RIO DE JANEIRO, 21 Jan (Reuters) - O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, teria renunciado à presidência da estatal e seria substituído no cargo pela atual diretora de Gás e Energia da empresa, Maria das Graças Foster, informou o canal televisivo Globo News na noite de sábado.
A troca do comandou seria realizada em fevereiro, segundo a emissora.
A notícia pegou de surpresa autoridades do governo e executivos da própria Petrobras, que disseram não ter informações sobre o assunto. A assessoria de imprensa da empresa não estava imediatamente disponível para confirmar a informação.
Na última reunião ordinária do conselho da estatal, que ocorreu na sexta-feira, dia 20, o assuntou não constava na pauta, disse à Reuters uma fonte da Petrobras.
"Para que ocorra uma mudança no comando da empresa é preciso uma decisão do conselho, o que ainda não aconteceu. Então, será necessário convocar uma reunião extraordinária", disse a fonte, caso a informação seja oficialmente confirmada.
Uma fonte do governo disse à Reuters na noite de sábado que Graça Foster esteve na sexta-feira no Palácio do Planalto, mas acrescentou que não tinha conhecimento da decisão
Outra fonte que acompanha de perto os bastidores da Petrobras disse que a saída de Gabrielli era tida como uma questão de tempo.
Mas a notícia de que a decisão já teria sido tomada e que a troca de comando ocorreria em fevereiro surpreendeu esse interlocutor, que pediu anonimato.
Integrantes do governo e também da estatal confirmaram, porém, que nos últimos dias, com a proximidade da reforma ministerial a ser feita pela presidente Dilma Rousseff, os boatos sobre a saída de Gabrielli da presidência da estatal ganharam força.
Gabrielli teria aspirações políticas e buscaria concorrer a um cargo executivo na Bahia, dizem pessoas próximas a ele. Mas, em café da manhã com a imprensa em dezembro de 2011, no Rio de Janeiro, o executivo negou que seria candidato em 2012.
O objetivo dele, segundo fontes, não seria pleitear a prefeitura de Salvador, mas o governo do Estado baiano em 2014.
Graças Foster é próxima à presidente e seu nome foi cotado para assumir um ministério ou o próprio comando da Petrobras quando Dilma tomou posse no cargo, no início do ano passado.
(Com reportagem de Leila Coimbra e Pedro Fonseca no Rio de Janeiro, Leonardo Goy e Tiago Pariz em Brasilia)
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