Entre 45 mil e 50 mil pessoas são vítimas de homicídios no Brasil por ano; Itamaraty é pressionado a dar resposta
JAMIL CHADE - Agencia Estado
O relator da ONU para assassinatos sumários, Phillip Alston, apresentará sua avaliação sobre o Brasil ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas e acusará a polícia de envolvimento com grupos criminosos e formação de esquadrões da morte. Entre as medidas sugeridas por Alston está a reforma do sistema judiciário para poder julgar policiais, além de maiores salários aos policiais para que não caiam em esquemas de corrupção. "É desconcertando ver que poucos homicídios são condenados", afirmou Alston. Ele ainda sugere uma ampla investigação na atuação das policias, além de monitoramento das prisões e maiores recursos para os ministérios públicos.
Organizações não-governamentais (ONGs), como a Conectas, Gajop e Justiça Global, enviaram à ONU e aos governos uma carta na semana passada alertando que o Brasil até agora não implementou as recomendações da entidade. "As organizações destacam que os casos de execuções sumárias pela polícia se agravaram em 2008", informou a carta das entidades. A ONU alerta que entre 45 mil e 50 mil pessoas são vítimas de homicídios no Brasil por ano e as táticas da polícia e do governo não estão dando resultados.
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