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sexta-feira, 13 de março de 2009

Homem que jogou avião em estacionamento de shopping em Goiânia era procurado por estuprar menina de 13 anos


Publicada em 13/03/2009 às 09h58m

Bom Dia Brasil, GoiásNet Foto O Popular

SÃO PAULO - Kleber Barbosa da Silva, 31 anos, que sequestrou a filha de 5 anos, roubou um avião e fez manobras perigosas sobre Goiânia até a aeronave despencar no estacionamento do shoppping Flamboyant, era foragido da polícia de Goiás, acusado de estuprar uma menina de 13 anos na cidade de Aparecida de Goiânia. A placa do carro dele havia sido identificada pela polícia. ( No G1- veja imagem do vôo do avião )

Na terça-feira, Silva teve a prisão temporária decretada e a polícia estava em seu encalço. Pai e filha morreram no acidente. Por sorte, ninguém estava no estacionamento do shopping na hora da queda da aeronave e não houve feridos, mas 23 carros foram danificados.

O delegado Manuel Borges, que apura o estupro, diz que a acusação pode ter sido o estopim da tragédia. Segundo ele, o casamento de Silva, que já durava anos, passava por uma crise. Segundo a polícia, ele estava desempregado e nunca teria tido um emprego estável.

- Sabendo que ia ser identificado, resolveu por fim à vida e, covardemente, à da filha de 5 anos de idade - afirmou o delegado.

O corpo da menina está sendo velado no cemitério Vale da Paz, em Goiânia. A mãe da menina, Erika Corrêa dos Santos, de 23 anos, recebeu alta do hospital e foi até o velório da filha. Visivelmente abalada e debilitada, ficou pouco tempo.

O corpo de Silva ainda está no Instituto Médico Legal.

Perseguição

O avião pilotado por Silva chegou a ser perseguido por um Mirage da FAB antes de espatifar no estacionamento do shopping.

Ele fingiu que alugaria o avião de pequeno porte no aeroclube de Luziânia para um voo panorâmico, mas logo em seguida dominou o piloto e passou a pilotar a aeronave, ao lado da filha.

Durante os cerca de 40 minutos em que sobrevoou a cidade, ele desligou todos os aparelhos de comunicação da aeronave. Monitorado pelo avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e por um helicóptero do Grupo de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar (Graer), deu vários rasantes sobre a cidade de Goiânia até cair no estacionamento do shopping.

A aeronave passou bem perto de um Boeing que acabara de pousar e da torre de controle do Aeroporto Santa Genoveva. Sobrevoou muito baixo o Hospital de Urgências de Goiânia, onde a sogra e a cunhada trabalham, e um prédio no Setor Pedro Ludovico, onde uma prima da mulher mora.

No Buriti Shopping, na Avenida Rio Verde, limite de Goiânia e Aparecida, aterrorizou visitantes do parque de diversões montado próximo ao shopping.

Um tio da mulher chegou a falar com Silva por celular, mas disse que ele estava determinado a matar a filha e se suicidar.

Segundo a polícia, a intenção de Silva era jogar o avião em cima do shopping. Dez mil pessoas estavam no centro de compras no momento do acidente.

Ele não teria conseguido jogar o avião exatamente sobre o shopping porque o combustível teria acabado, o que explicaria o fato de a aeronave não ter explodido na queda.

Agressão na estrada

A tragédia começou a ser desenhada na hora do almoço, quando Kléber chegouano apartamento, em um prédio em Aparecida de Goiânia, e agrediu a esposa na frente da única filha do casal. Silva forçou a mulher, Érika, e a filha a entrarem no carro e disse que eles iriam a um passeio em Anápolis. O casal acabou discutindo. Na rodovia, ele agrediu a mulher na cabeça com um extintor de incêndio e a jogou fora do carro. A mulher foi largada à beira da rodovia, com lesão grave no crânio, e Silva teria acreditado que ela estava morta.

Um policial que atendeu a mulher disse que a preocupação dela era unicamente com a filha. Ela continua internada em Goiânia e seu estado é regular. Érica deverá ser ouvida assim que possível para ajudar a elucidar a tragédia. Segundo a família, até ontem à noite, ela não sabia das mortes da filha e do marido.

- Não sabemos como contar para ela - comentou uma concunhada de Érika, afirmando que ela está consciente e pergunta o tempo todo sobre o paradeiro da filha.

A tragédia

O avião monomotor de prefixo PT-VFI caiu por volta de 18h30m no estacionamento principal do Shopping Flamboyant.

Poucas horas antes, Érika havia sido jogada para fora de um veículo Vectra branco, placas KDP-4737, na BR-060, entre Anápolis e Goiânia.

No aeroclube de Luziânia, Silva havia dito que queria fazer um voo panorâmico. Antes de a aeronave decolar, ele rendeu o piloto com uma arma e ordenou que ele saísse da cabine. Silva disse que já tinha matado uma pessoa e que nada o impediria de matar mais gente.

Silva não tinha brevê, mas era apaixonado por aviões e sabia pilotar. Ele decolou com o avião roubado na companhia da filha. Fez manobras perigosas e ameaçou jogar a aeronave sobre um prédio.

Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e um helicóptero da Polícia Militar passaram a monitorar Silva e tentaram interceptá-lo. Os pilotos fizeram contato, mas não houve resposta. Cerca de 40 minutos após decolar, ele jogou o avião no estacionamento do shopping. A aeronave caiu a dez metros da entrada principal do shopping.

Os corpos de Silva e da filha só foram retirados dos destroços pouco antes de 21h.

O Aeroporto Santa Genoveva, na capital, foi fechado para pousos e decolagens por uma hora. O shopping foi bloqueado para o trabalho dos bombeiros, da Polícia Federal e de representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)

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