Uma muralha foi erguida na entrada de uma fazenda.
A tensão aumentou após uma série de invasões de propriedades rurais em várias regiões.
Uma onda de invasões e uma reação: os brasileiros donos de terra no Paraguai estão se armando para tentar proteger as propriedades que estão sendo ocupadas por sem-terra paraguaios.
Uma muralha foi erguida na entrada da fazenda. Homens armados vigiam 24 horas por dia a propriedade que fica em Iguaçu, a 50 quilômetros da fronteira. O esquema de segurança é para evitar as invasões dos campesinos, como são chamados os sem-terra no Paraguai. A ordem dos fazendeiros é abrir fogo contra possíveis invasores.
“A ordem é chumbo”, disse um homem.
A tensão no campo aumentou depois de uma série de invasões de propriedades rurais em várias regiões do país. São fazendas que pertencem, na maioria, a agricultores brasileiros. Mais de 20 propriedades foram invadidas nas últimas duas semanas.
O agricultor Aparecido Donizete da Silva, do oeste do Paraná, comprou terras no país vizinho há 13 anos. Hoje, ele produz mais de dez toneladas de grãos por safra e está preocupado.
“A ordem, realmente, é para coibir o abuso. Se houver abuso, nós estamos aqui para defender a propriedade particular da gente”, disse o agricultor.
Em San Pedro, a 600 quilômetros de Foz do Iguaçu, os sem-terra queimaram a bandeira do Brasil. Jornais paraguaios já falam em uma campanha contra os brasileiros que têm lavouras no país.
Perto da fronteira, os campesinos montaram acampamentos. Eles querem forçar o governo a fazer a reforma agrária e dizem que as invasões fazem parte da luta.
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