MARINA NOVAES
colaboração para a Folha Online
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo decide em assembléia nesta terça-feira (20) se irá paralisar as atividades do metrô na cidade. A assembléia acontece pouco depois do anúncio da suspensão da greve dos motoristas e cobradores de ônibus, na sexta-feira (16) --a greve que estava prevista para esta segunda (19).
De acordo com o presidente do Sindicato dos Metroviários, Wagner Gomes, a possibilidade de greve não está descartada. "Vamos analisar as propostas do Metrô, que devem ser entregues nesta segunda-feira [19], e decidir se aceitaremos, ou não, o acordo. Nenhuma forma de manifestação está excluída, inclusive a greve", disse.
Segundo Gomes, caso as propostas do Metrô não agradem aos metroviários, as "manifestações" --que podem incluir a suspensão das atividades do transporte-- devem acontecer na semana após o feriado prolongado, ou seja, a partir do dia 26.
O sindicato conta com mais de 7.000 funcionários.
Reivindicações
As negociações com o Metrô acontecem há mais de 30 dias, segundo o sindicato. Entre as principais reivindicações da categoria, destacam-se o reajuste dos salários em 4,5% e o aumento de 10% na participação nos lucros e resultados da empresa.
Além disso, os metroviários exigem a recontratação dos funcionários demitidos na última paralisação, que aconteceu em agosto de 2007. "Foram 60 companheiros demitidos injustamente na última greve, e essa é uma das nossas reivindicações", afirmou Gomes.
O Metrô, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que está "aberto ao diálogo" e que as negociações com o sindicato têm acontecido com tranqüilidade. A empresa ainda não se posicionou quanto à possibilidade de greve, e aguarda os resultados das negociações.
Mais de 3 milhões de pessoas utilizam o metrô diariamente, segundo informações do sindicato.
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