PS de quatro hospitais de Londrina estão fechados

A Santa Casa de Londrina colocou tapumes e correntes na porta de entrada do pronto-socorro para evitar que pacientes procurem diretamente atendimento

Publicado em: 13/11/2009 10:14 Da Redação

Foto: Divulgação O Hospital Universitário de Londrina aderiu à paralisação 1 de 1 Desde as 7 horas desta sexta-feira (13), os londrinenses não podem contar com os serviços de urgência e emergência de quatro grandes hospitais: Santa Casa, Infantil, Evangélico e Hospital do Câncer. Os Prontos-Socorros destas instituições estão fechados - com cadeados, correntes e tapumes - porque não há médicos especialistas para atender os pacientes. O problema foi causado pela "debandada" de cerca de 350 médicos especialistas, que estão sem receber os seus honorários desde julho. A categoria negociou com a Prefeitura nos últimos trinta dias, recebeu a promessa de pagamento, mas se indignou quando, na última segunda-feira (9), o Secretário Marco Cito, da Gestão Pública, anunciou que o depósito seria feito em juízo. Ou seja: para efetivamente receber os honorários, os profissionais teriam que aguardar o desfecho judicial. Os médicos interpretaram a decisão como rompimento de negociação e decidieram abandonar as escalas de plantão, pela qual recebem R$ 160 por dia de trabalho e R$ 7,50 por consulta (com impostos, valor cai para R$ 5.50). A Prefeitura de Londrina anunciou um "sistema alternativo" de atendimento, mas que fica aquém da demanda local e regional aos serviços terciários de saúde em Londrina. O Hospital Universitário aumentou o rigor da triagem de pacientes, prevendo um colapso no atendimento. A Santa Casa de Londrina colocou tapumes e correntes na porta de entrada do pronto-socorro para evitar que pacientes procurem diretamente atendimento de urgência ou emergência. A Santa Casa, assim como o Hospital Infantil, do Câncer, Universitário e Evangélico, deixaram de atender no pronto-socorro desde às 7 horas de hoje em razão de uma demissão coletiva dos médicos, que não estão recebendo os incentivos por seus plantões nos setor de emergência. Quem tem plano de saúde também não será atendido nas portas dos prontos-socorros. É preciso procurar um médico de sua confiança que, se necessário, o encaminhará para um hospital. Os hospitais, dentro de suas condições, estão apenas atendendo os casos urgentes encaminhados pelo Siate. PLANO EMERGENCIAL - A Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, criou um plano emergencial que visa criar alternativas para garantir o atendimento de saúde a população a partir desta sexta-feira (13), com o fechamento dos prontos-socorros conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o secretário de Saúde, Agajan Der Bedrossian, foi montado um Comitê de Urgência e Emergência na Secretaria para monitorar o andamento dos atendimentos. “Inclusive a Secretaria Estadual de Saúde e o Ministério estarão sendo informados e monitorados de todos os acontecimentos da saúde em Londrina”, declarou. O plano emergencial foi encaminhado para o Promotor de Defesa dos Direitos e Garantias Constitucionais da Saúde Pública de Londrina, Paulo César Tavares, que cobrou uma ação do Executivo neste sentido, diante da iminência do fechamento dos serviços - que se confirmou na manhã desta sexta-feira. Confira o plano que envolve o reforço no atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e ações conjuntas com a Secretaria Estadual de Saúde. 1 - Convocação dos servidores públicos municipais da saúde para reforço do atendimento nas UBS, que terão ampliação dos seus horários de atendimento ao publico para dar suporte ao PAI, PAM, Maria Cecília e Leonor, que funcionarão 24 horas por dia; 2 - As UBS funcionarão com agenda aberta e não com consultas agendadas; 3 - As UBS 24 horas (PAI, PAM, Maria Cecília e Leonor) terão reforços de atendimentos e equipamentos para garantir o atendimento de urgência de pacientes que necessitem aguardar transferência para algum hospital; 4 - Solicitação aos Hospitais Zona Norte, Zona Sul e HU de suporte de leitos para internação de média e alta complexidade; 5 - Solicitação aos hospitais de Cambé, Ibiporã e Rolândia de suporte de leitos para internações de média complexidade; 6 - Reforço da equipe de atendimento do SAMU com maior integração ao SIATE; 7 - Suspensão das cirurgias eletivas para todos os hospitais, incluindo convênios e particulares; 8 - Além disso, em conjunto com a Secretaria Estadual de Saúde, foi elaborado o seguinte plano de ação: 9 - Os Hospitais contratualizados com o SUS serão obrigados a manter 30% (trinta por cento) dos profissionais médicos de plantão em urgência e emergência para recebimento dos casos de “vaga zero”, regulado pelo complexo regulador local, sem prejuízo ao paciente; 10 - Os casos da região Macro-Norte, com referência em Londrina para internação, serão encaminhados para Central Municipal de regulação de leitos. Na impossibilidade de ser feita a internação em Londrina serão procurados leitos nos outros serviços da região, obedecendo-se a referência e o tipo de atendimento necessário; 11 - Nos casos de alta complexidade em Neurocirurgia, gestação de alto risco, Cardiovascular e procedimento de Cardiologia intervencionista e Traumato-Ortopedia para urgência e emergência na Macro-Norte, se não encontrados leitos em Londrina, incluindo “vaga-zero” os fluxos serão modificados temporariamente; 12 - Será solicitado que os casos de internação permaneçam em Londrina pelo limite da capacidade instalada de leitos da região; 13 - Será autorizado o encaminhamento dos atendimentos pela Central de Regulação SAMU 192, após esgotamento da capacidade instalada de atendimento à urgência e emergência dos hospitais de Londrina; 14 - O Hospital Regional João de Freitas, em Arapongas, será referência para Traumato-Ortopedia e Cardiovascular; 15 - Os Hospitais da Providência Materno Infantil, de Apucarana e Bom Jesus, de Ivaiporã, serão referência para gestação de alto risco; 16 - O Hospital da Providência de Apucarana será referência para Neurocirurgia; 17 - A rede Paraná Urgência, em auxilio ao SAMU/SIATE de Londrina, poderá realizar transferência de pacientes em urgência clinica com indicação de suporte avançado, desde que não exista outra solicitação nas mesmas condições da macro-norte na Central Estadual de Regulação de Leitos.

Trânsito em SP pela Rádio SulAmérica








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