Andar de táxi para cima e para baixo pode parecer um luxo compatível com o bolso de poucos. Ter um carro, entretanto, pode sair bem mais caro, dependendo da quilometragem rodada diariamente. A constatação é do consultor financeiro e professor do Ibmec Roberto Zentgraf.
A pedido do EXTRA, ele colocou na ponta do lápis os gastos para fazer a comparação do que é mais vantajoso: manter um carro ou andar de táxi. A conclusão é a de que, no Rio, para quem percorre, por exemplo, dez quilômetros por dia, o custo mensal do carro é de R$ 1.123,42, sem contar o gasto com a compra do veículo. De táxi, o mesmo percurso sai por R$ 687,10, uma economia mensal de R$ 436,32.
A designer Bruna Vaz, de 27 anos, praticamente aposentou a carteira de motorista. Depois de três anos, ela resolveu vender o carro e aderir à combinação táxi, caronas e transporte público. A economia foi logo sentida no bolso da designer. De táxi, o trajeto de ida e volta do trabalho para casa, ambos na Zona Sul do Rio, não chega a custar R$ 15, valor inferior ao que seria gasto apenas com o estacionamento.
— O táxi é muito mais econômico, até porque dá para dividir com outras pessoas. Já os gastos com o carro são todos seus — compara a jovem, que vê apenas uma desvantagem em não ter seu próprio automóvel: — Viajar sem carro é ruim.
Distância é crucial
A vantagem do táxi diminui conforme a distância percorrida diariamente. Pelos cálculos de Roberto Zentgraf, para quem roda, em média, mais de 20 quilômetros por dia, ter um carro, normalmente, é mais econômico.
De acordo com o consultor financeiro e professor do Ibmec, na hora de escolher entre ter um carro ou usar um táxi, é fundamental levar em conta seis fatores: gasto na compra do automóvel, impostos, seguro, combustível, distância percorrida diariamente, manutenção e estacionamento.
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