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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Equador ameaça não pagar BNDES após expulsar Odebrecht

_América Latina

quarta-feira, 24 de setembro de 2008, 12:31 | Online




Presidente afirma que empréstimo foi dado à empresa para obras, mas aparece como dívida equatoriana

Agências internacionais


QUITO - O presidente do Equador disse nesta quarta-feira, 24, que está avaliando se deve ou não pagar o empréstimo de cerca de US$ 200 milhões, concedido pelo banco estatal brasileiro BNDES, relacionado à construtora Odebrecht, companhia que ele expulsou do país na terça. Correa ordenou que a Odebrecht suspendesse as operações no Equador e enviou tropas militares para confiscar o terreno ocupado pela construtora, onde estão sendo desenvolvidos projetos no valor de US$ 800 milhões.



O presidente equatoriano afirmou que revisou na noite de terça-feira o relatório final das principais dívidas externas do país com a finalidade de determinar quais empréstimos serão quitados. "Nós estamos pensando seriamente em não pagar o crédito do BNDES, o Banco de Desenvolvimento do Brasil, que foi concedido através da Odebrecht para construção da hidrelétrica San Francisco", declarou Correa durante entrevista televisiva. A quantia de quase US$ 200 milhões tem "inúmeras irregularidades... o dinheiro foi dado à companhia, mas aparece como um empréstimo do Brasil ao Equador".

Desde que assumiu a Presidência em janeiro de 2007, Correa tem preocupado investidores com a ameaça de não pagar alguns débitos estrangeiros que ele considera que foram estabelecidos sob termos injustos por governos anteriores. O presidente equatoriano normalmente aprecia bons relacionamentos diplomáticos com o vizinho Brasil, mas freqüentemente utiliza medidas nacionalistas para fomentar suporte interno. Ele enfrenta um referendo no próximo domingo sobre a nova constituição que, se aprovada, pode intensificar seus poderes sob as instituições econômicas e políticas do país.

Os projetos da construtora no Equador incluem um pequeno aeroporto regional, a instalação de duas hidrelétricas e um projeto de irrigação rural. Correa ordenou, por meio de um decreto, o embargo dos bens da empresa brasileira Odebrecht e proibiu que funcionários da empresa deixem o país. Segundo a BBC, o ministro de Setores Estratégicos, Derlis Palacios, disse que a medida significa a expulsão da empresa do país. "Sim, é uma expulsão", afirmou Palacios, ao ser questionado sobre o alcance da medida do presidente equatoriano.

Correa ordenou a militarização imediata das obras que estão sob responsabilidade da Odebrecht, entre elas uma outra hidrelétrica, uma rodovia e um aeroporto. O governo equatoriano exige o pagamento de uma indenização por parte da empresa devido a falhas no funcionamento e da posterior paralisação da central hidrelétrica San Francisco, construída pela empreiteira.

De acordo com o governo, a San Francisco apresentou falhas e deixou de funcionar um ano depois de serem concluídas as obras. A hidrelétrica é a segunda maior do país e sua paralisação estaria colocando em risco o abastecimento de energia no Equador. Por meio do decreto, Correa declarou "emergência nacional" para prevenir uma diminuição dos serviços de energia e para "evitar um estado de comoção interna diante da possibilidade de apagões de luz generalizados no território nacional", diz o texto. A hidrelétrica está fechada desde 6 de junho, quando técnicos apontaram erros estruturais na obr

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