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domingo, 17 de julho de 2011

Único hospital que fazia atendimento pelo SUS é fechado no interior de MG

16/07/2011 14h04 - Atualizado em 16/07/2011 14h04


Hospital Siderúrgica funcionava em Coronel Fabriciano.
Duzentos funcionários receberam notícia depois de reunião.

Do G1 MG, com informação da Inter TV dos Vales


O único hospital que atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em Coronel Fabriciano, na Região do Vale do Aço, está de portas fechadas. A instituição tem dívidas com o governo federal, com bancos e fornecedores. O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação para que a unidade de saúde volte a atender os pacientes.

Os 200 funcionários receberam a notícia depois de uma reunião com a direção do hospital. Segundo um urologista, o salários dos médicos está dois meses atrasado. Muitos pediram demissão.

Segundo a direção do hospital, o volume de 80% de atendimento ao SUS e baixa remuneração do sistema contribuíram para a suspensão das atividades. O outro fator foi a não obtenção do certificado de filantropia junto ao Conselho Nacional de Assistência Social, que proporcionaria uma economia mensal de R$ 90 mil em tributos do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) correspondentes a cota patronal.

O valor representa 20% dos gastos do Hospital Siderúrgica. De acordo com a Secretaria de Atenção à Saúde, a verba não foi repassada porque o hospital não comprovou que realizou o míninmo de 60% de atendimentos pelo SUS nos últimos anos. A direção do Siderúrgica contestou a informação.

Por causa do impasse, os atendimentos de clínica obstétrica e maternidade estão suspensos há um ano. As clínicas cirúrgica e ortopédica não atendem em regime de plantão há três meses e a unidade de tratamento intensivo, pronta desde o fim de 2009, nunca funcionou.
Dez leitos estão parados.

Foram gastos R$ 300 mil na estrutura física e R$ 1,2 milhão com a compra dos equipamentos, verba do governo estadual. Segundo o prefeito de Coronel Fabriciano, a administração a verba repassada anualmente ao hospital é de R$ 1,4 milhão por mês. Para a UTI funcionar seria necessário, ainda, verba do governo federal, mas a Secretaria de Atenção à Saúde, órgão ligado ao Ministério da Saúde, não teria cumprido a promessa de repasse feita este ano.

De acordo com a administração do hospital, para emitir o certificado o governo federal exigiu o pagamento de metade da dívida de quase R$ 3 milhões do hospital com a União. Além do governo federal, o Siderúrgica também tem dívidas com bancos e fornecedores. O valor total chega a R$ 12 milhões. No ano passado, o atendimento pelo SUS foi interrompido por 90 dias. Agora, a suspensão das atividades foi geral.

O hospital informou que aguarda uma decisão da Justiça, que deve sair depois de uma audiência de conciliação, na semana que vem. Devem participar representantes da associação que mantém o hospital, das secretarias de saúde do município e do estado e do Ministério da Saúde. Quem precisa de atendimento pelo SUS está procurando assistência em Timóteo e em Ipatinga. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, uma unidade de pronto-atendimento deve ser construída na cidade até o fim do ano.



http://portal.saude.gov.br/portal/saude/default.cfm



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