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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

#RIO ; Bandidos voltam a incendiar carro e atacar a base da polícia no RJ







Edição do dia 23/11/2010

24/11/2010 00h36 - Atualizado em 24/11/2010 00h36


Na zona norte da cidade, bandidos atearam fogo em um veículo. Motoristas, assustados, tentaram fugir na contramão. Na Baixada Fluminense, uma base da polícia foi atacada.


A situação, que parecia mais tranquila no começo de noite no Rio de Janeiro, voltou a ficar complicada. Mais um carro foi incendiado. Esse ataque aconteceu no Estácio, zona norte do Rio de Janeiro. Foi na avenida Paulo de Frontin. De acordo com as primeiras informações, das testemunhas no local, os bandidos bloquearam a avenida e incendiaram o carro.

Os motoristas, assustados, tentaram fugir na contramão, saindo de ré do congestionamento, Esse ataque acontece a poucos metros de onde, ontem, um outro carro já havia sido incendiado. Depois de mais esse crime, a polícia reforçou ainda mais o policiamento na Tijuca, que é um bairro próximo, também na zona norte do Rio. A polícia também sabe que a ordem para o início dos ataques partiu de presídios de alta segurança.

Presos isolados, presídio de segurança máxima e nada disso foi capaz de conter os criminosos. A Secretaria de Segurança Pública do Rio descobriu que a ordem para a onda de violência que toma conta da cidade, partiu do presídio de Catanduvas, no Paraná. É no local que cumprem pena dez traficantes transferidos do Rio. A ordem sairia de Catanduvas em direção ao presídio de Bangu, no Rio, e do local, para as favelas da cidade.

“A lei assegura o preso a ter contato com seu advogado, com familiares ou amigos e até receber visitas íntimas (...) Onde eventualmente possa ser que haja esses comandos de cometimento de crimes fora dos presídios”, diz o diretor do sistema penitenciário federal, Sandro Torres Avelar.

No mês passado, uma mulher foi visitar o marido e acabou presa, porque levava duas cartas consideradas suspeitas. Elas fazem referência à insatisfação dos bandidos com as Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs, que combatem o tráfico de drogas em 12 favelas do Rio. Numa das cartas, está escrito: "Eu estou aqui aguardando a UPP. A bala vai comer sério".

Nesta terça-feira (23), a Secretaria de Segurança pediu a transferência de outros oito presos do Rio para o presídio federal de Porto Velho, em Rondônia. Eles podem ser levados a qualquer momento e são suspeitos de terem ajudado a planejar a onda de violência.

Os ataques já somam 11 desde o meio-dia de domingo. Para reprimir a ação dos bandidos, 1.200 policiais que saíram dos serviços internos e foram para as ruas.

O contra-ataque da polícia foi destaque na imprensa internacional. Em algumas comunidades, houve reação dos criminosos. O Governo Federal prometeu reforço da Polícia Rodoviária nas estradas federais que cortam a região metropolitana. As autoridades dizem que a repressão vai continuar.

“Quem atravessar o caminho daquilo que está sendo posto ao Rio de Janeiro será atropelado. Esse programa vai até o fim. Se ele não for até o fim, o Rio de Janeiro dificilmente terá resultados concretos a médio e longo prazo”, diz José Mariano Beltrame, secretário de Segurança do Rio de Janeiro.



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