MARIA GOLOVNINA - REUTERS
MOSCOU - Aliados importantes da Rússia dentro da ex-União Soviética estão se distanciando de Moscou no atual conflito da Geórgia, o que pode ser um prenúncio de um racha na região.
Belarus, Cazaquistão e outros países da Comunidade de Estados Independentes (CEI) mantêm há dias um silêncio sobre a crise, enquanto tentam formular suas posições.
Tal silêncio incomoda Moscou, a ponto de o embaixador russo em Belarus criticar o governo local por não oferecer apoio explícito. Quase uma semana depois do início da guerra, Minsk se limitou a expressar pesar pelas vítimas, mantendo-se neutra.
Em seguida, a Geórgia anunciou que vai deixar a CEI -- um bloco de ex-repúblicas soviéticas sob a liderança da Rússia --, e pediu aos outros governos que façam o mesmo.
O presidente cazaque, Nursultan Nazarbayev, que equilibra habilmente boas relações com a Rússia e os EUA, afirmou que a unidade da CEI está em risco.
"As complexas questões inter-étnicas devem ser resolvidas por meios pacíficos, por intermédio de negociações. Não há solução militar para essas questões", afirmou ele em nota.
"Infelizmente, devido a ações de alguns Estados da CEI, nossa comunidade se tornou fraca e não tem alavancas para intervir em tais conflitos."
O Turcomenistão, que embora aliado da Rússia é cortejado pelo Ocidente devido a seu potencial energético, limitou-se a defender "esforços pacíficos e diplomáticos" para resolver a crise.
Nesta semana, Washington disse que a Rússia pode enfrentar um isolamento cada vez maior em relação ao Ocidente devido ao seu comportamento na Geórgia.
O conflito também gera mais atritos entre Rússia e Ucrânia, que criticou duramente a incursão militar de Moscou para defender a república separatista georgiana da Ossétia do Sul.
Em sinal de apoio, o presidente pró-ocidental da Ucrânia, Victor Yushchenko, participou nesta semana de uma manifestação em Tbilisi. Líderes de Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia também compareceram.
Enquanto isso, aliados tradicionais da Rússia, como o Uzbequistão, adotam a discrição. O Azerbaijão, que a exemplo da Geórgia também quer recuperar uma região separatista (no caso, Nagorno-Karabakh), evitou termos agressivos e pediu negociações que levem à paz.
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Belarus, Cazaquistão e outros países da Comunidade de Estados Independentes (CEI) mantêm há dias um silêncio sobre a crise, enquanto tentam formular suas posições.
Tal silêncio incomoda Moscou, a ponto de o embaixador russo em Belarus criticar o governo local por não oferecer apoio explícito. Quase uma semana depois do início da guerra, Minsk se limitou a expressar pesar pelas vítimas, mantendo-se neutra.
Em seguida, a Geórgia anunciou que vai deixar a CEI -- um bloco de ex-repúblicas soviéticas sob a liderança da Rússia --, e pediu aos outros governos que façam o mesmo.
O presidente cazaque, Nursultan Nazarbayev, que equilibra habilmente boas relações com a Rússia e os EUA, afirmou que a unidade da CEI está em risco.
"As complexas questões inter-étnicas devem ser resolvidas por meios pacíficos, por intermédio de negociações. Não há solução militar para essas questões", afirmou ele em nota.
"Infelizmente, devido a ações de alguns Estados da CEI, nossa comunidade se tornou fraca e não tem alavancas para intervir em tais conflitos."
O Turcomenistão, que embora aliado da Rússia é cortejado pelo Ocidente devido a seu potencial energético, limitou-se a defender "esforços pacíficos e diplomáticos" para resolver a crise.
Nesta semana, Washington disse que a Rússia pode enfrentar um isolamento cada vez maior em relação ao Ocidente devido ao seu comportamento na Geórgia.
O conflito também gera mais atritos entre Rússia e Ucrânia, que criticou duramente a incursão militar de Moscou para defender a república separatista georgiana da Ossétia do Sul.
Em sinal de apoio, o presidente pró-ocidental da Ucrânia, Victor Yushchenko, participou nesta semana de uma manifestação em Tbilisi. Líderes de Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia também compareceram.
Enquanto isso, aliados tradicionais da Rússia, como o Uzbequistão, adotam a discrição. O Azerbaijão, que a exemplo da Geórgia também quer recuperar uma região separatista (no caso, Nagorno-Karabakh), evitou termos agressivos e pediu negociações que levem à paz.
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