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segunda-feira, 8 de março de 2010

Petrobras é acusada de desafiar embargo ao Irã


Publicada em 07/03/2010 às 23h33m

Marília Martins, correspondente

NOVA YORK - Os contratos da Petrobras no Irã estão no centro de uma iniciativa de deputados americanos, liderados por Ron Klein, da Flórida, para pressionar a Casa Branca a punir empresas que receberem investimento americano e desafiarem as sanções comerciais dos Estados Unidos ao regime de Teerã. Segundo o jornal "The New York Times", a Petrobras recebeu ano passado empréstimos de US$ 2,2 bilhões do americano Export-Import Bank, conhecido como Eximbank, para desenvolver projetos de prospecção de petróleo no Rio. Mas, a empresa brasileira também tinha contratos de US$ 100 milhões para exploração de petróleo no Golfo Pérsico. Ainda segundo o jornal, o caso da Petrobras "é exemplar do tipo de investimento que contraria os interesses americanos no que se refere à Lei de Sanções ao Irã".

O governo americano aprovou a primeira lei de sanções contra o Irã em 1996 e reforçou as medidas em 2006, 2007 e 2008, a partir de decisões do Conselho de Segurança da ONU. As medidas em vigor incluem embargo de todas as operações de transferência de tecnologia, proibição de comércio de armas, e suspensão do acesso a bens e ativos no exterior de membros do governo e da Guarda Revolucionária Iraniana, além de proibição de empresas e bancos americanos de atuarem no Irã ou de terem negócios com empresas iranianas.

Congressistas americanos debatem medidas para ampliar o embargo, incluindo a venda de derivados de petróleo, como a gasolina. Embora seja o quinto produtor mundial de petróleo, o Irã é importador de combustível e depende desta importação para mover sua frota. Um grupo de 50 parlamentares dos dois partidos levou ao presidente Obama denúncias sobre violações da lei do embargo. O Departamento de Estado anunciou investigação preliminar de 27 contratos de empresas, entre elas a Petrobras.

Haveria, segundo a reportagem, 74 empresas fazendo negócios tanto com os EUA quanto com o Irã. A lista das empresas que receberam investimentos americanos e teriam negócios em Teerã inclui, além da Petrobras, Shell, Honeywell, Mitsubishi, Repsol, Allstom, ABB, Dresser-Rand, Schneider Eletric, Mitsul and Co, e Conoco-Phillips.


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