As novas revelações do Wikileaks sobre Portugal, esta semana divulgados pelo jornal espanhol El País, põem em causa os desmentidos feitos por José Sócrates à colaboração do Governo português no repatriamento de detidos de Guantánamo em aviões dos EUA, via espaço aéreo português.
Mas, apesar de BE e PCP insistirem em explicações, nenhum dos partidos parece disposto a avançar para um inquérito parlamentar. O ministro Luís Amado repetiu ontem não ter conhecimento de voos, contrariando as informações da diplomacia norte-americana em Lisboa.
Entretanto, o Banco de Portugal e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários estarão a fazer diligências junto do BCP e do seu presidente, Carlos Santos Ferreira, para averiguar se houve violação do dever de sigilo profissional ou outras infracções no caso também denunciado pelo Wikileaks.
Em causa estará a idoneidade do banqueiro , depois de alegadamente se oferecer para rastrear actividades financeiras do Irão e passá-las aos EUA - como consta de um telegrama da Embaixada norte-americana em Lisboa.
Os supervisores estarão a trabalhar de forma articulada, tentando avaliar se Santos Ferreira cumpriu os deveres a que estão obrigados os membros de órgãos sociais de instituições financeiras.
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