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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Avó materna rebate acusações de pai americano


Silvana Bianchi conversou Patrícia Poeta sobre o caso.

Aqui no Brasil, Patrícia Poeta conversou com a avó materna de Sean, Silvana Bianchi, sobre as mesmas questões discutidas com o pai da criança. O padrasto João Paulo Lins e Silva não quis gravar entrevista alegando que o processo está sob segredo de justiça.
A mãe de Bruna Bianchi, Silvana Bianchi, recebeu a equipe do Fantástico na casa onde vive com o marido, o genro João Paulo e o neto Sean, no Rio de Janeiro.

Fantástico: Como era a relação da sua filha Bruna com o ex-marido, David?

Silvana Bianchi: No início, o casamento foi bem, até depois do nascimento do Sean. A partir daí, o casamento começou a deteriorar. A Bruna sofria muito. O casamento não ia realmente bem.

De quem era a casa onde eles moravam nos Estados Unidos, pertencia a quem?

A casa pertenceu ao casal. Foi um bem comprado após o casamento. A hipoteca ele pagava, e ela sustentava toda a parte da casa: a comida, a escola, o seguro-saúde. Era tudo por conta dela. Inclusive era por conta dela a baby-sitter que eles tinham lá, para ficar com Sean, enquanto ela ia trabalhar na escola.

Por que a Bruna decidiu deixar o marido nos Estados Unidos e vir morar no Brasil com o filho?

Ela veio para cá para o Brasil em viagem de férias. Ia passar duas semanas aqui, e o combinado era que o David viesse passar a terceira semana junto. Ele, por razões não sei se foram profissionais, alegou que não poderia vir. Então, ela permaneceu aqui e logo dois ou três dias depois que ela chegou, ela disse: ‘Mamãe, eu não vou voltar para os Estados Unidos’. Então, eu disse: ‘Bruna, você precisa ver a parte jurídica disso. Você tem que procurar um advogado’. Foi. Ela procurou o advogado e imediatamente ela obteve a guarda provisória do menino.

Nesse período vocês pagaram ao David US$ 150 mil. Por que vocês fizeram esse pagamento a ele?

Essa questão, são duas questões diferentes. A Bruna tinha um processo e o David, de uma maneira tendenciosa, colocou um processo em cima de nós, avós, eu e meu marido, como co-autores de um sequestro.

Então houve um acordo para que ele tirasse o nome de vocês do processo em que vocês também seriam réus.

Exatamente.

E a Bruna? Ela também não quis ir para os Estados Unidos tentar buscar um acordo?

A Bruna tinha muito medo de ficar retida nos Estados Unidos se ela fosse.

Ela tinha medo também do David?

Tinha bastante medo do David, porque as brigas eram um pouco violentas e ela tinha medo de ser agredida.

Ela relatou algum acontecimento, algum caso de violência em que ela foi vítima?

Ela não, mas o Sean sim. O Sean lembra de um episódio em que eles brigaram. Ele deu um soco e quebrou o armário. Isso me foi relatado pelo Sean, não pela Bruna.

Depois que a Bruna veio para o Brasil, o David falsificou os cheques dela?

Nós estamos com cópias de cheques que a gente imagina que tenham sido falsificados.

O David afirma também que mandou presentes para o filho e que esses presentes nunca foram entregues ao Sean por vocês. Isso é verdade?

Não. Houve uma caixa que voltou. Porque todas essas caixas que chegam com presente, você tem que ir ao correio, retirar essas caixas e pagar uma taxa para a Receita federal. Não entregam estas caixas em casa. Você tem que ir ao correio. Uma dessas caixas nós não estávamos no Rio. Veio, chegou o papel, acho que o papel se perdeu aqui em casa, estávamos viajando, e essa caixa foi devolvida. Mas eu tenho o comprovante das outras caixas que nós fomos lá e retiramos e pagamos as taxas para a Receita federal. Eu tenho isso guardado.

Ele podia visitar o filho?

