS

Por Carlos Chagas

Dos 81 senadores, só 9 se comprometeram a integrar a Frente Nacional contra a Corrupção, liderada por Pedro Simon, formalizada segunda-feira. Jamais se viu burrice tão grande quanto a manifestada pelos outros 72. Porque agora serão tidos como membros da Frente Nacional pró-Corrupção. Bastaria terem aderido na hora. Como resultado, tomariam do senador gaúcho a liderança do movimento e poderiam conduzir o processo como bem entendessem, quem sabe indicando Renan Calheiros ou Romero Jucá como dirigentes maiores...

Faltou massa encefálica no Senado. Poderiam ter-se lembrado de episódio acontecido em Minas, logo que Tancredo Neves foi eleito governador, em 1983. Secretário de Planejamento, Ronaldo Costa Couto procurou Tancredo para transmitir uma péssima notícia: parte da bancada mineira na Câmara havia assinado proposta para a criação do Estado do Triângulo, separando-se das Gerais. Em vez de ficar preocupado, o novo governador riu maliciosamente e disse estar resolvido o problema. “Como?” “Ora, no dia seguinte à aprovação do projeto, nós pedimos para aderir...”

Mesmo minoritário e impotente, o grupo recém-formado vai dar trabalho. Quando cada um de seus integrantes ocupar a tribuna para apoiar a presidente Dilma e a campanha contra a corrupção, o que farão os 72? Não poderão retirar-se do plenário, como fizeram há dois dias. Muito menos pedir apartes para enaltecer a corrupção. O silêncio, terceira opção, será tão cruel como as duas anteriores. Bem feito!

Quanto a esperar conseqüências do Exército Brancaleone que acaba de se constituir, é outra história. Nada de concreto sobrevirá de sua retórica. Nem a CPI se formará, muito menos será desmanchado o clima de má vontade das bancadas governistas diante da presidente Dilma, se ela persistir na prática de afastar corruptos e até de demitir ministros envolvidos nas denúncias de irregularidades nos setores a eles entregues. Mesmo correndo o risco de vir a ser tida como a Segunda-Feira dos Sonhos Impossíveis, valeu a recente sessão do Senado.

Para ficar registrado esse instante em que um raio fugaz iluminou o Congresso, vai o nome dos 9 senadores que se opuseram à corrupção: Pedro Simon, Cristóvam Buarque, Paulo Taques, Randofe Rodrigues, Jarbas Vasconcelos, Ricardo Ferraço, Ciro Miranda, Ana Amélia e Eduardo Suplicy.

CRONOGRAMAS

Perdeu o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, excelente oportunidade para cobrar da presidente Dilma Rousseff detalhado cronograma a respeito da realização das obras do PAC. Ou de uma relação de planos referentes ao combate à inflação. Quem sabe uma lista sobre as próximas iniciativas para impulsionar o crescimento econômico?

Ao invés disso, o deputado potiguar exigiu o cronograma da liberação de verbas para as emendas individuais ao orçamento apresentadas pelo PMDB...

A VEZ DAS CLAQUES

Ontem e hoje houve inflação de ministros depondo nas comissões da Câmara e do Senado. Paulo Pires, dos Transportes, nas duas casas. Pedro Novaes, do Turismo, também. E mais Mário Negromonte, das Cidades, e Isabeli Teixeira, do Meio Ambiente.

Um denominador comum marcou os depoimentos: cada ministro levou sua claque. Mesmo diante de bissextas indagações incômodas, estavam todos preparados. A conclusão é de que do mato ministerial não saem coelhos. Os indagados a respeito de irregularidades em seus setores disseram desconhece-las. Todos reafirmaram sua confiança na presidente Dilma. Em suma, aplausos para o dr. Pangloss, aquele professor para quem o mundo era tão perfeito e funcionava tão bem que os narizes haviam sido feitos para acomodar os óculos, e as pernas, para vestir meias...

VELHO MUNDO NOVO

Nem haverá que duvidar de estar a violência em franca ascensão, entre nós. Talvez só perca para a corrupção. Basta atentar para o noticiário apresentado nas telinhas, de manhã, de tarde, à noite e até de madrugada. Nossos telejornais dedicam cada vez mais tempo a assassinatos, estupros, seqüestros, assaltos, roubos, contrabando e tráfico de drogas. Muito mais do que informações a respeito de políticas públicas, desempenho dos governos, vazios sociais e crises econômicas. Mesmo a falência dos sistemas de educação e saúde perde para o sangue que espirra dos cada vez mais sofisticados aparelhos de TV. Não há nada a opor ao conteúdo jornalístico oferecido à população, em especial por dar audiência e reverter em publicidade, mas, convenhamos, o Brasil não é só isso.

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