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domingo, 15 de junho de 2008

Corpo de Jamelão é enterrado no Cemitério do Caju

Enterro ocorreu no final da manhã deste domingo (15).
Amigos e familiares aplaudiram durante a retirada do corpo da quadra da escola.
Alícia Uchôa Do G1, no Rio

"Chegou, a Mangueira chegou". Foi sob o som do hino da escola de samba que o corpo do cantor Jamelão foi enterrado neste domingo (15) no Cemitério do Caju, na Zona Portuária.

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O caixão foi carregado por familiares, que contaram com a solidariedade de centenas de amigos e fãs, que foram ao cemitério com bandeiras verde-rosa em homeangem ao mangueirense.

O corpo de Jamelão foi enterrado sob o rufar dos tamborins da Bateria da escola e também sob o coro dos fãs, que cantavam um dos maiores sucessos de cantor, "Matriz ou Filial". Membros de outras escolas de samba levaram as bandeiras de suas agremiações em homenagem ao artista.

O cortejo fúnebre saiu por volta das 10h30 da quadra da Mangueira. Familiares, amigos e fãs do cantor aplaudiram no momento que tiraram o caixão da quadra, como uma forma de dar sua última homenagem ao cantor. No mesmo momento, a Bateria da escola tocou também em homenagem a Jamelão.

O corpo foi levado por um carro dos Bombeiros. O cortejo passou por dentro da Marquês de Sapucaí, indo dos portões de acesso até os arcos da Apoteose, também ao som da Bateria. A escola de samba alugou um ônibus para que os moradores da comunidade pudessem ir ao enterro.

Homenagem no Carnaval 2009

No sábado (14), o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) afirmou que Jamelão será homenageado no carnaval do ano que vem.

“Vamos pensar com a Mangueira e com as escolas co-irmãs uma maneira de fazer uma homenagem sincera e positiva”, disse Jorge Castanheira, que ressaltou que, ainda em vida, Jamelão costumava dizer que não queria virar enredo de escola de samba.


Cantor morreu na madrugada de sábado

O cantor, compositor e intérprete da Mangueira José Clementino Bispo dos Santos, o Jamelão, morreu por volta das 4h da madrugada deste sábado, aos 95 anos.

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O intérprete faleceu na Casa de Saúde Pinheiro Machado, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, onde estava internado desde a quinta (12). Ele deixa esposa, filha e dois netos.

Segundo a assessoria, a feijoada da família mangueirense foi transferida para o próximo, no dia 21, quando será realizado um Tributo à Jamelão.

O governador Sérgio Cabral decretou luto de três dias pela morte do cantor.

"Jamelão, além do maior intérprete de sambas-enredo e sambas-canção do Brasil, era o grande símbolo da garra mangueirense", opinou Cabral.

Saúde Frágil
O cantor e intérprete da Estação Primeira da Mangueira estava afastado do carnaval desde 2007, após 57 anos - de 1949 a 2006 - como a voz da verde-rosa.

Ele foi hospitalizado em 2006 depois de sofrer uma isquemia no dia 25 de outubro, quando fazia shows em São Paulo. Na época, ele falou com o G1, pelo telefone, e disse que não sentia dor, mas não tinha previsão de voltar aos palcos.

“Não sei quando volto, mas não estou triste.”

Menos de um mês depois, no dia 21 de novembro, ele voltou a ser internado, desta vez, no Rio, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). E, enquanto estava na unidade neuro-intensiva, também apresentou uma infecção urinária.

Já em 2007, quebrou o quadril, após levar um tombo em casa. No fim do ano, foi internado novamente por causa de uma anemia profunda. A responsabilidade de levar o samba da Mangueira para a Avenida, a partir de 2007, foi de José Luiz Couto Pereira da Silva, mais conhecido como Luizito.

Nascido em 12 de maio de 1913, Jamelão é um dos mais importantes integrantes da Velha Guarda da Mangueira e intérprete de sucessos como "Exaltação à Mangueira" (Enéas Brites / Aluisio da Costa), "Esses Moços", "Ela Disse-me Assim" (ambas de Lupicínio Rodrigues), entre muitos outros sucessos.

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