Em vários despachos da embaixada americana em Caracas publicados nesta quinta-feira pelo jornal El País de Madrid, diplomatas apontam os problemas financeiros e produtivos da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), e que os preços do petróleo já não são suficientes para sustentar o projeto socialista de Chávez.
O encarregado de negócios dos EUA em Caracas, John Caulfield, estima que "este modelo econômico populista foi sustentável apenas enquanto os preços do petróleo subiam (...) mas com a rápida queda das cotações, em 2008, surgiram sérios problemas fiscais...".
Em 2009, o gasto público se deteve, mas o governo se endividou, antes de ordenar uma desvalorização da moeda.
Segundo os telegramas, a PDVSA tem problemas de liquidez, manipula dados de produção e de preços, e precisa com urgência de um forte investimento externo.
"PDVSA tem muito trabalho a fazer para se recuperar, mas parece que sua administração não está à altura deste desafio", diz o embaixador de Washington em Caracas, Patrick Duddy.
Os documentos também advertem para os "crescentes riscos" que enfrentam as companhias de petróleo estrangeiras diante das mudanças de regras do governo, e aponta "a drástica deterioração" das instalações dos serviços petroleiros após a estatização de cerca de 80 empresas do setor em 2009.
rsr/LR
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