Publicada em 07/02/2011 às 20h40m
Rafael Galdo e Gabriel MascarenhasRIO - Menos de uma hora depois de se encontrarem na sede da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), no Centro, os representantes das 12 escolas de samba do Grupo Especial se dirigiram por volta das 20h para o prédio da prefeitura, na Cidade Nova, onde são aguardados pelo prefeito Eduardo Paes. Com isto, cresce a chance de serem anunciadas possíveis alterações no regulamento do desfile de 2011 ainda nesta segunda-feira. O incêndio que destruiu parte dos barracões da Cidade do Samba pode alterar a ordem dos desfiles, já que as três escolas atingidas pelo fogo (Portela, Grande Rio e União da Ilha) estão marcadas para o mesmo dia, segunda-feira de carnaval.
A tendência é que seja mantida a competição, em que seriam escolhidas as apenas as seis primeiras colocadas. Mas não haveria rebaixamento para o Grupo de Acesso. Nesse caso, no ano que vem duas escolas seriam rebaixadas, e apenas uma subiria, deixando o Grupo Especial novamente com 12 agremiações, como atualmente. Também já está praticamente definido que pelo menos uma das três escolas afetadas pelo incêndio tenha o desfile transferido para domingo.
( Veja mais fotos do incêndio )
Bombeiro explica como foi o incêndio
O diretor geral da Liesa, Elmo José dos Santos, descartou a possibilidade de o incêndio ser criminoso. Segundo ele, bombeiros ainda preparam os laudos que vão apontar as causas do fogo. O dirigente da Liga acredita na hipótese de acidente. Mais cedo, prefeito da Cidade do Samba, Aílton Guimarães Jorge Júnior, informou que provavelmente o fogo partiu de uma das escolas atingidas e não do barracão da Liesa, onde haveria pouco material inflamável, incapaz de provocar um incêndio daquelas proporções. A princípio, a informação é de que o fogo teria começado no barracão da Ilha, embora a escola negue.
Funcionários dos barracões da Cidade do Samba atingidos pelo fogo relatam que os sprinklers (chuveirinhos ativados pelo fogo) não funcionaram durante o incêndio . Segundo um deles, o sistema está parado há dois anos. De acordo com outra pessoa que trabalha no local, que prefere não se identificar, quando as escolas apresentam algum problema, como um princípio de incêndio, é preciso ligar para Liesa, que aciona manualmente a bomba de água do barracão ameaçado. A assessoria de imprensa da Liesa negou o problema.
O incêndio, que começou, na manhã desta segunda-feira, destruiu o barracão da Grande Rio e da União da Ilha, além de parte do barracão da Portela e da sede da Liesa. A Grande Rio informou que perdeu quase todo o material para o desfile este ano. O prejuízo da escola foi calculado em R$ 10 milhões. Todas as outras agremiações não afetadas vão ajudar as três escolas atingidas . De acordo com Elmo, funcionários, como ferreiros e escultores, serão emprestados para a reconstrução do material perdido.
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