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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Após ser atingido na cabeça em caminhada, Serra cancela agenda


Tucano tinha ainda dois outros compromissos no Rio de Janeiro.
Segundo assessoria, recomendação médica é de repouso.

Do G1, no Rio


Serra agredido na cabeçaJosé Serra (PSDB) leva as mãos à cabeça durante incidente em caminhada no Rio (Foto: Gabriel de Paiva/jAgência O Globo)

A assessoria do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, disse que o restante da agenda dele no Rio nesta quarta-feira (20) foi cancelada após ele ser atingido por um objeto no calçadão de Campo Grande, bairro da Zona Oeste. O evento teve um princípio de confusão quando partidários do tucano se encontraram com simpatizantes do Partido dos Trabalhadores (PT). Após ser atingido, Serra foi levado para uma clínica em Botafogo e teria sido liberado em seguida.

A assessoria do candidato informou ao G1 que a recomendação médica é de repouso, e por isso os outros dois compromissos no Rio -uma ida ao maracanã e depois um encontro na churrascaria Porcão, no Flamengo - foram cancelados. Ainda segundo a assessoria, o candidato deve voltar ainda nesta quarta para São Paulo.

Serra, que estava acompanhado de Fernando Gabeira (PV), foi atingido por um objeto na cabeça e chegou a interromper o percurso para entrar em uma van, que percorreu cerca de 100 metros. Em seguida, o tucano desceu do veículo e voltou a caminhar pelo calçadão acompanhado de assessores e simpatizantes do PSDB.


Houve discussão entre os dois grupos, e o comércio local chegou a fechar as portas. O tucano criticou o protesto dos petistas. "O PT tem tropa de choque e isso é típico de movimentos fascistas", disse o presidenciável.

Um pastor que acompanhava Serra disse que viu o momento em que o candidato foi atingido. “Eu estava abraçando o Serra, e ele levou um rolo de fita crepe na cabeça. Eu levei uma paulada, que era uma espécie de cabo de vassoura”, afirmou Paulo César Gomes, da Assembleia de Deus do Poder e Gloria.

Dirigente do PT diz lamentar
O secretário-geral do PT, deputado José Eduardo Cardozo, disse lamentar o incidente, mas afirmou que o partido não estimula a violência.

"Eu lamento o incidente. Isso não é bom. Em momento algum o nosso partido incentiva esse tipo de ação. Agora, essa campanha instiga o ódio e isso não parte de nós. Infelizmente, foram eles que começaram essa campanha de ódio. Mas somos contra qualquer ato de violêncio e não aceitamos ações como essa".



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