24 de novembro de 2010 • 16h24 • atualizado às 16h52
Por volta das 23h de terça-feira, suspeitos incendiaram um Voyage na av. Paulo de Frontin, no Rio
Foto: Hugo Ribeiro/vc repórter
A Polícia Militar do Rio de Janeiro confirmou que um carro foi incendiado em Cabo Frio, na região dos Lagos. A ocorrência foi na tarde desta quarta-feira, segundo o quartel da PM da cidade. Ainda não há informações do local exato do atentado, nem se há suspeitos. Este é o primeiro ataque a um veículo fora da capital do Estado nesta quarta-feira.
A PM confirmou ainda que houve pelo menos outras duas tentativas frustradas de atentados contra veículos em Cabo Frio na tarde de hoje. A polícia conseguiu evitar o vandalismo, mas os bandidos conseguiram fugir, segundo a corporação.
Somente nesta quarta-feira, outros 17 veículos foram queimados na capital fluminense. Criminosos atearam fogo em seis ônibus, dez carros e uma van. Ainda de madrugada, uma cabine da PM foi metralhada. A madrugada de hoje foi a mais violenta desde o início dos ataques, no final de semana. Segundo a polícia, 12 suspeitos foram mortos e 13, detidos.
Violência
A onda de ataques teve início na tarde de domingo, quando homens armados com fuzis atearam fogo em dois carros na Linha Vermelha, sentido Centro, na altura da rodovia Washington Luis. Seis criminosos em dois carros abordaram três veículos por volta das 13h. Eles roubaram todos os pertences dos donos dos veículos e incendiaram dois destes carros, abandonando o terceiro.
Enquanto fugia, o grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer) que andava em velocidade reduzida na Linha Vermelha devido a uma pane mecânica. A quadrilha chegou a arremessar uma granada contra o utilitário Doblò. O ocupante do veículo, o sargento da Aeronáutica Renato Fernandes da Silva, conseguiu escapar ileso.
Ainda no domingo, em arrastão na Via Dutra, uma quadrilha armada bloqueou um trecho da pista sentido São Paulo, na altura de Pavuna, e roubaram um Kia Cerato e um Prisma. Na ação, uma das vítimas, identificada como Guilherme Feitosa da Silva, 26 anos, foi baleado na cabeça e levado em estado grave para o Hospital Getúlio Vargas.
Na manhã de segunda-feira, cinco bandidos armados atacaram motoristas no Trevo das Margaridas, próximo à avenida Brasil, em Irajá, também na zona norte. Os criminosos roubaram e incendiaram três veículos - uma van de passageiros que fazia o trajeto de Belford Roxo para o Centro -, além de um Monza e um Uno. Também na segunda pela manhã, criminosos armados com fuzis atiraram em uma cabine da PM na rua Monsenhor Félix, em frente ao Cemitério de Irajá. A PM acredita que o incidente tenha sido provocado pelos mesmos bandidos que haviam incendiado os três carros no Trevo das Margaridas.
À noite, criminosos incendiaram dois carros na rodovia Presidente Dutra, sentido Capital, na altura da Pavuna. Na zona norte, uma cabine da Polícia Militar (PM) foi metralhada próximo ao shopping Nova América, em Del Castilho.
Já na manhã de terça-feira, dois homens em um foram mortos a tiros em um Honda Civic na rodovia Washington Luís, altura do km 122. Segundo a Polícia Militar, não há relação entre este crime e a onda de ataques.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, atribuiu a escalada de violência à atuação do Estado no combate à criminalidade nas favelas. "Sem dúvidas isso tem relação com a nossa política de segurança pública", afirmou, referindo-se à implantação de unidades de polícia pacificadora (UPPs).
Na terça-feira, a cúpula da Polícia Militar anunciou a operação "Fecha Quartel", que prevê a utilização de todos os homens nas ruas com o objetivo de reforçar o patrulhamento. A PM informou que reduzirá as folgas dos policiais gradativamente até o ano que vem, além de prometer a contratação de 7 mil policiais. Para o combate ao crime, a corporação ainda utilizará o Batalhão de Choque e 140 motocicletas.
Sphere: Related Content
Nenhum comentário:
Postar um comentário