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quinta-feira, 29 de julho de 2010

'Na forma da lei': Profissionais do Judiciário analisam o programa


Depois de quase dois meses no ar, o seriado “Na forma da lei” chega ao fim na próxima terça-feira com um balanço positivo. O programa, escrito por Antonio Calmon e dirigido por Wolf Maya, conseguiu cativar os fãs de séries de ação e manteve uma média geral de 18 pontos (nos seis primeiros capítulos) — igual à de seu antecessor, “Força-tarefa”.

Mas será que os profissionais retratados na atração, que vivem o dia a dia do meio jurídico e policial, também aprovaram as histórias do quinteto — formado pela promotora Ana Beatriz (Ana Paula Arósio), a delegada federal Gabriela (Luana Piovani), o juiz Célio (Leonardo Machado), o advogado criminal Edgar (Henri Castelli) e o repórter Ademir (Samuel de Assis)?

Patrícia Glioche, promotora do 1o. Tribunal do Júri do Rio de Janeiro faz algumas ressalvas. Segundo ela, um promotor nunca escolhe o caso em que vai atuar, como Ana Beatriz já fez. E, na vida real, os casos federais dificilmente vão ao Tribunal do Júri, como mostra o seriado.

— Pode acontecer, mas é difícil porque é um procedimento para crimes de homicídio, que geralmente vão para a esfera estadual. Para ser federal, teria que ser um um policial federal matando outro policial federal, por exemplo.

Advogado criminal há 12 anos, Daniel Grillo, de 37, é fã do programa, mas critica o conflito de interesses que envolve o quinteto:

— Não há problema no fato de o advogado ser amigo do promotor, ou do delegado. Mas eles não podem trocar informações sobre um caso. Fere o código de ética da OAB. E é complicado que o juiz fale de um caso em andamento para um amigo jornalista.

Já o repórter policial do EXTRA, Guilherme Amado, de 24 anos, afirma que isso não é uma situação inverossímil.

— Temos o caso recente das delegadas que cederam um vídeo do goleiro Bruno para uma emissora. Se tenho um amigo de infância que é juiz num caso desses, é claro que vou ligar para ele e pedir para me contar tudo — diz Amado.

Antonio Calmon afirma que teve a preocupação de ser fiel aos procedimentos dos profissionais da Justiça:

— Nos deram um advogado como consultor quando escrevemos os episódios e cada um deles passou pelo filtro da assessoria jurídica da Globo. Mas trata-se de um seriado, é uma ficção não jornalística. Tomamos algumas liberdades, mas creio que não colocamos nada absurdo.



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