[Valid Atom 1.0]

quinta-feira, 13 de maio de 2010

"A ponte não é urgente, é fundamental", diz Dilma no Painel RBS



Durante o debate de uma hora e 30 minutos na sede do Grupo RBS, na Capital, a pré-candidata à presidência, Dilma Rousseff (PT), afirmou que pretende construir a Ponte do Guaíba, mas que a obra demandará estudos aprofundados. Ela enfatizou que "a ponte não é urgente, é fundamental".

— Só tem um jeito de fazer a ponte no dia seguinte: é usar o meu projeto, meu estudo de viabilidade técnica. A ponte não cai do céu — disse Dilma, em referência à declaração do também presidenciável José Serra (PSDB).

Na quarta-feira passada, quando Serra participou do programa, assumiu o compromisso de fazer a obra. A ex-ministra explicou que é preciso discutir o traçado da ponte e diz que o projeto ainda apresenta problemas que precisam ser corrigidos.

— Vou ter duas pontes de duas mãos desaguando o tráfego na BR-116. Precisamos cuidar para não transferir gargalo da ponte para a rodovia.

A pré-candidata preferiu não opinar sobre temas como simpatia ao governo do venezuelano Hugo Chávez e discorreu sobre Educação, Saúde, Segurança Pública e reforma tributária.

Biocombustíveis

A questão fundamental para o Rio Grande do Sul é o biocombustível, enfatizou Dilma. A ex-ministra acredita que o Estado deve apostar no setor como forma de crescimento.

Piso dos professores é insuficiente

Ao falar sobre educação, Dilma, destacou que considera o piso nacional dos professores insuficiente. Ela afirmou ainda que é preciso garantir meta aos professores e promover avaliações.

— A questão decisiva é que tem de voltar a haver avaliação de alunos, de professores e também a introdução de tecnologias modernas, como banda larga, além de melhores práticas de ensino.

A ex-ministra defende que a formação universitária seja requisito para os educadores.

Universidades

— A universidade tem de formar bons professores, ser um centro de pesquisa e pública e gratuita. Temos de formar engenheiros, matemáticos, químicos, físicos e biólogos.

Carisma de Lula

— Aprendi muito com o presidente porque é um bom gestor. Também aprendi com ele a ter um olhar social sobre o Brasil — respondeu Dilma ao ser questionada sobre se Lula deixaria o carisma como legado a ela.

Em seguida, destacou:

— O carisma de Lula está no fato da história dele ser excepcional para os padrões brasileiros.

A ex-ministra fez questão de salientar que, para ela, dar continuidade significa avançar, e afirmou que é diferente porque o horizonte de oportunidades dela é muito maior do que o de Lula.

Pobreza

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que é possível reduzir a pobreza no Brasil até 2016, se mantida a política atual, lembrou Dilma. Para isso, a pré-candidata destacou que é preciso colocar metas plurianuais.

— Podemos manter e sabemos até aonde podemos expandir — disse.

Questionada sobre possíveis mudanças em apenas quatro anos, a candidata respondeu:

— Não se faz em uma gestão, mas se consegue criar os mecanismos de controle para se fazer em duas ou duas e meia.

Aborto

Sobre o aborto, a ministra é clara ao afirmar que defende uma política pública, onde seja cumprida a legislação em vigor, o que não impede de que essa lei seja debatida com a sociedade e modificada.

— Aborto é uma coisa que nenhuma mulher defende, é algo que eu acredito que é política de saúde pública. A legislação prevê nesses casos conhecidos, em questões adversas, como violência e risco de vida.

Ela salientou que um presidente não deve ser a favor ou contra a questão:

— Não estou dizendo o que uma pessoa tem que fazer ou tentando definir o que uma mulher deve fazer. Me desculpe, mas acho que, na sensibilidade da mulher, é uma agressão. Ela só recorre por desespero, não por decisão ou felicidade.

Irã

O Brasil não concorda em transformar o Irã em uma região conflagrada, salientou Dilma. Ela lembrou de uma negociação da qual participou, no governo Lula.

— Eu assisti o momento delicado que foi a questão do Iraque. Em uma das primeiras reuniões, Lula disse ao governo americano: "Minha guerra é contra fome, não concordo com a guerra do Iraque".

Hugo Chávez

Dilma prefere não falar sobre Hugo Chávez

A ex-ministra disse que prefere não falar sobre se é simpática ou não ao presidente venezuelano Hugo.

— É inadequado me manifestar sobre isso. Não posso falar, fica complicado.

Cesare Battisti

Quando o tema foi a posição sobre o ex-ativista político italiano Cesare Battisti, Dilma disse que tudo girava em torno do Supremo.

— O Supremo deu para o presidente uma mobilidade pequena. Se o Supremo manda extraditar, tem que extraditar.

Argentina

A pré-candidata criticou a medida adotada pela Argentina de bloquear as exportações do Brasil e se mostrou favorável a uma possível retaliação.

— Não acho adequado o que fizeram, porque fizeram sem manifestações formais.

Ela disse ainda que acredita que esta não tenha sido uma medida de um conjunto argentino, mas, sim, de um setor.

ZERO HORA











๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑๑۩۞۩๑


LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters