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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Caso Battisti: Berlusconi diz que Itália 'tentará de tudo' para conseguir extradição



ANSA
Em Roma (Itália)
O premier italiano, Silvio Berlusconi, afirmou que a Itália fará tudo que for possível para conseguir a extradição de Cesare Battisti, condenado no país por quatro homicídios e que obteve do Brasil a concessão do status de refugiado político.

Visita ao Brasil é cancelada, segundo jornal

Matéria do jornal O Estado de S. Paulo desta sexta-feira informa que o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, cancelou a visita que faria ao Brasil em fevereiro. A decisão teria sido tomada diante do desgaste das relações bilaterais provocado pelo caso de Cesare Battisti, que conseguiu status de refugiado político no Brasil após decisão do ministro
da Justiça, Tarso Genro

"Esta questão deve continuar a se desenrolar naturalmente", disse Berlusconi em uma nota emitida na manhã desta sexta-feira, e "a Itália tentará de tudo, no âmbito jurídico, para obter a extradição de Battisti", afirmou.

"De fato, notavelmente, nestes dias, o governo percorreu todos os passos possíveis e necessários para tal finalidade, até a apresentação de um recurso à Suprema Corte brasileira e esperamos com confiança o resultado", continuou o premier.

Berlusconi pediu, porém, que o caso não interfira nas relações entre os dois países. A situação de Cesare Battisti "não deve prejudicar as excelentes relações bilaterais entre Itália e Brasil, em todos os setores de recíproco interesse".

Nessa quinta-feira, o ministro brasileiro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que o governo italiano se manifeste no processo. A Itália terá cinco dias para cumprir a solicitação. Peluso também pediu ao Ministério da Justiça uma cópia da decisão que concedeu status de refugiado político a Battisti. Battisti, de 54 anos, está preso no Brasil desde 2007.

O ex-ativista do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) é condenado à prisão perpétua na Itália por quatro homicídios.

Ao conceder refúgio a Battisti, em 13 de janeiro, o ministro brasileiro Tarso Genro afirmou que o italiano "possui fundado temor de perseguição por suas opiniões políticas", o que é contestado pelo governo e justiça da Itália.

Na última terça-feira, o chanceler italiano, Franco Frattini, chamou para consultas seu embaixador em Brasília, Michele Valensise -- um gesto que na diplomacia indica o agravamento do conflito bilateral.

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