Claro que podia visitar o filho. Foi oferecido para ele passagem e estadia. Ele jamais em quatro anos e meio veio visitar o filho dele.

Quantas vezes ele veio ao Brasil nesse período?

Que nós tivemos conhecimento, umas cinco ou seis, porque várias vezes ele veio ao Brasil sem nos procurar. A gente não sabia, ele não comunicava a gente que estava no Brasil.

Quantas vezes ele veio visitou o filho nessas vindas ao Brasil?

Nenhuma.

Dona Silvana, em algum momento vocês negaram ao David o direito de ver o filho?

Jamais, Patrícia, Jamais. Jamais eu faria isso. E nós fomos acusados disso durante quatro anos e meio. E outro dia, nós soubemos, por esse documento, dos advogados dele, que tinha sido orientação dos advogados dele, que ele não procurasse o filho. Ele seguiu a orientação desses advogados, não procurou o filho, e nos acusou de uma coisa que jamais fizemos.

Como a senhora acha que ele ficou sabendo da morte da Bruna?

Eu imagino que ele tenha ficado sabendo através do jornal.

Depois disso ele ligou?

Não.

Ele veio direto para o Brasil?

Veio direto para o Brasil.

E aí ele pediu para ver o filho?

Exatamente. E foi o primeiro pedido para ver o filho oficial ao juiz e foi negado, porque o juiz entendeu que naquela ocasião nenhum de nós tinha condições psicológicas de receber uma pessoa que nós não víamos há cinco anos. Depois disso houve audiência em Brasília, onde houve um acordo de visitação, entre o João Paulo e o David, os advogados do David.
E o João Paulo disse: ’Você quer visitar? Pois não. Você vai visitar. Quer visitar agora, amanhã’. O dia foi marcado. Isso foi numa sexta, na segunda ele veio. Ficou com o filho na segunda e na terça.

Nessa ocasião, o que aconteceu? Como é que foi a visita?

A visita transcorreu muito bem, e o Sean é uma criança muito afetuosa. A visita transcorreu muito alegre, muito feliz, e foi uma visita normal.

Como é que o Sean chama o padrasto?

De papai.

E o pai biológico?

Ele chama de David.

E ele sabe sobre todo esse caso?

Sabe. Nada foi escondido dele.

O que ele fala para você sobre isso?

Ele está muito ansioso, porque ele não quer voltar. De jeito nenhum. Ele está ficando com muito medo de virem aqui e arrancarem do seio da família e levarem embora.

Dona Silvana, a senhora tem acompanhado a campanha que o David tem feito pela guarda do filho nos Estados Unidos? O que a senhora tem achado dessa campanha?

Eu acho tudo muito surreal. Dentro dessa campanha existe um blog onde ele recebe doações, inclusive de cartões de crédito. Existe uma parte onde ele vende material com a estampa do Sean pequeno em caneca, boné, chaveiro e a imagem da Bruna, minha filha falecida, colocada num avental.

Na sua opinião, o que a senhora acha que é melhor para o seu neto, ficar aqui com o padrasto, o pai adotivo, e não com o pai biológico nos Estados Unidos?

O Sean aqui eu tenho que frisar que ele tem uma coisa muito importante, ele tem uma irmã de sangue, ele tem a ligação com a mãe dele nessa irmã. Se o Sean volta para os Estados Unidos, vão cortar a ligação dos irmão. Um fica aqui e outro vai para lá. Não sei. Isso me parece uma coisa muito cruel.

Dona Silvana, a senhora está preparada psicologicamente para o caso do pai biológico voltar a ter a guarda do filho e o seu neto ir de novo para os Estados Unidos?

Eu espero que o Sean fique aonde ele se sinta muito feliz e amparado aonde ele tenha muito amor e muita harmonia e muita felicidade. É isso que eu quero para o meu neto.

E que lugar é esse?

Não sei, ele vai saber, ele vai dizer para nós aonde é esse lugar. Não sou eu que vou decidir nada por ele.









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